De todo o esgoto produzido no Brasil, apenas 32% recebem tratamento adequado. O dado faz parte do Diagnóstico Nacional sobre Serviços de Água, Esgotos e Resíduos Sólidos, lançado hoje (21) pelo Ministério das Cidades.
O secretário nacional de Saneamento Ambiental do ministério, Abelardo de Oliveira Filho, diz que as companhias estaduais de tratamento fornecem o tratamento da água, mas falham quando o assunto é tratamento de esgoto. “Na parte de esgoto, nós temos um déficit muito grande, que é explicado também pela falta de investimentos e financiamentos, principalmente no período que antecedeu a 2003, e a própria ineficiência das companhias”, disse ele, após o lançamento.
O banco de dados lançado hoje avalia as condições de 96% da população urbana do país. O estudo deverá ser usado para que o governo federal possa desenvolver ações de saneamento e decidir sobre a aplicação de recursos.
Os dados usados no estudo são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e mostram, por exemplo, que, entre 2002 e 2005, a quantidade de ligações água cresceu 12,1%, o que significa que 14 milhões de pessoas passarem a ter acesso aos serviços.
Os dados do SNIS mostram ainda que, de 2002 a 2005, 4,7 milhões de domicílios passaram a ter rede de abastecimento de água. Além disso, 4,5 milhões tiveram acesso a tratamento de esgoto, e 5 milhões passaram a contar com serviços de coleta de lixo.
Durante o lançamento, hoje, também foi assinado um protocolo de intenções com concessionárias públicas e privadas da indústria de base, com a finalidade de modernizar o setor de saneamento. O ministro das Cidades, Marcio Fortes de Almeida, também participou do evento.