Funai – Pela segunda vez a Bienal Internacional do Livro, realizada em Fortaleza (CE), reservou um estande à população indígena. As etnias Tremembé, Tapeba, Jenipapo-Canindé, Pitaguari, Tabajara, Potiguara e Calabassa expuseram produtos artesanais e promoveram diversas atividades culturais durante os dez dias de Bienal, realizada entre os dias 4 e 13 de outubro.
Crianças e adultos visitantes tiveram oportunidade de aprender mais sobre a cultura indígena em oficinas, mesas redondas, vídeos e debates oferecidos no Centro de Convenções Edson Queiroz, local onde aconteceu o evento. Na ocasião, também foi passado um abaixo-assinado pedindo demarcação de terras e reconhecimento oficial de todas as etnias do estado. Danças e pintura corporal contribuíram para sensibilizar o público em relação à questão indígena.
No estande dos índios, um painel pintado por duas Tremembé ilustrava a vida no mangue. A obra, elaborada a partir de nove pigmentos retirados do barro, traz os animais, as plantas e a dança do Torém, tudo o que faz parte do universo simbólico do povo Tremembé. Mais dois painéis informavam sobre os nomes das etnias existentes no Ceará e a frase “Um mangue novo para a resistência de um povo”.
Os indígenas contaram com apoio do Núcleo da Funai de Caucaia, da Secretaria de Educação do Ceará e da Missão Tremembé. (Carmen Lustosa)