Carga de madeira ilegal é apreendida no Mato Grosso

Estação Vida – Uma operação conjunta entre o Posto Fiscal Flávio Gomes [saída para Rondonópolis], a Corregedoria Fazendária da Secretaria de Estado de Fazenda [Sefaz] e a Delegacia Especializada de Polícia Fazendária apreendeu, na quinta-feira à tarde [15.05], um caminhão carregado de madeira peroba serrada, acobertada com nota fiscal clonada.

A nota era de origem da empresa Indústria e Comércio de Madeiras Apiacás, de Cláudia [MT], acompanhada de Autorização para Transporte de Produto Florestal [ATPF] do mesmo Município, tendo como destinatária a empresa Sandro Benevenuto Loureira ME, de Louveira [SP].

Segundo depoimento do motorista do caminhão às autoridades fazendárias, a carga saiu de Sinop [MT] e quando ele foi efetuar o pagamento do ICMS no Posto Fiscal Flávio Gomes, o fiscal de tributos informou-lhe que a nota fiscal estava com problema e seria retida, bem como o caminhão carregado com a madeira, até que fosse verificada a origem da carga pela fiscalização.

Após os levantamentos das informações, foi comprovado que a nota fiscal era clonada. Durante o depoimento, o motorista destacou que trabalha há mais de dois anos transportando madeira para a Madeireira Raiza, empresa estabelecida na Perimetral Sul, no Distrito Industrial de Sinop, de propriedade de uma pessoa chamada Moisés, que reside no Município.

Ele acrescentou que já efetuou vários transportes para a Madeireira Raiza e que quando se dirigiu até a empresa para carregar o caminhão, Moisés pediu-lhe que aguardasse a nota fiscal em casa, até que fosse providenciada. Sendo assim, no início da noite, Moisés, acompanhado de outra pessoa identificada apenas como Lorival, entregou a nota da empresa Indústria e Comércio de Madeiras Apiacás, do Município de Cláudia, para que ele pudesse viajar.

Quanto a esta empresa, o motorista declarou que foi a primeira vez que transportou madeira com nota fiscal em nome dela, e não sabia dizer como Moisés conseguiu a referida nota, pois nunca carregou madeira em Cláudia. Porém, confirmou que já transportou madeira para a empresa destinatária Sandro Benevenuto por mais de três vezes, mas com nota fiscal da Madeireira Raiza, de Sinop.

O carregamento de madeira encaminhado na sexta-feira [16.05] ao Ibama e à Justiça Federal, para que seja investigada a origem do produto, uma vez que é desconhecida e não tem autorização de extração. Suspeita-se, inclusive, que possa ser de área indígena.
 
 

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