Modelo ambiental auxilia na ocupação racional na Amazônia

Agência Brasil – ABr – A necessidade de criação de um modelo de ocupação racional para a Amazônia foi a tônica da conferência do pesquisador Luiz Bevilacqua, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), proferida na 54ª Reunião Anual da SBPC, em Goiânia.

De acordo com Bevilacqua, a sustentabilidade do ecossistema amazônico só será alcançada com a combinação de fatores socio-econômico-ambientais e para isso é preciso que se modele uma representação que combine variáveis interdisciplinares. Na sua opinião, esforço nesse sentido foi desencadeado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) que montou um grupo composto por representantes de diversas instituições para desenvolver um modelo racional de ocupação para a região.

Participam do projeto o Museu Paraense Emílio Goeldi, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa, a Associação Instituto Matemática Pura e Aplicada (Impa), Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), Mamirauá, e as universidades Federal do Pará (UFPA) e Federal do Amazonas (Ufam). Ainda em fase de implantação, esse grupo estudará como as ações do homem sobre a terra, a água e o ecossistema, interagem e se manifestam no processo evolutivo do bioma amazônico.

Para Belilacqua, a criação desse paradigma é urgente para evitar que modelos estrangeiros sejam implementados no país. “A importação de modelos ambientais não funciona porque eles são estruturados considerando aspectos culturais alheios aos nossos e a cultura é um aspecto fundamental para a obtenção de resultados corretos”, avalia. (Hebert França)

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