Ibama – A taboca (Guadua weberbaweri) – uma espécie de bambu típica da Amazônia – é a matéria-prima a partir da qual um grupo de seringueiros do Acre desenvolverá um projeto de implantação de um pólo de desenvolvimento sustentável de móveis ecológicos na região de Assis Brasil, a 320 km de Rio Branco. A iniciativa, batizada como PROJETO TABOCA, partiu do Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentado das Populações Tradicionais (CNPT), do Ibama, e inclui a participação de professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da Universidade de Brasília e do Senai de Taguatinga. A primeira etapa do projeto consiste na capacitação dos seringueiros para a fabricação de móveis, edificações e objetos. O treinamento começou no dia 11 de março e vai até o dia 28, em Brasília.
Na primeira semana, os dez seringueiros escolhidos para participar da capacitação terão aulas sobre a ecologia da taboca, sua classificação científica e principais características da espécie. Aprenderão também técnicas de corte, transporte, armazenagem e manuseio da taboca, explica o professor Jaime Almeida, da universidade responsável pelo treinamento do grupo. “Testamos a taboca em laboratório especializado e comprovamos que a espécie pode ser usada com segurança e eficácia na fabricação das peças”, garante o professor.
A segunda etapa da formação dos seringueiros, que inclui a prática da montagem dos painéis e a fabricação dos móveis, ocorrerá entre os dias 17 e 21 de março no Serviço Nacional da Indústria (SENAI) – Área Especial 2 – Setor C – Taguatinga Norte, ao lado do Hospital Regional de Taguatinga – Fone: 353 8700.
Design exclusivo
As primeiras peças a serem produzidas na próxima semana nas oficinas do SENAI servirão como protótipo dos móveis no pólo moveleiro de Assis Brasil. O design das peças foi desenvolvido pelo arquiteto Estevam Strauss, do CNPT. Ele explica que a intenção é aproveitar a abundância da taboca na região e construir móveis integrados com a proposta do desenvolvimento sustentável.
“Esse desenvolvimento deve incluir a mão de obra local e gerar renda para as populações da reserva. A matéria-prima deve ser manejada sem provocar danos à natureza”, explica Strauss. Segundo ele, até mesmo o design das peças precisa estar integrado com a proposta de valorizar aquilo que vem da natureza.
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