Desastre ecológico contamina afluente do rio Xingu

Agência Brasil – ABr – O Ibama deu início hoje a um trabalho de pesquisa no rio Iriri, afluente do rio Xingu, para investigar mortandade de peixes, aves e flora, na região de Altamira, no Pará. Foram mobilizando biólogos, médicos veterinários, botânicos, médicos, engenheiros agrônomos e florestais, entre outros profissionais, para descobrir a causa da morte de exemplares de várias espécies.

Além da causa do desastre ecológico, ainda será feito um diagnóstico sócio-ambiental na fauna e flora e exame na população indígena e ribeirinha da região. Também integram a chamada Operação Iriri a Funadação Nacional do Índio (Funai), Eletronorte, Fundação Instituto Evandro Chagas (PA), Secretaria de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente do Pará (Sectam), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Ong Fundação viver, Produzir e Preservar (FVPP) e a prefeitura de Altamira.

Os técnicos acreditam que a origem do desastre teria ocorrido num dos afluentes do rio Iriri, o igarapé Bala, na região do Entre Rios – Iriri e Curuá, 300 quilômetros a montante do Rio Xingu, em Altamira. A Secretaria Municipal de Saúde reuniu ontem (6) representantes da sociedade civil, com a presença do Ibama e da Sectam, para esclarecer a população sobre o consumo de peixes e água do Rio Xingu. A Eletronorte e a Funai enviam à Rádio Nacional de Brasília informações para que sejam transmitidas às aldeias indígenas da nação Kaiapó e Ribeirinhos que ficam na região, sobre os riscos de se utilizar a água dos igarapés Bala e Catete e dos rios Iriri, Curuá e Xingu.

Na avaliação do Ibama e da Eletronorte serão necessários pelo menos seis dias de trabalho na região do Entre Rios – Iriri e Curuá, para efetuar coletas com amostras de água, peixes e sedimentos (areia e argila) do igarapé Bala e do rio Curuá. Em 48 horas o material terá que ser entregue aos pesquisadores dos laboratórios das universidades Federal do Pará (UFPA), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Estado de São Paulo (Unesp/Botucatu), e de Brasília (UnB), que farão as análises microbiológicas das amostras.

A previsão é que só na 4ª feira (12) serão entregues os laudos apontando a causa ou causas do envenenamento dos rios, que gerou a morte de milhares de peixes, aves e flora no rio Xingu, que atravessa o Pará e Mato Grosso.

O engenheiro químico da Diretoria de Licenciamento e Qualidade Ambiental (Diliq) do Ibama, João Bosco Costa Dias, informou que, a princípio, existem duas hipóteses para o desastre ecológico. Diante da observação de grandes manchas esverdeadas a montante do rio Iriri, a mortandade seria proveniente de grande concentração de algas, fruto de ‘Bloom’ (explosão) de uma colônias de algas no igarapé Bala. “A decomposição das algas (fenômeno natural) provoca o consumo do oxigênio dissolvido na água, levando a morte por asfixia dos peixes”, afirma.

Segundo ele, a proliferação de algas verde-azuladas (também conhecidas como Cianobactérias) produz cianotoxinas, cujo efeito é o e envenenamento de peixes e outros organismos aquáticos, podendo ou não, serem tóxicos a seres humanos. A outra hipótese apontada por Dias seria o vazamento de alguma substância tóxica oriunda de lagoa de contenção da antiga mineração Canopus, desativada, que extraia cassiterita no igarapé bala. “A cassiterita que é depurada com arsênio foi abandonada nesses tanques”, explica Dias.

A velocidade das águas do Xingu, com o aumento de chuva na região, levou ao rápido aparecimento de peixes mortos em Altamira e, já se desloca em direção ao Rio Amazonas. O município de Belo Monte, que no momento é monitorado pelos biólogos da Eletronorte, apresenta centenas de peixes mortos. O rio Iriri, com 800 quilômetros de extensão, é tributário direto do rio Xingu, que por sua vez é afluente da margem direita do rio Amazonas. A mortandade de peixes já atingiu a cidade de Altamira, que tem 85 mil habitantes e 70% da população consome diariamente mais de 12 espécies de peixes, oriundos do Xingu e seus afluentes. Cerca de 80% da população são abastecidos pela Companhia Estadual de Saneamento (Cosanpa), que capta água diretamente do rio Xingu.

