Fundação BB desenvolve programa de preservação ambiental

Agência Brasil – ABr – A Fundação Banco do Brasil vai desenvolver programa de preservação ambiental, o “Programa Bio-Consciência”, usando como carro-chefe a convivência estreita que o BB mantém com os municípios, como agente financeiro. A idéia é conscientizar as prefeituras para um programa educativo junto às populações quanto à necessidade da conservação da água e do equilíbrio ambiental. A diretora da Fundação, Heloísa Helena de Oliveira, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM, disse que o objetivo é despertar a importância da preservação dos recursos naturais, necessário para a sobrevivência das gerações futuras com o uso racional dos rios e mananciais.

A instituição quer trabalhar próximo das políticas públicas complementando a política nacional de recursos hídricos, e está negociando parceria com a Agência Nacional de Águas para esse fim. A poluição dos mananciais deverá ser combatida através desse trabalho, visando proteger rios, lagos e lençóis. Os locais onde há escassez de água, como no semi-árido nordestino, terão enforque especial no trabalho educativo que será empreendido pela Fundação Banco do Brasil, dentro do Programa Bio-Consciência.

A entidade defende o uso racional da água, especialmente na agroindústria. Na questão dos resíduos sólidos, segundo Heloísa Helena, dos 5.500 municípios do país em menos de 200 se faz coleta seletiva de lixo, o que significa que “estamos entulhando nosso país com lixo que poderia ser reaproveitado, gerando renda e resultando em matéria prima para diversos produtos”. Ela destaca que temos capacidade ociosa na indústria recicladora e está na hora de utilizá-la.

O apoio das prefeituras e das instituições ligadas ao meio ambiente pode resultar numa melhor qualidade de vida para as populações, que também estariam preservando o futuro das gerações. Na questão dos resíduos sólidos as ações poderiam fazer surgir a coleta seletiva.

No próximo dia 3 de outubro, segundo informou a presidente da Fundação Banco do Brasil, vai acontecer em Porto Alegre a “Reciclashow”, quando serão reunidas as prefeituras da região para participar do esforço para começar esse trabalho educativo. Heloísa Helena lembrou que em Brasília já se tentou um trabalho de conscientização pela coleta seletiva de lixo mas, como em outros estados, tudo acaba se misturando num lixão, tornando inútil o trabalho.

Lourenço Melo
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FF

ndios Tupinambá relembram 70 anos de resistência na Bahia

Agência Brasil – ABr – Os índios Tupinambá de Olivença estão relembrando neste domingo, desde as 8h, na praça Cláudio Magalhães, no distrito de Olivença, em Ilhéus/BA, os mais de 70 anos da história de resistência, com a realização da 2ª Peregrinação em Memória dos Mártires do Massacre no Rio Cururupe, quando eram liderados pelo caboclo Marcelino, principal homenageado.

A peregrinação deverá reunir cerca de 600 Tupinambá de Olivença. O Conselho Indígena Tupinambá de Olivença (Cito) também convidou os Pataxó Hã-Há-Hãe, que habitam a Terra Indígena Caramuru Paraguaçu e os Pataxó de Coroa Vermelha, no extremo sul da Bahia. Homens, mulheres – idosos, adultos, jovens e crianças – estão vestidos com as saias de taboa, confeccionada por um capim do brejo, atual vestimenta típica dos índios da região.

Em maio deste ano, os Tupinambá de Olivença tiveram uma grande conquista, quando a Funai reconheceu sua identidade indígena. A próxima etapa será o início dos estudos de identificação e delimitação das terras ocupadas pelos índios. Desde a década 30, esses índios lutam pelos seus direitos, apesar das perseguições dos coronéis do cacau e do governo de Getúlio Vargas. “O apoio da Funai, principalmente do atual presidente, que na ocasião era o diretor de Assuntos Fundiários foram muito importantes para o reconhecimento e agora, para a identificação das terras”, afirmou a cacique Valdelice, que está em Brasília para apressar o envio do grupo técnico à região.

Hoje, a cacique Valdelice já cadastrou 2.500 índios, que habitam 22 comunidades espalhadas pela região do município de Ilhéus. “Devido ao difícil acesso, muitas comunidades ainda não foram visitadas e calculamos haver mais índios. Queremos mostrar que hoje não precisamos mais ter vergonha de ser índios como antigamente e tentar reunir o maior número de Tupinambá de Olivença para lutarmos pela identificação e demarcação de nossas terras”, disse a cacique. Valdelice considera que agora, com o apoio da Funai, de organizações indígenas e até de fazendeiros dispostos a devolverem parte das terras aos índios com e sem indenização, os Tupinambá de Olivença poderão ter os seus direitos conquistados e uma cidadania digna.

