Empresários querem desenvolver o Centro-Oeste

Agência Brasil – ABr – Empresários do Centro-Oeste e dos Estados de Tocantins, Acre e Rondônia decidiram se unir para incentivar o desenvolvimento industrial da região. A idéia é criar uma entidade nos moldes da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), utilizando a estrutura do Mercoeste, mercado comum que reúne os sete Estados. A Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento do Centro-Oeste (SCO), vinculada ao Ministério da Integração, auxiliará a criação da entidade. A informação é da ministra interina da Integração Nacional, Dayse Kinzo, que abriu hoje o encontro de técnicos e empresários da região, na Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra).

O encontro vai delinear a melhor opção para constituir a entidade, que pode tornar-se o embrião da Agência de Desenvolvimento do Centro-Oeste. Para a ministra, a Oscip dos empresários pode funcionar como a InvestBrasil, organização pública de captação de recursos nacionais e internacionais e de apresentação de oportunidades de negócios diretos no país. “Fiquei muito satisfeita e surpresa com o movimento do empresariado para buscar uma alternativa que pode ser um braço de apoio ao desenvolvimento do Centro-Oeste”, parabenizou a ministra. “Não é preciso ser uma agência, mas uma estrutura mais flexível e inovadora”, completou.

O secretário extraordinário de Desenvolvimento do Centro-Oeste, Marcos Formiga, acredita que em dois meses deve estar decidida a estrutura da instituição. O empresariado tem pressa em definir a nova entidade. “É urgente montar essa estrutura, que parte da iniciativa privada e busca o apoio do governo, nossa oportunidade é esta”, avisou o presidente da Fibra, Lourival Dantas.

Para Dayse Kinzo, o trabalho está avançado e, de agora em diante, é preciso estimular as cadeias produtivas da região e a organização de novas mesorregiões, como a Mesorregião de Águas Emendadas, grupo de municípios com problemas e potenciais comuns que se unem para buscar soluções e oportunidades de negócios comuns. “Podemos substituir o federalismo competitivo, que incentiva a guerra fiscal, pelo federalismo cooperativo”, justificou a ministra.

O Mercoeste, projeto conduzido desde 1997 pelas Federações das Indústrias, com patrocínio do Senai, financiou estudos de identificação do perfil competitivo nos Estados da região. O trabalho servirá de base para a criação do novo órgão empresarial. No Distrito Federal as cadeias produtivas estudadas foram informática, construção civil, vestuário, móveis e turismo. Em Goiás, foram identificadas as cadeias produtivas de carne, couro e leite, fruticultura, piscicultura, móveis, construção civil, algodão/vestuário e aves e suínos.

Em Mato Grosso as áreas foram piscicultura, construção civil, cana-de-açúcar, madeira/mobiliário, algodão/vestuário, soja e milho, turismo, bovinocultura, aves e suínos. Em Mato Grosso do Sul as cadeias produtivas estudadas foram carne e leite, piscicultura, madeira/móveis, construção civil, algodão/vestuário, turismo e soja. Em Tocantins foram pesquisadas empresas dos setores de carne, couro e leite, fruticultura, piscicultura, madeira/móveis, construção civil, algodão/vestuário, turismo e milho, arroz e soja.

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