Justiça extingue ação contra a transposição das águas do São Francisco

Agência Brasil – ABr – A Advocacia da União na Bahia conseguiu extinguir a ação civil pública que impedia a União de executar o projeto de transposição do Rio São Francisco, sem o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima). A ação apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) pedia ainda que a União e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), reparassem qualquer dano causado à Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, pela implantação do projeto.

A AGU defendeu que não existe qualquer obra de engenharia em andamento na Bahia ou em qualquer outro estado ligado ao projeto. O único trabalho concluído sobre a transposição das águas do Rio São Francisco é exatamente o que o MPF pede na ação, ou seja a elaboração do EIA/Rima, já entregue ao Ibama. Portanto, a AGU concluiu que a presente ação não tem fundamento.

Nilmário Miranda participa de encontro com lideranças indígenas

Agência Brasil – ABr – O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, e o presidente da Funai, Eduardo Aguiar de Almeida, participam hoje da assembléia geral dos Tuxaua, na aldeia Pium, a 130 quilômetros de Boa Vista (Roraima). Será discutido, entre outros temas, o assassinato do índio Macuxi, ocorrido em janeiro, e os conflitos em torno das demarcações de terras indígenas no Estado. Participam do encontro representantes do Ministério Público Federal, do Comando Militar da Amazônia, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e do Instituto Sócio-Ambiental.

Roberta Melo

Instituto das Tradições Indígenas quer apoio do Ministério da Cultura para projetos

Agência Brasil – ABr – O ministro da Cultura, Gilberto Gil, recebeu hoje, no ministério, o presidente do Instituto de Desenvolvimento das Tradições Indígenas, Jurandir Siridiwe Xavante, com quem discutiu formas de promover a cultura por meio da arte dos povos indígenas do Brasil. Segundo Jurandir, o apoio do Ministério é necessário para o andamento dos projetos como o Rito de Passagem, Canto e Dança Ritual Indígena que divulga, por meio de apresentações teatrais, a arte das tribos brasileiras.

O Instituto de Desenvolvimento das Tradições Indígenas (IDETI) é uma organização não governamental criada e dirigida por pessoas indígenas de várias etnias, com o objetivo de proteger, resgatar e promover a cultura e o conhecimento dos povos indígenas. Este ano, o Instituto pretende levar, a partir de abril, o Projeto Rito de Passagem para, pelo menos, quatro capitais brasileiras.

As apresentações mostram a cultura de diversas etnias. Cerca de cinco tribos, como os Karajás, Tukanos, Guaranis e Xavantes apresentam danças e cantos típicos. Segundo Jurandir Siridiwe são selecionadas as cerimônias mais bonitas de cada tribo e, a cada ano, novas tribos integram o projeto. Para Jurandir a importância desse projeto é preservar a cultura indígena além de garantir algum recurso com as verbas recebidas. “Mostramos também, as diferenças de cada tribo, para que as pessoas saibam que os índios não são todos iguais”, explicou.

Ao final do encontro com o ministro, Jurandir Siridiwe disse sentir-se satisfeito com a reunião e afirmou que o ministro Gilberto Gil demonstrou conhecimento e simpatia pela cultura indígena, e garantiu apoiar os projetos e as causas indígenas.

Alessandra Esteves

Institute of Indian Traditions wants Ministry of Culture to support its projects

Agência Brasil – ABr – Today, the Minister of Culture, Gilberto Gil, received the president of the Institute for the Development of Indian Traditions, Jurandir Siridiwe Xavante, with whom he discussed ways to promote the culture of Brazils indigenous communities, through art. According to Jurandir, the Ministrys support is necessary for the advancement of projects such as the Rite of Passage, Song, and Indigenous Dance Ritual, which disseminate, in the form of theatrical presentations, the art of the tribes of Brazil. (DAS)

