InforMMA – O Ministério do Meio Ambiente e a Fundação OndAzul assinam hoje (08/11), às 15h, em Salvador, termo de parceria para implementar um projeto de Gestão dos Recursos Ambientais do Baixo Sul da Bahia. Com duração prevista até maio de 2005, o projeto financiado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) beneficiará cerca de 2000 famílias em sete municípios da região. O objetivo é estudar e implementar alternativas de desenvolvimento sustentável que possibilitem à população das vilas a geração de renda sem sobrecarregar a extração dos recursos naturais. O FNMA fará um aporte de R$ 350 mil e a Fundação OndAzul uma contrapartida de R$ 337 mil.
Um projeto piloto, também apoiado pelo FNMA, foi instalado no município de Cairú em 2000 e introduziu na vila de Guarapuá alternativas de maricultura. O novo projeto estenderá o modelo de gestão participativa e descentralizada dos recursos ambientais para outras comunidades do litoral do Baixo Sul Baiano. Um dos meios para atingir o objetivo de associar o desenvolvimento social e econômico com a conservação ambiental, é a realização de diagnósticos da capacidade de recarga dos ecossistemas da área e da viabilização de tecnologias sustentáveis para as populações locais.
Para estender o processo de gestão descentralizada para os demais municípios da região, a Fundação OndAzul programou um curso de capacitação em gestão ambiental. O objetivo é formar periodicamente um time de especialistas oriundos do Baixo Sul da Bahia para que se transformem em catalisadores e multiplicadores de atitudes ambientalmente adequadas.
O Baixo Sul, e em específico o município de Cairu, vem sendo o foco de uma grande demanda do turismo de massas, pelos recursos ambientais espetaculares desta região da Mata Atlântica. O confronto de uma atividade turística sem planejamento poderá pôr em risco estes ambientes que ainda se encontram em alto estado de preservação. Para evitar este cenário, o projeto prevê a capacitação da comunidade para atender o incremento do turismo.
Além das alternativas de extrativismo marinho, que possibilitarão o fornecimento de alimentos para uma população maior, serão incentivadas oficinas de artesanato, buscando privilegiar a utilização dos recursos naturais da própria ilha. A capacitação de artesões, além de gerar alternativa de renda, diminui a pressão sobre os recursos marinhos.