Berta Bcker é filha de ucranianos e romenos vindos ao Brasil para fugir da Primeira Guerra Mundial. "Nasci no Rio, sou carioca da gema, da Tijuca", gosta de dizer com seus olhos azuis, sorridentes e animados. A carreira acadêmica começou no curso de Geografia e História, na década de 50, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Desde o começo na universidade, sua vida foi uma seqüência de sucessos acadêmicos até conquistar a posição de professora emérita da UFRJ. Hoje, ela não dá mais aulas. Reserva seu tempo para participar dos conselhos de projetos como o Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia, liderado pela Nasa, a agência espacial norte-americana.
Aos 74 anos, ela, que mora num antigo prédio de frente para o mar, em Copacabana, no Rio de Janeiro, parece que tem rodas nos pés: um dia está em Brasília, no outro na Amazônia, depois em qualquer outro lugar do país ou do mundo, para falar aos mais diversos ouvintes, "de governantes até bispos", sobretudo sobre suas propostas para a Amazônia.