Agência Brasil – ABr – O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, disse ontem que está trabalhando para aumentar a participação de comunidades internacionais nos próximos Jogos Indígenas. Nesta, que é a sexta edição da competição, três etnias internacionais estão participando: os Wai Wai, que habitam a fronteira entre o Brasil e a Guiana Inglesa, os Kalina, da Guiana Francesa, e dois líderes indígenas canadenses.
“Aqui estão sendo criadas as condições para se ter um evento de integração dos povos das Américas. Estamos formatando esse projeto e, quem sabe, no próximo ano possamos fazer uma competição internacional “, disse o ministro. Ele visitou a Aldeia Olímpica, na Praia da Graciosa, em Palmas, sede dos Jogos.
Na aldeia, Agnelo passou pelas ocas e conheceu representantes de quase 60 etnias que participam da competição. Nos encontros, o ministro recebeu homenagens e agradecimentos. Os índios Terena fizeram questão de suspendê-lo, num ritual de reconhecimento e respeito.
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes, destacou o papel do esporte como instrumento para unir os povos indígenas. “Na região do Xingu, o jawari – que é um esporte onde o participante atinge o oponente com uma lança, com ponta protegida por panos – serviu para unir tribos com línguas e culturas diferentes por meio desta competição”, contou Gomes.
O governador do Tocantins, Marcelo Miranda, esteve também na Aldeia Olímpica. O Ministério do Esporte aproveitou o momento, para doar aos índios, 1.200 bolas produzidas pelo Projeto Pintando a Liberdade.
André Diniz