O Ibama identificou o responsável pelo desmatamento de 746 hectares de cobertura florestal nativa no Parque Nacional da Amazônia. O pecuarista e madeireiro Walmir Climaco recebeu multa de R$ 1,119 milhão por desmatar unidade de conservação protegida por lei e extrair madeira sem autorização do órgão competente. Ele foi multado, ainda, em R$ 182,1 mil por manter em depósito 600 metros cúbicos de madeira em tora sem comprovação de origem.
O infrator ficou como fiel depositário da madeira apreendida no parque. Walmir Climaco, que vai responder por crime ambiental junto ao Ministério Público Federal, já recebeu dezenas de multas do Ibama por extração ilegal de madeira, dentre outros delitos ambientais.
O Ibama está intensificando cerco aos infratores ambientais, em parceria com 14 ministérios que participam do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, chamado Plano Desmate. O programa prevê além de ações de fiscalização, contatos com as comunidades rurais no planejamento de atividades de educação ambiental como estímulo à consciência ambiental na região. Até 2006 o Ibama vai implantar 19 bases operativas previstas no Plano Desmate, com recursos orçados em R$ 395 milhões. O plano prevê quatro grandes eixos de atuação: ordenamento territorial fundiário; monitoramento e controle; fomento a atividades sustentáveis e infra-estrutura. Até o momento já foram liberados R$ 42 milhões. Duas bases em Itaituba (PA) e Alta Floresta (MT) já estão implantadas. A previsão até o final do ano é de instalar mais dez bases. No Pará os municípios contemplados serão Tucumã, Xinguara, Novo Progresso e Altamira.