Transgênicos separados em merenda de Cuiabá

Estação Vida – Enquanto não são apresentados estudos concretos sobre os malefícios ou benefícios que os alimentos transgênicos trazem aos seres humanos e ao meio ambiente, vereadores de Cuiabá começaram, desde 2003, um processo de conscientização da população para que esta possa ter noção de que tipo de alimento está levando para casa. Um destes projetos que já se transformou em lei em 17 de julho de 2003, foi apresentado pelo vereador Totó Parente (PMDB), que prevê a proibição da utilização de alimentos que contenham ou sejam provenientes de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) na merenda escolar do município.

Em dezembro foi a vez do deputado estadual Renê Barbour (PPS) apresentar projeto semelhante, também aprovado que proíbe transgênicos na merenda em todo o estado de Mato Grosso. Barbour afirmou que tomou por base, dados da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, divulgados pela revista “New Scientist”, revelando que “não é aconselhável o plantio de alguns alimentos transgênicos em países de clima tropical”. Ainda de acordo com as informações da Universidade, um teste em laboratório com temperaturas altas, os talos da soja transgênica se abriram assim que surgiram as primeiras folhas, expondo, como conseqüência, a planta a infecções secundárias.

Transgênicos separados – A Câmara Municipal de Cuiabá aprovou também, ainda em dezembro, projeto de Lei de autoria do vereador Domingos Sávio (PT), que obriga supermercados e mercearias a identificar os alimentos que contenham OGMs em sua composição. A intenção é garantir ao consumidor a possibilidade de escolha. Segundo ele, há muito tempo vêm surgindo notícias de vários tipos de câncer sem que se saiba sua origem. Esta doença, em sua opinião, pode estar ligada ao desenvolvimento da tecnologia de produção de alimentos, que inclui hormônios e OGMs.

Adriana Gomes

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