Funasa – Os 122 índios karajá da aldeia Buridina, no município de Aruanã, Goiás, participam desde hoje de uma série de atividades de educação em saúde para prevenir doenças sexualmente transmissíveis e aids (DST/Aids), alcoolismo, uso de drogas e gravidez precoce. Além de informações sobre estes temas, os indígenas receberão orientação sobre saneamento e hábitos de higiene. As atividades estão sendo promovidas pela Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, órgão executivo do Ministério da Saúde. O trabalho, que se estende até o próximo dia 17, tem por objetivo evitar as influências negativas do turismo no cotidiano da comunidade indígena.
A ação conta com a parceria da Secretaria de Saúde do município e envolve técnicos das áreas de saneamento, epidemiologia e educação em saúde. Entre as atividades programadas constam a realização de palestras, a distribuição de preservativos, a apresentação de peças teatrais e vídeos sobre os temas abordados. O material didático usado, como cartilhas, cartazes e folderes, foi traduzido para a língua karajá. O nome do projeto também está na língua nativa: Awire Sohè. Trata-se de uma saudação indígena que eqüivale ao cumprimento "tudo bem!".
Também foram preparadas palestras sobre o destino adequado para o lixo doméstico, a importância do consumo de água tratada e do uso das instalações sanitárias. Essas orientações propiciarão o melhor aproveitamento pela comunidade dos sistemas de água e esgoto implantados no local pela FUNASA, além do serviço de coleta pública de lixo, disponibilizado pelo município. A Fundação instalará 18 lixeiras com capacidade para 100 litros cada próximas às residências dos índios.
Todos os anos o fluxo de turistas para o estado de Goiás aumenta significativamente durante a temporada de praias no rio Araguaia, nos meses de julho e agosto, período de estiagem na região Centro-Oeste. O contato com alguns turistas indesejados contribui para a disseminação de hábitos insalubres entre os índios, como o consumo de álcool e drogas.