Agência Brasil – ABr – A secretária de Educação Fundamental do Ministério da Educação (MEC), Iara Prado, destacou hoje a importância de se defender a cultura e os valores dos povos minoritários. “Precisamos cuidar das minorias e valorizá-las, porque elas também contribuem e já fizeram muito para a formação do nosso país”, disse. Ao participar do painel “A política governamental em relação aos remanescentes de quilombos”, no V Encontro Nacional da 6° Câmara de Coordenação e Revisão, ela exibiu um vídeo com depoimentos de professores e de integrantes da Comunidade Kalunga.
O encontro, que se realiza no auditório principal da Procuradoria Geral da República. O principal objetivo do encontro, que termina na sexta-feira, é manter o intercâmbio de procuradores com representantes de órgãos ou entidades que atuem em áreas relacionadas ao povos indígenas e outras minorias, como os remanescentes de quilombos. No mesmo local, também se realiza a exposição fotográfica “Uma História do Povo Kalunga”, que faz parte do Projeto Vida e História das Comunidades Remanescentes de Quilombos no Brasil, que visa a criar canais de acesso à história política e cultural dos quilombolas e promover o fortalecimento da sua auto-imagem.
Amanhã, haverá as palestras “A atuação da Funasa e das prestadoras de saúde”; “Indenização por danos ambientais morais e culturais” e “Projetos de auto-sustentação”. Na sexta-feira, realizam-se um painel sobre “A educação na visão dos professores indígenas” e uma plenária sobre “Aperfeiçoamento institucional”.
A 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal é um órgão setorial de coordenação nos temas relativos aos povos indígenas e outras minorias étnicas. Entre essas minorias têm tido atenção os quilombolas, as comunidades extrativistas, as comunidades ribeirinhas e os ciganos. Compete à Câmara, entre outras atribuições, manter intercâmbio com órgãos ou entidades que atuem em áreas afins.
Os quilombos são formados por indivíduos predominantemente remanescentes de agrupamentos de ex-escravos fugidos ou alforriados, denominados quilombolas. O quilombo mais famoso foi o de Palmares, no século XVII, no estado de Alagoas. O seu principal líder era Zumbi, que morreu no dia de 20 de novembro de 1695. Esse dia foi adotado como o Dia da Consciência Negra no Brasil.
Ana Paula M. Marra
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TB