Previdência para comunidades da Amazônia

Agência Brasil – ABr – A maneira como os benefícios pagos pela Previdência Social mudam a vida das comunidades ribeirinhas, indígenas, dos remanescentes de quilombos e seringueiros que vivem na região amazônica está no livro “Amazônia Cidadã”, resultado de parceria entre a Previdência Social e a Universidade de Brasília (UnB), e lançado nesta semana.

A importância dos benefícios do INSS, principal fonte de renda de muitas comunidades da região, supera o valor econômico. O dinheiro reforça a posição dos idosos na estrutura social de diferentes grupos. “O idoso, antes considerado um peso, volta a ter um espaço importante e a ser considerado peça fundamental para as comunidades”, explica o ministro da Previdência, José Cechin. Entre os exemplos, está a forte participação dos aposentados índios nos rituais. São eles que compram os alimentos e adereços para as festas.

Os benefícios também ajudam a fixar o índio em suas aldeias e a reforçar a idéia de cidadania. “Com a aposentadoria, melhorou a minha vida (…) Eu estou no meu lugarzinho quieto (…). Não sou mandado, sou aposentado”, diz o índio da tribo Marubos, Santiago Marubo, 80 anos, de Atalaia do Norte/AM, em seu depoimento.

Para chegar a todos os cantos da região amazônica, a Previdência Social utiliza suas agências itinerantes. São carros e, principalmente, os cinco barcos que circulam a região.

As embarcações percorrem os rios, como o Negro e o Solimões, oferecendo todos os serviços de uma agência fixa da Previdência Social. Com equipamentos modernos de informática e comunicação realizada por satélite, o PrevBarco concede benefícios, inclusive os que dependem de perícia médica. A equipe do barco é composta de médico, assistente social e técnicos.

Só este ano, os cinco barcos atenderam 100 mil pessoas e concederam 25 mil benefícios. Na região Norte, vivem 12,9 milhões de habitantes. Desse total, 925,9 mil já recebem benefícios do INSS. Como cada benefício chega, indiretamente, a outras 2,5 pessoas, significa que 3,2 milhões dos moradores da região são atendidos pela Previdência Social.

O antropólogo da UnB e autor do livro, Gabriel Omar Alvarez, esteve na região amazônica duas vezes. Na selva, Gabriel participou de cultos religiosos, rituais, percorreu vilarejos para conhecer as comunidades e saber como elas utilizam os recursos do INSS. Foram realizadas duas expedições à região, chamadas Macunaíma I e II.

“Amazônia Cidadã” está disponível, gratuitamente, no Ministério da Previdência. Pode ser encontrado também pelo site www.previdencia.gov.br e, no próximo ano, estará disponível ainda em CD-ROM.

A Previdência Social, segundo o ministro, tem transferido cerca de R$ 2 bilhões por ano para 870 mil pessoas da região, a fim de garantir o pagamento de aposentadorias, pensões, auxílios e salários maternidade.

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