Ibama investirá em tecnologia

Agência Brasil – ABr – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) terá uma assessoria que cuidará especificamente dos centros de pesquisa do órgão. A informação é do novo presidente, o médico Marcus Luiz Barroso Barros, que assumiu o cargo ontem (6). A assessoria vai colaborar para a captação de recursos internacionais e para reforçar a produção de tecnologias adequadas ao meio ambiente, atividade já desempenhada pelo Ibama nos seus 20 centros de pesquisa.

Um dos temas centrais de sua gestão será modernizar a fiscalização, seja de áreas ambientais degradadas pela indústria ou pelo desmatamento. Para isso, o Ibama continuará lançando mão de convênios com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que permite o uso de satélites. “É preciso inclusive reduzir um pouco a escala de visada dos satélites que nos servem, baixando de 250 para 50, por exemplo para que possamos ver alterações até em nível de propriedade”, disse. Barros afirmou ainda que as atividades ilícitas, que descumprem a legislação ambiental, serão objeto, em primeiro lugar de negociação. “Buscaremos o consenso, mas quando a negociação não avançar, aí não tem jeito, é repressão para valer com multa, prisão e tudo o que a lei determina. O importante é evitar e diminuir a impunidade”.

Em sintonia com as ações do governo que se desenrolam no tocante ao combate à fome, Barros enfatizou o papel da educação ambiental na solução de problemas de gestão, na recuperação de áreas degradadas e até mesmo evitando a degradação ambiental. “Temos consciência de que nós, isoladamente e burocraticamente, não conseguimos proteger todos os ecossistemas brasileiros. Precisamos da participação de todos. Por isso, temos que informar os excluídos, nas áreas onde há mais fome, por exemplo, que o meio ambiente tratado adequadamente é a solução para a fome”, observou.

Barros acredita que o Ibama terá meios de cumprir seu papel executor das políticas ambientais do governo, ainda que o orçamento de 2003 esteja curto. O orçamento do Ibama é de R$ 600 milhões, quantia que ele considera razoável, embora admita que o órgão necessita de mais. Mas ele está confiante na captação de recursos internacionais para projetos de preservação ambiental. “As autoridades internacionais, como o Banco Mundial, por exemplo, se sensibilizam quando há um bom projeto e repassam dinheiro quando o objetivo é preservar”, disse.

Outras áreas que serão tratadas em sua gestão são o estímulo à certificação da madeira, o aprimoramento da gestão das unidades de conservação, a desburocratização do licenciamento, a proteção dos ecossistemas frágeis como manguezais, área quentes (sul do Pará, norte do Mato Grosso, Rondônia e sul da Bahia), o bioma marinho. Barros não definiu ainda sua equipe de diretores e disse que a tarefa leva, pelo menos, mais 15 dias. “Preciso conversar com o pessoal do ministério, porque nossa equipe precisa ter sintonia com a equipe de lá”, justificou.

Lana Cristina

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