O rio Xingu nasce na Serra Azul, em Mato Grosso, e corta a região sudoeste do Pará, margeando as cidades de Altamira, Belo Monte, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e deságua na altura de Porto de Moz, defronte à cidade de Almeirim, situada na margem esquerda do rio Amazonas. O escritório regional do Ibama só tomou conhecimento do problema no dia 29 de janeiro, quando recebeu ofício da Indústria, Comércio de Navegação do Xingu Ltda (Incenxil), que fica na região do Entre Rios.

A empresa coletou água e enviou para a UFPA, onde foi analisada. Como resultado registrou-se a presença de nitrogênio amoniacal acima do valor estabelecido para água classe II da Resolução nº 20 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O chefe do escritório do Ibama em Altamira, engenheiro agrônomo Carlos Renato Leal Bicelli, mobilizou todas as instituições na região das áreas federal, estadual, municipal e Ong’s, na busca de solução para o problema do Xingu.

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Lana Cristina

Atentado a cacique revolta índios em Pernambuco

Agência Brasil – ABr – Permanece tenso o clima no distrito de Cimbres, município de Pesqueira a 214 quilômetros de Recife, onde dois índios Xucurus foram mortos hoje numa emboscada, na BR-209. O principal alvo seria o cacique Marcos Xucuru, filho do ex-cacique Francisco de Assis Araújo, conhecido como Chicão, morto em maio de 1998. O jovem escapou com ferimentos leves. Policiais militares estão garantindo a segurança dos familiares do mentor do crime, o também índio Xucuru Expedito Cabral, que se encontra foragido. Revoltados, os índios cercaram a casa, atearam fogo nos móveis e ameaçam linchar os parentes de Expedito caso ele não seja preso. A Polícia Federal está sendo aguardada desde o início da tarde, mas ainda não chegou ao local.

Márcia Wonghon

Líder indígena Xucuru sofre atentado em município pernambucano

Agência Brasil – ABr – Policiais federais se deslocam neste momento para a Aldeia Xucuru, no município de Pesqueira, a 216 quilômetros de Recife, onde o líder indígena Marquinhos sofreu uma emboscada. Dois outros índios que estavam com ele foram assassinados e os corpos ainda estão na aldeia.

Marquinhos, que é filho do Cacique Chicão, assassinado há mais de cinco anos, foi baleado, está hospitalizado e não corre risco de vida. A situação é tensa, porque os índios bloquearam a entrada de acesso a aldeia. A maior suspeita do crime recai sobre os próprios indígenas dissidentes dos Xucurus, que moram na Vila Simbres. Há anos, eles divergem sobre a demarcação das terras onde vivem.

Márcia Wonghon

Institute of Indian Traditions wants Ministry of Culture to support its projects

Agência Brasil – ABr – Today, the Minister of Culture, Gilberto Gil, received the president of the Institute for the Development of Indian Traditions, Jurandir Siridiwe Xavante, with whom he discussed ways to promote the culture of Brazils indigenous communities, through art. According to Jurandir, the Ministrys support is necessary for the advancement of projects such as the Rite of Passage, Song, and Indigenous Dance Ritual, which disseminate, in the form of theatrical presentations, the art of the tribes of Brazil. (DAS)

Instituto das Tradições Indígenas quer apoio do Ministério da Cultura para projetos

Agência Brasil – ABr – O ministro da Cultura, Gilberto Gil, recebeu hoje, no ministério, o presidente do Instituto de Desenvolvimento das Tradições Indígenas, Jurandir Siridiwe Xavante, com quem discutiu formas de promover a cultura por meio da arte dos povos indígenas do Brasil. Segundo Jurandir, o apoio do Ministério é necessário para o andamento dos projetos como o Rito de Passagem, Canto e Dança Ritual Indígena que divulga, por meio de apresentações teatrais, a arte das tribos brasileiras.

O Instituto de Desenvolvimento das Tradições Indígenas (IDETI) é uma organização não governamental criada e dirigida por pessoas indígenas de várias etnias, com o objetivo de proteger, resgatar e promover a cultura e o conhecimento dos povos indígenas. Este ano, o Instituto pretende levar, a partir de abril, o Projeto Rito de Passagem para, pelo menos, quatro capitais brasileiras.