Reservas extrativistas terão plano de manejo sustentável

Ibama – Até o final deste ano, onze das trinta reservas extrativistas do país terão seus planos de manejo concluídos e em funcionamento. Isso significa que essas unidades de conservação de uso sustentável, responsáveis pela preservação de cerca de cinco milhões de hectares – a maior parte em áreas de floresta -, contarão com um documento técnico que definirá as prioridades e a forma de exploração dos recursos naturais da fauna e da flora, além da prestação de serviços de ecoturismo. A informação é do chefe do Centro Nacional de Populações Tradicionais e Desenvolvimento Sustentável- CNPT/Ibama, Atanagildo de Deus Matos. As reservas que serão contempladas com os planos de manejo este ano são as seguintes: Alto Tarauacá, Cazumbá-Iracema e Chico Mendes (AC); Jutaí e Médio Juruá (AM); Barreiro das Antas, Lago do Cuniã e Rio Ouro Preto(RO); Rio Cajari(AP); Tapajós-Arapiuns e Soure(PA).

A novidade é que os planos de manejo das reservas permitirão às populações residentes fazerem o manejo de madeira e de animais silvestres(criação em cativeiro) quando esses recursos estiverem disponíveis na área, o que até então não era permitido. Além dos dois novos ítens as reservas já produzem borracha, castanha, palmito, essências vegetais, óleos, mel, peixes e fibras variadas. Em algumas delas destaca-se ainda a produção artesanal. Os planos de manejo serão úteis na orientação dessa produção e garantirão o uso sustentável dos recursos naturais, ajudando a preservar a floresta para as gerações futuras.

As reservas extrativistas são um modelo genuinamente brasileiro de ocupação sustentável de áreas nativas. Ao criar uma reserva, o governo tira os habitantes tradicionais da condição de posseiros e dá a eles o status de cidadãos, com direito ao usufruto da terra e seus recursos naturais. Além ter os direitos garantidos por lei, os extrativistas ainda recebem ajuda de custo para a reforma da casa e a compra de equipamentos essenciais, financiamentos para a produção extrativa sustentável e assistência técnica – como é o caso dos planos de manejo que serão elaborados com apoio do Ibama.

Com a vida lastreada no meio ambiente, os extrativistas das reservas tornam-se fundamentais na conservação dos recursos naturais. “Nas reservas não existe grilagem de terra, ocupação desordenada, retirada ilegal de madeira ou tráfico de animais”, explica o chefe do CNPT. Segundo ele, a profunda relação dos moradores das reservas com a natureza cria uma simbiose que garante a sobrevivência de ambos.

Reservas nasceram da luta dos seringueiros do Acre

No Brasil, existem em funcionamento 30 reservas extrativistas, sendo 23 na Amazônia Legal. As demais estão distribuídas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Elas se dividem entre reservas extrativistas de recursos florestais e recursos pesqueiros. (veja quadro abaixo). Juntas, as resex somam 5 milhões hectares de áreas protegidas. Isso significa o equivalente ao Estado de Sergipe. Esse conjunto de reservas, estabelecido com a importante ajuda de organismos internacionais, é resultado de apenas onze anos de trabalho. A primeira delas a surgir no mapa da conservação brasileira é emblemática: chama-se reserva extrativista Chico Mendes, localizada na região de Xapuri-AC. Foi criada dois anos após a morte do líder seringueiro, assassinado em dezembro de 1988 por defender os direitos dos povos da floresta. Chico Mendes é o símbolo máximo do movimento que resultou na criação das reservas extrativistas.

Jaime Gesisky

Posse do novo presidente da Funai

Agência Brasil – ABr – O novo presidente da Funai, Eduardo Aguiar de Almeida, recebeu hoje o cargo do antropólogo e servidor da Funai, Artur Nobre Mendes. Em seu discurso de posse, o novo presidente destacou que a política indigenista deve estar voltada para o social como já é prioridade do Governo Lula. Aos servidores da casa, Almeida garantiu que lutará por uma Funai forte, com harmonia e união, e disse que pretende resgatar o melhor da tradição indigenista, valorizando o trabalho de todos.

