Agência Brasil – ABr – Os índios Waimiri Atroari estão negociando com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) a renovação do convênio para a proteção da Reserva Biológica Atumã, no município de Balbina, no Amazonas. A área já fez parte das terras dessa etnia e hoje é fiscalizada com apoio da Associação Comunitária Waimiri Atroari. Os indígenas esperam que, com uma fiscalização mais rigorosa, a reserva seja realmente utilizada apenas para pesquisa científica. A autorização para entrar no local deve se restringir a pesquisadores autorizados pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) e pelo Ibama.
Segundo o indigenista Porfírio Carvalho, membro do Conselho da Fundação Nacional do Índio (Funai), os indígenas relataram a concessão de autorizações de pesca para lazer na reserva, inclusive permissão para os próprios pesquisadores caçarem e pescarem durante a permanência na área. Os índios contaram ainda que funcionários públicos também estão entrando na reserva para caçar e pescar.
“O regulamento de proteção à Reserva é claro e rígido. Não permite qualquer tipo de atividade no interior da área, além da pesquisa científica”, afirmou Carvalho. “Qualquer um da Associação Waimiri Atroari só entra na reserva levando sua própria comida e não há a menor condição de caçarem ou pescarem”, explicou. Segundo ele, o regulamento prevê a extrema preservação da área, o que os índios estão cumprindo rigorosamente.