Campanha mundial contra a caça a baleias é lançada

Whalewatch.org – Foi lançado no dia 9 de março o relatório Troubled Waters (Mares Revoltos) , marcando o início de uma campanha global contra a caça às baleias. Segundo o naturalista Sir David Attenborough está foi a primeira vez que foram reunidas “…evidências científicas de que não há uma forma humanitária de se matar uma baleia em alto mar”.

Uma coalizão formada por mais de 140 ONGs de cerca de 55 países participam da campanha Whalewatch ( www.whalewatch.org ) . O objetivo é  pressionar a Comissão Baleeira Internacional (IWC) para que mantenha a moratória atual sobre a caça comercial e também suspenda todas as operações de caça tanto comercial quanto cientifica de baleias. A previsão é de que mais de 1.400 baleias serão mortas somente este ano, e a campanha quer chamar atenção para a forma cruel pela qual  os mamíferos são abatidos.

Peter Davies, Diretor Geral da Sociedade Mundial de Proteção Animal  ( World Society for the Protection of Animals – WSPA), um  dos líderes da coalizão, expressou: “ A crueldade inerente à caça às baleias foi eclipsada nos últimos anos por argumentos abstratos relativos a estatísticas populacionais. O fato é que, haja uma baleia ou milhares delas, a caça a esses animais é  inaceitável, mesmo sem abordar outros aspectos, considerando-se somente a crueldade envolvida”.

Embora a caça comercial esteja suspensa desde 1986, mais de 20 mil  baleias foram mortas desde então. A técnica utilizada na caça de baleias foi muito pouco alterada desde o século XIX, quando o arpão com granada explosiva na extremidade foi inventado. Em águas em constante movimento, habitat nas quais os cetáceos vivem e são caçados, existem dificuldades inerentes em se conseguir uma morte rápida e efetiva. Apesar de seu poder destrutivo, o arpão não consegue matar instantaneamente e algumas baleias podem  levar  até mais de uma hora para morrer.  Testes atuais para se determinar o momento da morte de uma baleia são inadequados. Há dúvidas em relação ao fato das baleias serem consideradas mortas, quando ainda estão de fato vivas. A verdadeira extensão de seu sofrimento ainda tem que ser cientificamente estudada e avaliada.

A dificuldade de se atingir uma baleia com um certo grau de precisão pode facilmente ser constatada analisando-se a margem de erro humano. Apesar de utilizarem métodos similares de matança na caça a baleias em 2002/ 2003, a Noruega, por exemplo, reportou que cerca de 20% das baleias não morreram instantaneamente, enquanto o Japão reportou um número muito maior, de quase 60%.

Saiba mais entrando em contato com a WSPA-Brasil pelo telefone (0xx21) 2295-9232 ou o email  wspabrzl@iis.com.br

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