Na abertura de seu pronunciamento, Eduardo Almeida destacou a política do novo governo.
“Iniciamos hoje – é nosso sentimento, nossa humilde pretensão – um tempo inteiramente novo na relação do Estado brasileiro com os povos indígenas deste país. Mudança, disse o nosso presidente Lula, é a palavra-chave. No caso da política indigenista, essa mudança precisa ser substancial. Pelo menos esse é o sentimento que se tem como predominante entre indígenas das mais de duas centenas de etnias presentes no Brasil, assim como entre indigenistas, estudiosos, especialistas, servidores públicos e mais interessados na questão indígena”, disse Almeida, que reconheceu o trabalho digno, correto e honrado do antropólogo que deixa o cargo, bem como o de outros presidentes que a Funai já teve.

Ao finalizar, disse ter sorte de estar entrando em uma situação melhor. “Temos agora um governo que tem um compromisso de longa data com os índios”, afirmou.

Artur Mendes saudou a chegada do novo presidente e aproveitou o momento da transmissão de cargo para anunciar o êxito da ação indigenista na retirada dos mais de cinco mil garimpeiros que invadiram e permaneciam no interior da Terra Indígena Parque do Aripuanã na atividade ilegal de garimpo de diamantes.

O antropólogo que deixa o cargo ressaltou ainda que nos seis meses que esteve à frente do órgão indigenista viu o esforço dos servidores e comunidades em prol dos povos indígenas e destacou também o Encontro das Mulheres e as portarias declaratórias reconhecendo terras indígenas que tramitavam há anos no Ministério da Justiça e que foram oficializadas.

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Acompanhe a cobertura do evento feita pela Assessoria de Imprensa da Fundação Nacional do Índio.

Uma nova política indigenista

Agência Brasil – ABr – O novo presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Eduardo Aguiar de Almeida, assumiu hoje com o compromisso de fazer mudanças na política indigenista. Cerca de dez etnias prestigiaram a cerimônia no auditório do Ministério da Justiça. “Assumo a direção do órgão indigenista oficial num quadro inédito: há esperança por toda parte, inclusive de não ter mais que viver sob medo, exclusão e discriminação”, afirmou.

Ao empossar o novo presidente, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, destacou a urgência na capacitação da Funai para tratar dessas mudanças, principalmente para promover uma atualização da legislação. “As especificidades e diferenças são muito grandes e é preciso uma nova atualização. A idéia é criar um conselho que efetivamente estabeleça as diretrizes gerais de uma política indigenista no Brasil com a participação das comunidades indígenas e de todos os envolvidos nessa questão”, defendeu Thomaz Bastos.

Thomaz Bastos disse que a mudança também promoverá o respeito às diferenças entre os povos indígenas. “A política indigenista no Brasil vai mudar, mas não vai ser aquela mudança súbita que põe em risco a segurança do grupo. Será uma mudança forte, paulatina, que efetivamente cumpra os melhores e mais generosos desígnios de todos aqueles que sonharam com uma época de respeito às diferenças, divergências e dificuldades”, explicou. “Para isso, teremos uma permanente atenção às propostas e interesses de todas as etnias, assim como das organizações legítimas indígenas”, garantiu o ministro.

Eduardo Almeida acrescentou que a união de forças e das lideranças indígenas também é fundamental para a reestruturação da Funai. “O melhor de uma honrosa tradição indigenista brasileira precisa ser valorizada, resgatada, desenvolvida e atualizada”.

Cecília Jorge

CPI da Biopirataria aprova relatório final

Agência Câmara – A CPI da Biopirataria, que investiga o tráfico de animais e plantas silvestres, aprovou hoje (30) o relatório final do deputado Sarney Filho (PV-MA). O texto reúne as conclusões das três sub-relatorias da Comissão, que trataram respectivamente dos seguintes temas: legislação, controle sobre criadouros de animais e extração ilegal de madeira.

