Ibama assina carta de cooperação com Academia Chinesa de Florestas

Ibama – Aproximação entre o Brasil e a China na área florestal, através da cooperação mútua em programas que contribuam para a promoção e desenvolvimento dos recursos florestais dos dois países, é o objetivo da Carta de Intenções assinada pela vice-presidente do Ibama, Sandra Klosovski, e o vice-presidente da Academia Chinesa de Florestas, Cai Denguu, esta semana, em Brasília. Durante a solenidade os representantes chineses aproveitaram para convidar o Brasil, através do Ibama, para integrar a Rede Internacional para o Bambu e Rotim (Inbar). Participaram também da solenidade no gabinete da presidência do Ibama o ministro de Florestas da China, o ministro Conselheiro da Embaixada Chinesa, o diretor da Divisão de Cooperação Internacional da Academia Chinesa e técnicos das duas entidades envolvidas. Ao final, o representante da Academia entregou um convite formal, a ser encaminhado à Presidência do Ibama, para uma visita ao órgão, na cidade de Beijing, na China.

Pelos termos da cooperação firmados, os trabalhos serão conduzidos através de atividades como o intercâmbio de pesquisadores e funcionários; expansão da mobilidade de estudantes de pós-graduação; atividades de pesquisa e publicações conjuntas; participação em seminários e encontros acadêmicos; intercâmbio de recursos vegetais e materiais acadêmicos (sujeitos a legislação e regulamento de ambos os países); e programas acadêmicos especiais de curta duração.

Durante a solenidade a vice-presidente do Ibama Sandra Klosovski agradeceu a experiência que os representantes da Academia Chinesa de Florestas trazem ao Brasil, que segundo ela podem vir a ajudar no avanço do conhecimento e das experiências locais. Ao explicar a assinatura da Carta comentou: É um começo e a intenção pode abranger ações de futuro. Estamos iniciando uma conversa que pode conciliar interesses, principalmente na pesquisa dos recursos naturais. Isso encontra nosso desejo por novas práticas em áreas que queremos ampliar nosso conhecimento e também nas já conhecidas florestas tropicais. Poderemos a partir daí inaugurar projetos inovadores para o futuro nas áreas de florestas e de populações tradicionais.

Academia

A Academia Chinesa de Florestas é a única instituição nacional de pesquisas sobe florestas na China. É diretamente subordinada à Administração de Florestas do Estado. Possui 19 institutos de pesquisas, centros de pesquisa e desenvolvimento e centros experimentais espalhados por todo o País. O trabalho da Academia é desenvolvido nos campos de pesquisa de silvicultura, ecologia florestal, meio ambiente e proteção, genética e reprodução de árvores, conservação do solo e da água e combate à desertificação, ciência e tecnologia em madeiras, processamento químico de produtos florestais, técnicas de informação, maquinaria florestal, estratégias e políticas de macrodesenvolvimento florestal, economia e informação florestal.

Bambu

Lançada em 1997, a Inbar é uma organização internacional, intergovernamental, que desenvolve, provê e promove tecnologias e outras soluções baseadas em bambu e rotim, em benefício das populações em seu ambiente. Atua como uma rede de trabalho mundial que conecta organizações governamentais, não-governamentais e setor privado, enfocando estes dois recursos florestais não-madeiráveis. Ela se dedica a intensificar a contribuição do bambu e rotim à sustentabilidade das populações, segurança ecológica e segurança alimentar.

Reconhecida pelo fundo Comum de Commodities (CFC), no final do ano 2000, como Corpo Internacional de Commodities para o Bambu e Rotim, a Inbar está habilitada a assistir e estimular o desenvolvimento através do bambu e rotim. Atualmente a instituição atua em 27 países, sendo sete da América Latina (Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Peru e Venezuela) e está focando sua atenção para a esta região em razão dos países serem ricos em bambu e do grande interesse pelo desenvolvimento de tecnologias nessa área.

Estevão Andrade

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