Agência Brasil – ABr – Há mais de quatro dias focos de incêndios destroem parte da vegetação do pantanal sul-mato-grossense na região de Corumbá, provocando estragos e afugentando os animais silvestres. A falta de chuva muda a paisagem no Pantanal e revela a destruição. A vegetação está em chamas com vários focos de queimadas. É esperado para hoje um sobrevôo na área para identificar a dimensão da queimada.
Conforme o diretor de operações do Corpo de Bombeiros na cidade, José Eduardo Cabral, a opção seria conseguir uma aeronave da Marinha. Segundo ele, cerca de 30 pessoas atuam no combate a incêndio florestal nas regiões do Bracinho e Corixo Belém, na margem esquerda do rio Paraguai. A região fica na margem contrária à que está Corumbá. Ainda assim, de acordo com o diretor de operações, há muita fumaça na parte baixa da cidade.
Com o sobrevôo será possível saber se a queimada segue em direção ao rio Paraguai, onde se extingüirá naturalmente. Com base nessa visualização, explica Cabral, será possível verificar se mais equipes deverão atuar no combate. Hoje, 45% do efetivo do Corpo de Bombeiros de Corumbá, policiais ambientais e equipe do Ibama (Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) atuam contra o fogo. Equipes do Corpo de Bombeiros de Campo Grande devem ser deslocados para auxilir no combate a incêndios naquela região.
O Instituto de Meio Ambiente e dos Recuros Naturais Renováveis (Ibama) já registrou mais de cinco mil focos de incêndio este ano na região, um recorde que está muito acima da normalidade. A área que está em chamas, à beira do rio Paraguai, não é de responsabilidade da Marinha, segundo o chefe maior do sexto Distrito Naval, comandante Jorge Delara.
Marília de Castro