Agência Brasil – ABr – O aprimoramento da fiscalização dos ecossistemas nacionais, com recursos humanos e via satélite, e o controle social nas áreas quentes e com problemas, como o sul do Pará, Rondônia, regiões de Mata Atlântica, sul da Bahia e norte do Mato Grosso, entre outras, foram apontados pelo novo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marcus Luiz Barroso Barros, como prioritários em sua gestão.
Em entrevista ao programa “Revista Brasil”, da Rádio Nacional AM, ele disse que a intenção é criar em quatro anos 2 mil novos postos de trabalho no Instituto, para o processo de fiscalização. Até o final deste ano, acrescentou deverão ser contratados 500 servidores aprovados em concurso público.
Barros destacou que para superar problemas, o princípio será o adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Temos que conversar até cansar, esta é uma marca do novo governo”. E explicou que a madeira é uma questão central, como produto florestal mais importante. “A ministra Marina Silva disse entender que há empresários que seguem a lei e outros, que cometem atos ilícitos em relação ao meio ambiente. A fiscalização, portanto, nos levará a um diagnóstico e nos dirá quem é quem, para podermos agir e conversar”, salientou, ressalvando que a intenção é trazer para o lado “do bem” os empresários, que devem entender que o manejo ambiental, especificamente de florestas, não é a solução definitiva. E sobre a Amazônia, o presidente do Ibama disse que “ainda temos muitas áreas que merecem ser expandidas no que diz respeito à preservação”.
Barros destacou ainda a preocupação com a miséria e a fome, dois itens que “têm uma relação direta com a preservação ambiental”, e lembrou a importância da cooperação entre os diversos ministérios no combate aos problemas sociais brasileiros, acrescentando que a questão indígena também está entre os pontos a serem tratados.
“A diversidade do País requer uma diversidade de ações. É preciso conscientizar a população de que se não cuidarmos do meio ambiente seremos menos felizes. Temos biomas muito diversos – os Lavrados de Roraima são totalmente diferentes dos Banhados do Rio Grande do Sul; Fernando de Noronha e todo o litoral são uma parte rica e significativa; a Caatinga não se compara com o Pantanal”, concluiu.
Daniela Cunha