Acho que ontem foi um dia triste para todos nós. Foi difícil deixar para trás os amigos, índios e não-índios, que fizemos em terras xinguanas, sem contar com os dez dias de intenso aprendizado. Porém, tínhamos que dar prosseguimento ao nosso projeto.
Antes mesmo de clarear, estávamos a caminho da aldeia Yawalapiti, onde pegaríamos a lancha. A volta se resume assim: Ualá na direção, paisagem bonita, muito frio, muito sono, biscoitos e barras de cereais, o sol das 10h trás calor, chegada ao meio dia, mais 3h30 de terra, caçamba do caminhão desconfortável, sol muito forte, pouca água, buracos e macacos na estrada, Canarana.
Amanhã, iremos conhecer os Xavantes da reserva de Pimentel Barbosa, no entanto, dependemos de umas decisões práticas que tomaremos daqui a pouco. Este assunto ainda está nebuloso. Até resolvermos alguma coisa, ficaremos de banho-maria aqui em Canarana.
Pedro
Reserva de Pimental Barbosa, próximo à aldeia de mesmo nome. Os índios preservam centenas de quilômetros de cerrado neste pedaço da Serra do Roncador. Foto: Guilherme Carrano
PS – Gostaríamos de agradecer mais uma vez ao Batalhão da Polícia Militar de Canarana-MT, principalmente ao Tenente Mendes, comandante da força local. Nosso carro ficou aos seus cuidados durante todo o tempo em que estivemos no Xingu.