Em pouco mais de dois meses de trabalho, a Comissão colheu mais de cem depoimentos em audiências públicas e secretas. Mas os deputados entendem que o tempo foi curto para apurar todas as denúncias e, por isso, decidiram pedir a instalação, ainda neste ano, de uma nova CPI sobre o assunto.

De acordo com o presidente da Comissão, deputado Luiz Ribeiro (PSDB-RJ), o comércio ilegal de animais movimenta aproximadamente R$ 2 bilhões por ano; e a comercialização ilegal de madeira, outros R$ 4 bilhões.

Extração de Madeira

Em seu relatório, Sarney Filho propôs a proibição da atividade madeireira na Mata Atlântica, não admitindo nem mesmo planos de manejo. A medida tem em vista combater a extração ilegal de madeira, principalmente do mogno, espécie ameaçada de extinção.

O relator também sugere maior rigor na fiscalização, não só na Mata Atlântica, como também nos outros grandes ecossistemas do País. Segundo ele, existem quadrilhas organizadas atuando no setor: “Na área do tráfico de animais silvestres, nós estamos mostrando o mapa de rotas de tráfico. Vamos pedir à Polícia Federal que assuma o controle da questão. Isso facilitará muito a investigação, inclusive porque já temos os nomes de alguns suspeitos envolvidos no tráfico internacional”.

Novas Investigações

Segundo a deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que atuou como sub-relatora da Comissão, a falta de tempo prejudicou as investigações, já que 90% dos requerimentos de informações da CPI a órgãos oficiais não foram respondidos. “Por isso, instalaremos uma nova Comissão sobre o assunto nesta nova legislatura. Precisamos investigar institutos que, atrás de atividades aparentemente legais de pesquisa científica, atuam como verdadeiros biopiratas”, afirma a parlamentar.

Para combater o tráfico de animais e plantas silvestres, a deputada apresentou à CPI as seguintes sugestões: criação de estrutura de acompanhamento de convênios de cooperação internacional e de trabalhos realizados por pesquisadores estrangeiros; implantação de programa nacional estratégico de registro da etnobiologia, considerando as diferentes categorias utilizadas pelos povos indígenas; estabelecimento de um marco legal, nacional e internacional, de proteção dos conhecimentos tradicionais; e montagem, pelo Ibama, de um centro de triagem, reabilitação e reintrodução de animais silvestres confiscados por órgãos federais e estaduais.

Recuperação de áreas

Já o sub-relator Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) propôs a alteração da lei de crimes ambientais para tornar mais freqüente a aplicação de multas e penas de recuperação de áreas degradadas. “Eu acho fundamental que, ao invés da pena privativa de liberdade, se aplique a pena de recuperação do meio ambiente. Com isso, não só estaremos recuperando o meio ambiente, mas também gerando empregos e contribuindo para o meio ecossistema”.

Bentes recomendou ainda a aprovação de proposta de emenda à Constituição para suprimir a expressão “e à preservação ambiental”, do inciso II do artigo 20 da Constituição Federal. A proposta torna obrigatório o entendimento entre estados e União antes que esta, pelo critério discricionário da preservação ambiental, transforme em bens de seu domínio terras devolutas que constituem a base territorial indispensável à estrutura da Federação.

Da Redação/ RO

ndios querem definição de política indigenista

 A definição de uma política do governo Lula para os índios é a maior preocupação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que enviou ao ministro Márcio Thomas Bastos, da Justiça, uma proposta de Medida Provisória criando o Conselho de Políticas Indigenistas. Por meio do conselho, os índios teriam a oportunidade de discutir com o governo, em pé de igualdade, políticas que desenhariam seu próprio futuro, definindo ações educativas, por exemplo, e fixando prioridades orçamentárias para a comunidade indígena. Além disso, o Cimi considera importante a criação do conselho para concentrar as políticas indígenas, pois hoje vários órgãos estão relacionados ao assunto.

