“(…)Eu prefiro morrer lutando ao lado dos índios em defesa de suas terras e seus direitos do que viver para amanhã vê-los reduzidos a mendigos em suas terras”, Apoena Meirelles.
Nascido na reserva indígena de Pimentel Barbosa, Apoena seguiu os passos do pai, Francisco Meireles, dedicando a vida à questão indígena desde cedo. Em 1967, aos 17 anos e ao lado do pai (foto), fez o primeiro contato com os Cintas-larga. Nesta época, ele revoltava-se com a invasão de áreas indígenas por colonos protegidos por leis estaduais e pelos projetos de expansão de fronteira agrícola e de assentamentos do Incra.
Apoena começou cedo na trilha do indigenismo, nos moldes preconizados por Francisco Meirelles e de integrantes de uma geração de sertanistas que aprendeu e preconizou o respeito à vida humana e aos costumes indígenas. Seus principais trabalhos foram a consolidação da atração dos Kren-Akarore, os índios descritos como “gigantes”, em Mato Grosso, e dos Waimiri-Atroari, na Amazônia, que acuados por invasores, estavam em pé-de-guerra. Além dessas etnias, Apoena comandou as frentes de atração dos Suruí e Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, estado onde fez quase toda a sua carreira de indigenista. Consolidou as atrações dos Zoro, em Mato Grosso; Avá-Canoeiro, em Goiás e Cinta-Larga, em Mato Grosso e Rondônia.
Com uma visão equilibrada, ao mesmo tempo em que trabalhava para preservar as comunidades, Apoena entendia que os índios tinham direito ao conforto de parte da sociedade brasileira, desde que não perdessem os elos ancestrais de sua cultura, seus costumes e tradições religiosas.
Apoena (foto) foi assassinado no dia 10 de outubro de 2004 aos 55 anos depois de ser vítima de um assalto numa agência do Banco do Brasil de Porto Velho, RO. Ainda há suspeitas de que o indigenista tenha sido executado. Em sua última missão, Meireles estava coordenava uma força-tarefa criada para impedir a entrada de garimpeiros nas aldeias dos Cinta-Larga e na área de mineração de diamantes da Reserva Roosevelt, RO. Além disso, trabalhava para esclarecer a morte de 29 garimpeiros que invadiam a área indígena e foram executados.
Com informações e fotos da Funai
Meu nome é Tun-Kô, sou da etnia gavião do Maranhão. Apoena foi emu companheiro de trabalho na funai. me cinto honrado de homenageá-lo no meu livro “O Índio predador de Corruptos”, Faço também homenagens ao Vilas Boas, Juruna e Galdino todos foram meus amigos.
Infelizmente a justiça do nosso país existem certos Magistrados e Advogados Corrupto que se vendem, e este foi o caso do Apoena, um dia ele me falou que estava em uma missa~muito perigosa, eu peguntei qual? Ele só disse Cintas Largas. Essa minha conversa com Apoena se não me falha a memória no m~es de março de 2004.
Os extratores de diamantes das terras dos Cintas Largas, estavam por trás do assassinato do meu amigo e ex chefe. “Mandaram Matar Apoena”, da mesma forma que mandara matar Sulivan Silvestre Ex. Presidente da Funai. Nenhum deles terá coragem de se manisfestarem. TUN-KÔ.