Agência Câmara – Aberta oficialmente hoje no hall da Taquigrafia da Câmara dos Deputados (Anexo II), a exposição “Água, Conhecimento e Sociedade” reuniu diversos parlamentares e autoridades do governo que destacaram a importância da preservação da água no Brasil. O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Givaldo Carimbão (PPS-AL), representando na cerimônia o presidente João Paulo Cunha, disse que a Câmara não pode ficar de fora das discussões sobre a preservação desse recurso natural, já que é “um amplo espaço para discussão dos temas nacionais”.
O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Antônio, que representou a ministra Marina Silva, relacionou a água como o bem ambiental mais importante para as áreas de desenvolvimento e um recurso fundamental para os aspectos relacionados à cidadania. Também participou da abertura o presidente da Agência Nacional de Água, Jerson Kelman.
A exposição, reunindo 23 experiências educativas e tecnológicas de reaproveitamento do uso da água, é uma parceria entre a Câmara, o Ministério do Meio Ambiente, a Secretaria Nacional de Recursos Hídricos e a Agência Nacional de Águas, com o patrocínio da Companhia de Abastecimento de Água de Brasília (Caesb). A mostra prossegue até a sexta-feira (28) e ocupa, além do Espaço Cultural, o Espaço Mário Covas e o Espaço do Servidor, também no Anexo II da Câmara. Na quinta-feira (27), haverá palestra com João Bosco Sena sobre “Gestão das Águas no Brasil”, no auditório do Espaço Cultural Zumbi dos Palmares.
PRESERVAÇÃO
Um relatório da Unesco, divulgado no final de fevereiro, revela que, nos próximos 20 anos, as reservas mundiais de água deverão estar reduzidas a um terço do nível atual e até 7 bilhões de pessoas poderão sofrer com a escassez. Um dos objetivos da exposição é mobilizar a sociedade civil para o problema da água e encontrar as possíveis soluções. O público pode conhecer, por exemplo, experiências-piloto de reaproveitamento de água em um prédio com laboratório experimental, instalado com a finalidade de melhor aproveitar a água consumida e evitar o desperdício. Um dessalinizador – equipamento que consegue retirar o sal da água, tornando possível o seu uso para consumo – está disponível para conhecimento das escolas, crianças e público em geral.
Há, ainda, visitas monitoradas e oficinas pedagógicas para escolas e estudantes interessados. A educação ambiental também é abordada na exposição, em programas de rádio com mensagens educativas e chamadas para a preservação dos mananciais. Uma das curiosidades da mostra é a rede hidrometeorológica, sob a administração da Agência Nacional de Águas. Destinada a medir a quantidade e a qualidade da água no país, a rede é formada de 4.200 pontos onde, periodicamente, os técnicos avaliam a quantidade de água dos rios para verificar, entre outros dados, o nível de evaporação.
Por Sâmia Mendes/PCS