Os constantes casos de assassinatos de índios, ocorridos recentemente em Roraima, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, e as ameaças a comunidades indígenas na região do Monte Pascoal, na Bahia, também preocupam os membros do Cimi. Eles cobram do governo federal medidas urgentes para coibir os conflitos, com a imediata demarcação das terras e a retirada dos invasores.

Projeto pode alterar regras para demarcação de terras

Tramita pela Câmara uma proposta de Emenda à Constituição que determina que a demarcação de terras indígenas, hoje determinada pela Funai e Ministério da Justiça, seja apreciada pelo Congresso Nacional. Para o autor do projeto, deputado Ricarte de Freitas (PSDB-MT), a medida resolveria o problema de conflitos de terras entre fazendeiros e índios, pois as regras para demarcação seriam mais claras.

“Eu acho que você tem que dar garantias não só para os índios mas para os proprietários. O que não pode é ser só a Funai, que é um órgão do Ministério da Justiça, que estabeleça, sem a consulta ao Congresso Nacional, a demarcação de áreas indígenas. Isso tem gerado um grande conflito. Eu acho que não se pode excluir da discussão o Congresso. Por isso, eu apresentei essa proposta de Emenda à Constituição. Entendo que a Funai tem que participar da discussão, mas não pode ser apenas ela a levar a decisão pronta para o Ministério da Justiça, sem a participação do Congresso”.

Atualmente o processo de demarcação de uma terra indígena obedece aos critérios definidos no Decreto 1.775/96. O primeiro passo para qualquer demarcação é um laudo antropológico da área, produzindo por um profissional de qualificação reconhecida indicado pela Funai. O laudo produzido é discutido por uma comissão com profissionais de várias áreas e encaminhado para a aprovação do presidente da Funai.

Após a aprovação, há um prazo de 90 dias para contestações, inclusive de ordem fundiária, afim de pleitear indenizações ou argumentar contra a remarcação das terras. Após esse prazo, cabe ao Ministro da Justiça aprovar, prescrever novas diligências a serem cumpridas ou desaprovar a identificação da área.

Leia mais sobre o processo de demarcação.

A proposta de mudança já foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, para que se manifeste se deve ser ou não admitida.

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Decisão Política

Fábio Pili
com informações da Agência Câmara

Marina Silva defende reforma tributária que inclua questão ambiental

Agência Brasil – ABr – A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje (31), no Rio, que existem atualmente no Congresso Nacional vários projetos que podem ser analisados nas discussões para formulação da reforma tributária. Um deles é de autoria da própria ministra e prevê a criação de uma reserva composta por recursos do Fundo de Participação dos Estados. Marina Silva informou que, de acordo com o projeto, as regiões Sul e Sudeste entrariam com um percentual de 1,5% e as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com 0,5%. O dinheiro seria usado para a implementação de política com critério de sustentabilidade em áreas de preservação permanente, reservas extrativistas e áreas indígenas demarcadas.

A ministra citou o estado de Roraima, que possui 50% de áreas protegidas e seria beneficiado com um adicional de R$ 50 milhões por ano, para investimentos com qualidade ambiental em atividades desde a pecuária, exploração de madeiras, agrícola familiar, pesquisas e tecnologia adaptada. “São exemplos de como podemos discutir o investimento econômico além de ações no âmbito dos ministérios do Planejamento e da Fazenda, que incluam a questão ambiental nas agência de fomento”, explicou a ministra.

Marina Silva pretende contar com apoio da bancada do governo para aprovar no Congresso projetos de interesse do meio ambiente. “É fundamental o apoio da bancada. Essa construção é no Executivo e no Legislativo. Como alguém que tem origem no Legislativo, acho que a contribuição no Congresso é imprescindível em todas as reformas que o presidente Lula está fazendo”, concluiu.

Cristina Indio do Brasil