Funai busca solução para conflito em Água Boa

Funai – A Funai, preocupada com os desdobramentos do conflito que resultou na morte de três índios Maxakali, na aldeia Água Boa, localizada entre os municípios de Santa Helena de Minas e Bertópolis, a 300 quilômetros de Governador Valadares (MG), designou o coordenador geral de Defesa dos Direitos Indígenas, Vilmar Moura Guarany, e o servidor da Funai Wilton Madson Andrada como negociadores para resolver o problema de dissensões na etnia. Eles viajam para a região nesta sexta-feira (7).

O conflito, que teve início no último domingo (2), ocorreu após um desentendimento entre os índios. Oito suspeitos foram detidos pela Polícia Militar e prestaram depoimento. As investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal. O procurador federal da Funai, Humberto Serafim, também se encontra na área para acompanhar o caso. Faleceram os índios Alfredo, Jupi e Valtair Maxakali e Badu Maxakali ficou ferido.

Os Maxakali ocupam uma área regularizada de cinco mil hectares e somam perto de mil índios. Foram contatados há mais de 300 anos. Resistentes, do ponto de vista cultural, os indígenas, em sua maioria, não falam português.

Curso – Com o objetivo de discutir e buscar soluções de mediação com relação a conflitos em terras indígenas, 30 servidores da Funai participam, entre os dias 10 e 14 de maio, do Curso de Negociação e Mediação de Conflitos. As aulas serão ministradas pela manhã e à tarde, no auditório da Faculdade Michelângelo, no Setor Comercial Sul, em Brasília.

A iniciativa, uma promoção da CGDDI/Funai, com apoio da Funiversa/Universidade Católica de Brasília, visa orientar os servidores sobre o comportamento a ser adotado nessas situações de tensão, bem como destacar a importância da intervenção dos negociadores e as suas ações em momentos críticos.

Conduzido pelo advogado Ricardo Petrissans Aguilar, com pós-doutorado em negociação, o curso reunirá entre outros participantes, coordenadores regionais da Funai, do centro de convívio e administradores de áreas onde ocorreram maior número de conflitos em 2003: Porto Velho, Manaus, Boa Vista, Ilhéus, Chapecó, Goiânia, Campo Grande, Amambai e Dourados.

0800 – A Funai já possui o seu Disque-Denúncia. Disponibilizou o serviço telefônico 0800, instalado pela CGDDI, em abril, para que as pessoas façam denúncias sobre violação dos direitos indígenas e outros temas relacionados à causa indígena. Pelo número 0800 6441 904 também é possível solicitar informações sobre outras questões do universo indígena.

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