Rota Brasil Oeste – Para comemorar o Dia do Cerrado – definido pelo governo para 11 de setembro como homenagem ao artista e ambientalista Ary Pára-Raios morto em janeiro deste ano – o Zôo de Brasília oferecerá novidades a dois animais típicos da região e ameaçados de extinção: o lobo Guará e o macaco Bugio.
A equipe do zoológico mudou os hábitos alimentacionais introduzindo um cardápio que seria procurado naturalmente pelas duas espécies na natureza. O objetivo é incentivar, em cativeiro, o comportamento natural dos animais para enriquecer o seu dia-a-dia e induzí-los a retomar os instintos naturais, o que pode ajudar no processo de reprodução das espécies. O lobo Guará, por exemplo, está na lista do Ibama de animais ameaçados de extinção. O Zôo de Brasília já conseguiu reproduzi-los em cativeiro e tentará novamente repetir o feito.
Em cativeiro, os animais costumam receber a comida em horas determinadas e em locais conhecidos. Com a novidade isso vai mudar. A principal adição nutritiva para os lobos será o fruto da Lobeira (Solanum lycocarpum), árvore típica do Cerrado batizada justamente por seu cliente mais regular. Os lobos Guará são parte importante do ciclo de vida da planta disseminando as sementes na natureza.
Já no recinto dos bugios serão colocadas folhas de Cedro (Cedrela fissilis) e de Barriguda (Chorisia speciosa), árvores que também são encontradas no Cerrado e agradam aos macacos.
Para atender à clientela, a equipe do zôo plantou um pequeno pomar com as espécies de plantas mais apreciadas pelos animais. Com o programa de enriquecimento alimentar, em prática há cinco anos, os biólogos já podem concluir que os animais aumentaram sua interação social e reagiram positivamente.
Com informações da Agência Brasil