IBGE lança mapa digital do Brasil

Agência Brasil – Governo e instituições privadas ganharam hoje um instrumento valioso para auxiliar no planejamento de ações sócio-econômicas, de estudos ambientais e cartográficos. O mapa digital do Brasil, lançado em CD pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) permite a visualização de informações sobre população, relevo, hidrografia, recursos minerais, rodovias e ferrovias, áreas de proteção ambiental e reservas indígenas, portos e aeroportos, represas e usinas de geração de energia.

O diretor de Geociências do IBGE, Guido Gelli, informou que o mapa digital, na escala de um por um milhão, é uma versão virtual aprimorada do impresso, e pode ser atualizado com mais rapidez e precisão. As informações, segundo ele, vão servir, principalmente, para o planejamento de ações ministeriais, de segurança institucional, das agências reguladoras e também para estudos de viabilidade econômica e de impacto ambiental de empresas.

“Seja um projeto agrícola, pecuário ou industrial, tem informações sobre acesso de comunicação, meios de transporte ou a presença de reservas indígenas ou de unidades de conservação ambiental, além do acesso à água, por exemplo, que é um recurso básico fundamental”, acrescentou ele.

Gelli destacou que a versão digital permite, por exemplo, identificar que o estado de Roraima tem 72% de terras indígenas, o maior percentual do país, seguido, de longe, por Amazonas, com 30%, Amapá, com 29%, Rondônia, com 26%, e Mato Grosso e Pará, ambos com 24%. Pela primeira vez, será possível visualizar o arquipélago de Fernando de Noronha e as ilhas São Pedro e São Paulo no local exato em que se encontram. No mapa impresso, isso não era possível.

A chamada Base Cartográfica Integrada Digital do Brasil ao Milionésimo (bCIMd) será entregue em janeiro de 2004 à Organização das Nações Unidas (ONU), para integrar o projeto Global Mapping das Nações Unidas. O projeto foi proposto durante a Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92, e tem a participação de 120 países. Com os mapas cartografados na mesma escala é possível, por exemplo, prevenir desastres ambientais e monitorar ações em nível mundial.

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