Técnicos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal avaliaram hoje (1) em cerca de três quilômetros a extensão da mancha de óleo no Lago Paranoá, em Brasília.
O primeiro acidente ambiental com produto derivado de petróleo da história do lago resultou de derramamento do impermeabilizante CM30, utilizado para pavimentar a área de estacionamento nas obras de construção de um hipermercado. As primeiras análises indicaram que a contaminação está na superfície.
O chefe de fiscalização do Ibama, Antonio Wilson, explicou que o órgão está acompanhando as ações da empresa contratada para a limpeza do lago e cobrando medidas preventivas da empresa de engenharia responsável pela obra no bairro do Lago Norte.
A época de chuvas em Brasília, segundo Wilson, é motivo de preocupação: “Ainda existe material na superfície da obra, então existe o risco de o problema aumentar". Ele explicou que já foram colocadas, no lago, barreiras de contenção e bóias especiais que absorvem o produto tóxico. E que o trabalho de limpeza deverá estar concluído em até quatro dias, dependendo das condições meteorológicas.
De acordo com o Ibama a obra do hipermercado ficará embargada até que o problema esteja solucionado. A multa à empresa de engenharia e ao contratante da obra ainda não foi definida. Poderá variar de R$ 1,5 mil a R$ 50 milhões.
Informações Rota Brasil Oeste
A obra em questão é de responsabilidade da rede de supermercados Carrefour e executada pela construtora Orca. A construção já havia sido embargada pela Justiça Federal, em setembro de 2006, por meio de ação civil pública ajuizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).