As apresentações mostram a cultura de diversas etnias. Cerca de cinco tribos, como os Karajás, Tukanos, Guaranis e Xavantes apresentam danças e cantos típicos. Segundo Jurandir Siridiwe são selecionadas as cerimônias mais bonitas de cada tribo e, a cada ano, novas tribos integram o projeto. Para Jurandir a importância desse projeto é preservar a cultura indígena além de garantir algum recurso com as verbas recebidas. “Mostramos também, as diferenças de cada tribo, para que as pessoas saibam que os índios não são todos iguais”, explicou.

Ao final do encontro com o ministro, Jurandir Siridiwe disse sentir-se satisfeito com a reunião e afirmou que o ministro Gilberto Gil demonstrou conhecimento e simpatia pela cultura indígena, e garantiu apoiar os projetos e as causas indígenas.

Alessandra Esteves

Nilmário Miranda participa de encontro com lideranças indígenas

Agência Brasil – ABr – O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, e o presidente da Funai, Eduardo Aguiar de Almeida, participam hoje da assembléia geral dos Tuxaua, na aldeia Pium, a 130 quilômetros de Boa Vista (Roraima). Será discutido, entre outros temas, o assassinato do índio Macuxi, ocorrido em janeiro, e os conflitos em torno das demarcações de terras indígenas no Estado. Participam do encontro representantes do Ministério Público Federal, do Comando Militar da Amazônia, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e do Instituto Sócio-Ambiental.

Roberta Melo

Justiça extingue ação contra a transposição das águas do São Francisco

Agência Brasil – ABr – A Advocacia da União na Bahia conseguiu extinguir a ação civil pública que impedia a União de executar o projeto de transposição do Rio São Francisco, sem o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima). A ação apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) pedia ainda que a União e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), reparassem qualquer dano causado à Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, pela implantação do projeto.

A AGU defendeu que não existe qualquer obra de engenharia em andamento na Bahia ou em qualquer outro estado ligado ao projeto. O único trabalho concluído sobre a transposição das águas do Rio São Francisco é exatamente o que o MPF pede na ação, ou seja a elaboração do EIA/Rima, já entregue ao Ibama. Portanto, a AGU concluiu que a presente ação não tem fundamento.

Reservas extrativistas terão plano de manejo sustentável

Ibama – Até o final deste ano, onze das trinta reservas extrativistas do país terão seus planos de manejo concluídos e em funcionamento. Isso significa que essas unidades de conservação de uso sustentável, responsáveis pela preservação de cerca de cinco milhões de hectares – a maior parte em áreas de floresta -, contarão com um documento técnico que definirá as prioridades e a forma de exploração dos recursos naturais da fauna e da flora, além da prestação de serviços de ecoturismo. A informação é do chefe do Centro Nacional de Populações Tradicionais e Desenvolvimento Sustentável- CNPT/Ibama, Atanagildo de Deus Matos. As reservas que serão contempladas com os planos de manejo este ano são as seguintes: Alto Tarauacá, Cazumbá-Iracema e Chico Mendes (AC); Jutaí e Médio Juruá (AM); Barreiro das Antas, Lago do Cuniã e Rio Ouro Preto(RO); Rio Cajari(AP); Tapajós-Arapiuns e Soure(PA).

A novidade é que os planos de manejo das reservas permitirão às populações residentes fazerem o manejo de madeira e de animais silvestres(criação em cativeiro) quando esses recursos estiverem disponíveis na área, o que até então não era permitido. Além dos dois novos ítens as reservas já produzem borracha, castanha, palmito, essências vegetais, óleos, mel, peixes e fibras variadas. Em algumas delas destaca-se ainda a produção artesanal. Os planos de manejo serão úteis na orientação dessa produção e garantirão o uso sustentável dos recursos naturais, ajudando a preservar a floresta para as gerações futuras.

As reservas extrativistas são um modelo genuinamente brasileiro de ocupação sustentável de áreas nativas. Ao criar uma reserva, o governo tira os habitantes tradicionais da condição de posseiros e dá a eles o status de cidadãos, com direito ao usufruto da terra e seus recursos naturais. Além ter os direitos garantidos por lei, os extrativistas ainda recebem ajuda de custo para a reforma da casa e a compra de equipamentos essenciais, financiamentos para a produção extrativa sustentável e assistência técnica – como é o caso dos planos de manejo que serão elaborados com apoio do Ibama.

