SECOM MT – Técnicos e o Secretário de Estado de Desenvolvimento do Turismo, Jeverson Missias de Oliveira, apresentaram na última quarta-feira, 14, em Alta Floresta, o Plano de Desenvolvimento do Pólo de Ecoturismo de Mato Grosso. O Pólo abrange os municípios de Alta Floresta, Apiacás, Aripuanã, Guarantã do Norte, Juara, Juína, Juruena, Paranaíta e Peixoto de Azevedo e está inserido no Proecotur (Programa de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal), financiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). “Uma das características marcantes do pólo, e essencial para a atividade turística, é a presença de alguns dos mais importantes rios do Estado, os rios Teles Pires, Arinos e Juruena, que com seus afluentes, constituem importantes recursos para o desenvolvimento do ecoturismo”, disse Missias.
Com atrativos que vão desde sítios arqueológicos, a esportes radicais, o estudo da região identificou cinco roteiros a serem desenvolvidos. Três deles abrangem as áreas prioritárias para o desenvolvimento do ecoturismo, na região de Paranaíta/Alta Floresta, tendo esta como portão de entrada. Em alguns roteiros há previsão da utilização de atrativos em áreas indígenas, como é o caso do Lago Azul, em Apiacás e o Salto Kayabi, localizado no interior da Reserva Indígena Apiacá/Kayabi. “As ações dirigidas às comunidades indígenas são divididas em duas linhas: resgate cultural e capacitação”,informou o secretário.
A proposta para o programa de resgate cultural, é a contratação de estudo antropológico específico para elaboração de programa de valorização, preservação e divulgação da cultura indígena da região, envolvendo a produção de materiais, como vídeos e cartilhas. As iniciativas ligadas à capacitação devem buscar conscientizar as comunidades sobre o turismo e seus impactos e prepará-las para a atividade.
O quarto roteiro identificado, abrange a região de Juara/Aripuanã e traz uma indicação do potencial para desenvolvimento de circuitos para diferentes portões de entrada, como Juara, Juruena e Aripuanã, com atividades como trilhas, passeios de barcos, escaladas e rapel. O quinto roteiro é específico para pesca esportiva.
Infra-estrutura: De acordo com o Plano, os roteiros elaborados englobam elementos em diferentes estágios de maturação, desde atrativos potenciais até produtos consolidados e para que atinjam os objetivos propostos, de desenvolvimento sustentável, com qualidade e serviços diferenciados, será necessário intervenções e investimentos para a adequação dos produtos existentes ou para transformação de atrativos em produtos. “De forma geral, as intervenções se referem principalmente à formação e capacitação de recursos humanos, à realização de obras e construções de novas infra-estruturas e melhoria das já existentes, e ainda aquisição de equipamentos e materiais”, explicou Missias.
Dentre os apontamentos, quanto a intervenção nos roteiros propostos, estão melhorias de vias de acesso, construção de estruturas de uso público e de centros de informações, treinamentos, produção de material de divulgação e cursos de capacitação em gestão administrativa e qualidade de serviços para funcionários, gerentes e empresários de hotéis, restaurantes e agências. “O que é preciso para melhorar, nós já sabemos, agora é trabalhar e buscar os recursos e investimentos necessários para o fortalecimento e consolidação dos roteiros”, afirmou o secretário.
Estratégias: Além das ações dirigidas às comunidades indígenas, outras grandes ações foram propostas no plano, e que devem ser postas em prática, entre elas a educação ambiental, que visa, acima de tudo, capacitar a comunidade a tornar-se multiplicadora da prática do turismo sustentável, e estar apta a participar ativamente na prestação dos serviços turísticos. “Palestras, seminários, cursos, oficinas e vivência em campo, de acordo com a realidade local, farão parte da estratégia de desenvolvimento do turismo nessas regiões”, explicou Missias.
Segundo o estudo, uma das ações prioritárias para o Pólo de Mato Grosso, deve ser o investimento na integração e no aparelhame
Viviane Saggin