Ministro da Ciência e Tecnologia afirma que Amazônia é prioridade

Agência Brasil – A Amazônia está no centro das prioridades do governo do presidente Lula e do ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), segundo afirmou o ministro Eduardo Campos, um dos conferencistas neste primeiro dia de atividades da 56ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece na Universidade Federal do Mato Grosso, em Cuiabá. O ministro participa agora do simpósio Conselho de Ciência e Tecnologia, coordenado pelo presidente da SBPC, Ennio Candotti.

Durante a conferência, cujo tema foi Desenvolvimento Científico e Tecnológico no Brasil, o ministro disse que pelo menos R$ 15 milhões serão destinados para a região Amazônica até dezembro, para o financiamento de bolsas de mestrado e doutorado na região. Segundo Campos, hoje, cerca de mil doutores têm como objeto de suas pesquisas a floresta Amazônica. “O dinheiro sairá dos fundos setoriais do ministério”, disse.

Além disso, sob a coordenação da geógrafa Bertha Becker, o ministério vai elaborar um diagnóstico, a ser concluído em agosto, sobre as ações de ciência, tecnologia e inovação na região. “O diagnóstico será encaminhado à SBPC, entre outras instituições, para aprofundar o debate em torno do tema. O objetivo é tirar daí proposições para reorientar as ações e definir apoios financeiros no orçamento de 2005”, disse

Segundo Campos, o seu ministério não foi atingido por cortes na revisão orçamentária. “De 2004 a 2007, os investimentos do governo federal em ciência, tecnologia e inovação, distribuídos por vários ministérios, vão alcançar R$ 37,6 bilhões, percentual 54% maior que os R$ 24,4 bilhões empregados entre 2000 e 2003”, comparou.

Campos disse ainda que os investimentos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na área chegarão a R$ 663 milhões. Segundo ele, até dezembro serão oito mil bolsas para doutores e 28 mil para mestres. Para sustentar o trabalho integrado destes pesquisadores, Campos contou que o ministério está apoiando a implantação do Projeto Giga, uma iniciativa da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), vinculada ao MCT.

“O projeto desenvolve tecnologias de redes avançadas para transmissão de dados, interligando unidades de pesquisa e ensino no país. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, já estão interligadas 16 instituições. Na próxima etapa, serão incluídas unidades do norte e do nordeste”, disse.

O evento segue até a próxima sexta-feira (23). A estimativa é que entre 10 a 12 mil pessoas passem pela UFMT.

Keite Camacho

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