Projeto de Bambuzaria prevê a geração de emprego e renda

Secom MT – A Fundação de Promoção Social do Estado (Prosol) e o Sebrae assinaram, quinta-feira (24/10), convênio para implantação do Projeto de Bambuzaria, nos municípios de Santo Antônio do Leverger e Chapada dos Guimarães. O projeto tem o objetivo de gerar emprego e renda, capacitando pessoas que estejam em situação de exclusão social, desempregadas ou em subempregos, para trabalharem com artefatos de bambu.

O projeto é desenvolvido em parceria com a organização não governamental Bancrus, que já realiza este trabalho em outras 52 localidades do Brasil. Serão selecionadas 100 pessoas, que irão compor uma cooperativa, denominada Unidade Produtiva de Bambu. Nesta unidade, os participantes aprenderão a confeccionar artefatos de bambu, inicialmente kits de brinquedos educativos, cujo principal mercado consumidor é a Europa. O kit é composto por várias peças de encaixe e, além disso, a caixa é feita de papel artesanal, confeccionada a partir de resíduos do bambu.

O presidente da Bancrus, Lúcio Ventania explica que a seleção dos participantes será rigorosa, procurando atender a parcela mais carente da população. “Daremos preferência a pessoas excluídas, que sofrem preconceitos e por isso, em geral, não conseguem trabalhar, como ex-detentos e deficientes físicos. Também queremos atender as comunidades e famílias mais carentes, que não têm uma renda mínima por mês”. Segundo Lúcio, após o término da fase capacitação dos participantes, a previsão é começar a produzir 500 kits de brinquedos, que serão vendidos a R$ 70,00. “Até o final de 2003, estaremos confeccionando 1000 kits por mês. Com isso cada família poderá ter uma renda mensal de até R$ 700,00”.

O projeto segue as diretrizes do Desenvolvido Local Integrado e Sustentado (DLIS), do programa Comunidade Ativa – Chapada dos Guimarães e Santo Antônio do Leverger fazem parte do Comunidade Ativa. “São municípios que tem o Índice de Desenvolvimento Humano muito baixo, cuja população é extremamente carente, e este projeto realiza o verdadeiro trabalho social, que é o investimento no ser humano. Dá educação, capacitação, estimula talentos, cuida da saúde e da auto-estima das pessoas”, ressalta a presidente da Prosol, primeira-dama Marília Salles. Os participantes receberão também atendimento médico, odontológico, psicológico e assistência jurídica.

Além a Unidade de Produção, serão implantados dois viveiros de bambu, um em cada município. Cada viveiro terá três mil mudas, e o bambu pode já ser utilizado a partir de seis meses do plantio. “Esse é um projeto amplo, que contempla todas as áreas. Além da geração de emprego e renda, tem o cuidado com a preservação ambiental. O bambu, por exemplo, é ótimo para reconstituição de matas ciliares”, explica o superintendente do Sebrae, José Guilherme Barbosa.

Angela Jordão

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