Agência Brasil – ABr – A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) reconheceu hoje como Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade, quatro unidades de conservação brasileiras. O conjunto está localizado no Amazonas, numa área de dois milhões de hectares. O novo sítio engloba a Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Amaná, a Estação Ecológica de Anavilhanas, parte da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá e o Parque Nacional do Jaú, que já foi reconhecido como patrimônio em 2000.
O presidente do Ibama, Marcus Barros, disse que o reconhecimento significa que o Brasil teve sua respeitabilidade evidente no que diz respeito à preservação ambiental. “Essas não são quaisquer áreas, são integradas e constituem num corredor ecológico na Amazônia Central”, destacou. Marcus Barros afirmou que cabe agora ao Brasil preservar a região, e garantiu que o governo tem condições de fazê-lo. “Mamirauá e Amaná, por exemplo, já são reservas mantidas dentro da base de ciência e tecnologia, como está começando a ser o Jaú e já são as Anavilhanas”.
Barros afirmou que o reconhecimento da Unesco é mais um estímulo para desenvolver, dentro das unidades de conservação, atividades científicas. Com o título, Barros acredita que será mais fácil captar recursos para as iniciativas de pesquisa, e de turismo.
O Sítio, que será chamado de Complexo de Conservação da Amazônia Central, recebeu o certificado após indicação do Governo Brasileiro e avaliação da área. A visita in loco foi realizada pela Organização Não Governamental, União Internacional e Conservação da Natureza no ano passado. No relatório apresentado, a Ong destacou a representatividade da região sob o aspecto da biodiversidade e das populações tradicionais, que formam um conjunto único em termo de preservação, conservação e desenvolvimento sustentável.
De acordo com o coordenador de Meio Ambiente da Unesco, Celso Schenkel, o reconhecimento valoriza o patrimônio e destaca-o como um bem importante em nível mundial. “O título reforça as políticas públicas na busca do desenvolvimento sustentável da Amazônia”, afirmou.
No ano de 2001, a Reserva de Mamirauá recebeu o Prêmio Unesco de Meio Ambiente, entregue ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, administradora da reserva. O Prêmio significa o reconhecimento da implementação da gestão de áreas protegidas com envolvimento da população local.
Cristina Guimarães