IDM
RE

Funai reconhece terra indígena de Palmas

Agência Brasil – ABr – A Fundação Nacional do Índio (Funai) reconheceu a terra indígena de Palmas, de ocupação de índios Kaingáng. As terras demarcadas têm a área de 3.770 hectares e 31 km, e ficam localizadas nos municípios de Palmas, no Paraná e Abelardo Luz, em Santa Catarina. Os kaingáng falam a língua Jê, e tem a população estimada de 22 mil índios, de acordo com levantamento da Funai. Eles estão distribuídos na região norte do Rio Grande do Sul, no oeste de Santa Catarina, no noroeste de São Paulo e no norte, sul e no centro do Paraná. Só na nova área demarcada são 668 índios.

A subsistência dos kaingáng é baseada no trabalho assalariado ou diário nas fazendas, na agricultura de consumo familiar e no artesanato. O principal vegetal usado na confecção dos artesanatos é a taquara. Mas também usam o xaxim e o carvão de bracatinga. A agricultura é a atividade produtiva desenvolvida pelos Kaingáng de Palmas, e ocupa lugar de destaque na economia. Os índios cultivam feijão, milho, batata-doce, cenoura e mandioca, que servem tanto para o abastecimento interno, quanto ao comércio externo.

IDM
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Funai participa de Conselho Estadual para Assuntos Indígenas de Goiás

Agência Brasil – ABr – Dois representantes – um da Funai e outro das comunidades indígenas – vão compor o Conselho Estadual para Assuntos Indígenas (Ceai), da Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel), órgão do estado de Goiás. O objetivo é atender os índios domiciliados no estado, na busca de seus direitos previstos na Constituição de 1988. Em Goiás há cinco terras indígenas – Avá-Canoeiro, Carretão I e II Karajá de Aruanã I e II, onde habitam índios das etnias Avá Canoeiro, Tapuya e Karaká.

Além do representante da Funai e das comunidades indígenas, o Ceai, órgão consultivo de caráter permanente, é composto de outros sete membros indicados pela Agepel, Ministério Público Federal, Procuradoria Regional da República, Secretaria de Estado de Educação, Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Católica de Goiás (UCG) e Agência Goiana de Turismo (Agetur).

IDM
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Iphan cria comissão para gerenciar restauração de igreja em Pirenópolis

Agência Brasil – ABr – O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iophan) constituiu a Comissão Gestora da Restauração da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis (GO), conforme Portaria nº 249, de 25 de setembro, publicada hoje no Diário Oficial da União. A igreja, tombada desde 1941, foi parcialmente destruída por um incêndio, no dia 5 deste mês.

O presidente do Iphan, Carlos Henrique Heck, vai coordenar a comissão, formada por oito especialistas. A comissão vai definir as ações a serem empreendidas pelo Iphan para recuperar o prédio, orientar os procedimentos a serem adotados e gerenciar os recursos para os trabalhos de restauração.

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TB

ndios Krahô abrem a 5ª Feira de Sementes em Tocantins

Funai – Começa hoje (24) e vai até domingo (29) a 5ª Feira Krahô de Sementes Tradicionais, que acontece dentro da Terra Indígena Krahô, próxima à Itacajá (TO). O evento oferece uma exposição de sementes tradicionais, trabalhos com ervas medicinais, produtos beneficiados dos cerrados, pintura em tecido, beneficiamento do lixo industrial, arquitetura indígena, entre outras atrações.

A feira é realizada na sede da Associação Kapey, no interior da Terra Krahô, e será aberta ao público apenas durante o fim de semana. Os organizadores recomendam aos visitantes que desejem passar a noite na aldeia levar equipamento de camping. O preço de entrada é R$20,00.

Funai termina Expedição Tenente Alípio Bandeira no Amazonas

A expedição que verificou a extensão das terras ocupadas por índios isolados no extremo oeste do estado do Amazonas, na Terra Indígena Vale do Javari, iniciada dia 8 de agosto deste ano, chegou ao fim no início de setembro. O grupo de 34 pessoas, composto por índios e sertanistas, foi chefiado por Sydney Ferreira Possuelo, chefe do Departamento de Índios Isolados da FUNAI.

