Funai – O Coordenador Geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Jecinaldo Barbosa Cabral, da etnia Saterê Mawé, formalizou ontem (04), junto a Fundação Nacional do Índio (Funai) de Brasília, a Administração Regional da Funai em Porto Velho, o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama e as Prefeituras de Manicoré e Humaitá, denúncia encaminhada por lideranças indígenas dos Povos Torá, Tenharim, Apurinã, Munduruku e Partintintin, sobre atividades turísticas, que vem sendo realizadas na área Indígena Rio Marmelo, no Estado do Amazonas, sem a prévia autorização do órgão indigenista oficial, nem das lideranças representativas da região.
Os indígenas, caciques, professores, agentes de Saúde e mulheres indígenas, das aldeias Estirão Grande, São Raimundo, Baixo Grande, São José, Fortaleza e Panorama, reunidos na Aldeia São Raimundo, citam como responsável dessa ação a Agência NG Turismo, que teria firmado contrato financeiro com o índio Natanael Rodrigues Parente.
A denúncia das lideranças do Rio Marmelo relata: · a invasão do Rio Marmelo acontece com a companhia de “seguranças armados, contratados para proteção de turistas, por parte do Sr. Natanael Rodrigues Parente”; · O fato causa grande risco de conflito com ameaças de morte entre a população indígena do referido Rio e “seguranças”, turistas e demais pessoas; · Houveram agressões verbais, atitudes humilhantes com os indígenas do Rio Marmelo; · Houve manipulação de alguns indígenas, quatro lideranças, oferecendo- lhes bens materiais (moto-serra e grupo gerador), em troca de permitir o turismo; A denúncia conclui, alertando para a gravidade do caso e pedindo que sejam tomadas urgentemente “medidas cabíveis junto aos órgãos competentes nas próximas 48 horas, a contar desta data”.