Representantes de governos, técnicos e ambientalistas brasileiros, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai reúnem-se, dias 14 e 15, em Foz do Iguaçu (PR), para debater sobre questões ligadas ao Aqüífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce do mundo, semelhante a uma enorme caixa d´água subterrânea.
O Seminário Internacional Aqüífero Guarani – Gestão e Controle Social, realizado pela Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul com o apoio do Ministério do Meio Ambiente, tem como objetivo divulgar a importância do manancial e discutir estratégias de uso e de controle social. Até o fim do ano, a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH/MMA) realizará um encontro entre representantes dos estados atingidos pela reserva para troca de experiências e apresentação de iniciativas adotadas para preservação da água.
O Aqüífero Guarani é considerado o maior reservatório do água doce do mundo, com uma área aproximada de 1,2 milhões de quilômetros quadrados, localizado nos territórios da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Do total dessa área, 71% está no Brasil, em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
A preocupação com o uso crescente e indiscriminado e com a possível poluição de toda essa água levou os governos dos quatro países a discutir um projeto de gerenciamento comum e conjunto para garantir a preservação do reservatório. Desde então, a iniciativa para elaboração do Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani conta com o apoio do Banco Mundial, como agência implementadora dos recursos, e da Organização dos Estados Americanos (OEA), como agência executora internacional.
No ano passado, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai começaram a promover encontros e seminários sobre o aqüífero e discutir propostas de gestão e de uso consciente dos recursos. No Brasil, o trabalho é coordenado pela SRH e inclui a capacitação de agentes multiplicadores para envolver e levar à sociedade informações sobre a importância do aqüífero e a necessidade de adotar medidas para preservá-lo.