No total foram percorridos quase 4.000km, sendo a maior parte, 3.476km, em barcos motorizados, 267km a pé na selva e 371km de canoa.
Os índios que acompanharam Possuelo pertenciam às etnias Marubo, Kanamari e Matiz.

Funai aguarda Polícia Federal para investigar ataque sofrido pelos Pataxó na Bahia

Funai – O administrador da Funai em Eunápolis/BA, Sandro Pena, aguarda a chegada da Polícia Federal para realizar uma diligência e apurar o conflito que envolveu 30 famílias Pataxó, expulsas da área na madrugada do dia 15 por fazendeiros, com o apoio de agentes da polícia cível e militar, no município de Prado/BA.

Pena relatou que, segundo informações do índios, que agora estão acampados na Administração Executiva Regional da Funai em Eunápolis, vários homens armados invadiram a aldeia, atirando contra crianças, mulheres, jovens e idosos totalmente indefesos.

A Frente de Resistência e Luta Pataxó lançou manifesto protestando contra o ataque promovido pelo dono de uma fazenda, Normando de Carvalho, que quer expulsar os Pataxó da região. Há três anos, vem sendo realizado o estudo técnico para identificar se área é originalmente terra indígena Pataxó.

Desde de agosto, como forma de pressionar o resultado do estudo, em elaboração pela antropóloga Maria do Rosário de Carvalho, os Pataxó estão avançando para retomar as terras. O estudo abrange uma área de 200 mil hectares reivindicada pelos Pataxó, na região que vai de Barra Velha, em Porto Seguro/BA, a Corumbau, no Prado, passando pelas terras do entorno do Parque Nacional Monte Pascoal.

Funai resolve conflito no Pará

Funai – A Funai e a Federação dos Povos Indígenas Kayapó do Pará devem iniciar em breve um trabalho de reavivamento dos marcos da Terra Indígena, no município de Redenção.

A Coordenação de Proteção às Terras Indígenas da Funai, em resposta a uma denúncia de invasão feita por índios Kayapó, enviou o indigenista Walter Blos, assessor técnico da Fundação, para resolver a contenda entre índios e colonos. O técnico da Funai trabalhou em conjunto com o chefe do posto indígena Badjunko-re, Tiago Kayapó, e do chefe da Casa do Índio de Redenção, Pedro Aibi, percorrendo 10km das terras, do marco 7 ao 8, rodeadas por um assentamento. Com a presença dos técnicos ali, os invasores acabaram se retirando espontaneamente do local.

O indigenista ficou no Pará dos dias 9 à 18 de setembro verificando os limites que teriam sido invadidos. Os invasores alegavam que o Incra havia permitido a ocupação de determinada área pertencente aos índios, o que foi negado pelo órgão. Dessa forma, Blos encontrou-se com técnicos do Instituto para resolver o problema. De acordo com ele, os marcos das terras estão velhos e camuflados, necessitando de uma clarificação. Walter afirma que existem aproximadamente 10 marcos, mas apenas 4 ainda podem ser encontrados.

A Funai aconselhou os índios a contratarem um agrimensor por meio da Federação dos Povos Indígenas Kayapó do Pará para, em conjunto com um servidor da Diretoria de Assuntos Fundiários, providenciar a recolocação e clarificação dos marcos da Terra Indígena.

Parceria da Funai com estado beneficia índios em Pernambuco

Funai – Vinte e uma comunidades indígenas de Pernambuco estão sendo beneficiadas pelo Projeto Renascer que está investindo na construção de casas, banheiros, abastecimento de água, e energia elétrica no estado de Pernambuco. O projeto investe R$ 1.485.612,24 nas 21 comunidades indígenas de nove municípios pernambucanos (Águas Belas, Buíque, Cabrobó, Carnaubeira da Penha, Floresta, Inajá, Pesqueira, Salgueiro e Tacaratu), atendendo 1.032 famílias. As etnias Fulni-ô, Kapinawá, Truká, Atikum, Kambiwá, Pipipam, Xucuru e Pankararu foram contempladas com um total de 21 sub-projetos para a melhoria da qualidade de vida nas aldeias. O projeto Renascer é dirigido também às comunidades remanescentes dos quilombos, por meio de parceria com a Fundação Palmares.