Com a vida lastreada no meio ambiente, os extrativistas das reservas tornam-se fundamentais na conservação dos recursos naturais. “Nas reservas não existe grilagem de terra, ocupação desordenada, retirada ilegal de madeira ou tráfico de animais”, explica o chefe do CNPT. Segundo ele, a profunda relação dos moradores das reservas com a natureza cria uma simbiose que garante a sobrevivência de ambos.

Reservas nasceram da luta dos seringueiros do Acre

No Brasil, existem em funcionamento 30 reservas extrativistas, sendo 23 na Amazônia Legal. As demais estão distribuídas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Elas se dividem entre reservas extrativistas de recursos florestais e recursos pesqueiros. (veja quadro abaixo). Juntas, as resex somam 5 milhões hectares de áreas protegidas. Isso significa o equivalente ao Estado de Sergipe. Esse conjunto de reservas, estabelecido com a importante ajuda de organismos internacionais, é resultado de apenas onze anos de trabalho. A primeira delas a surgir no mapa da conservação brasileira é emblemática: chama-se reserva extrativista Chico Mendes, localizada na região de Xapuri-AC. Foi criada dois anos após a morte do líder seringueiro, assassinado em dezembro de 1988 por defender os direitos dos povos da floresta. Chico Mendes é o símbolo máximo do movimento que resultou na criação das reservas extrativistas.

Jaime Gesisky

Uma nova política indigenista

Agência Brasil – ABr – O novo presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Eduardo Aguiar de Almeida, assumiu hoje com o compromisso de fazer mudanças na política indigenista. Cerca de dez etnias prestigiaram a cerimônia no auditório do Ministério da Justiça. “Assumo a direção do órgão indigenista oficial num quadro inédito: há esperança por toda parte, inclusive de não ter mais que viver sob medo, exclusão e discriminação”, afirmou.

Ao empossar o novo presidente, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, destacou a urgência na capacitação da Funai para tratar dessas mudanças, principalmente para promover uma atualização da legislação. “As especificidades e diferenças são muito grandes e é preciso uma nova atualização. A idéia é criar um conselho que efetivamente estabeleça as diretrizes gerais de uma política indigenista no Brasil com a participação das comunidades indígenas e de todos os envolvidos nessa questão”, defendeu Thomaz Bastos.

Thomaz Bastos disse que a mudança também promoverá o respeito às diferenças entre os povos indígenas. “A política indigenista no Brasil vai mudar, mas não vai ser aquela mudança súbita que põe em risco a segurança do grupo. Será uma mudança forte, paulatina, que efetivamente cumpra os melhores e mais generosos desígnios de todos aqueles que sonharam com uma época de respeito às diferenças, divergências e dificuldades”, explicou. “Para isso, teremos uma permanente atenção às propostas e interesses de todas as etnias, assim como das organizações legítimas indígenas”, garantiu o ministro.

Eduardo Almeida acrescentou que a união de forças e das lideranças indígenas também é fundamental para a reestruturação da Funai. “O melhor de uma honrosa tradição indigenista brasileira precisa ser valorizada, resgatada, desenvolvida e atualizada”.

Cecília Jorge

Posse do novo presidente da Funai

Agência Brasil – ABr – O novo presidente da Funai, Eduardo Aguiar de Almeida, recebeu hoje o cargo do antropólogo e servidor da Funai, Artur Nobre Mendes. Em seu discurso de posse, o novo presidente destacou que a política indigenista deve estar voltada para o social como já é prioridade do Governo Lula. Aos servidores da casa, Almeida garantiu que lutará por uma Funai forte, com harmonia e união, e disse que pretende resgatar o melhor da tradição indigenista, valorizando o trabalho de todos.

Na abertura de seu pronunciamento, Eduardo Almeida destacou a política do novo governo.
“Iniciamos hoje – é nosso sentimento, nossa humilde pretensão – um tempo inteiramente novo na relação do Estado brasileiro com os povos indígenas deste país. Mudança, disse o nosso presidente Lula, é a palavra-chave. No caso da política indigenista, essa mudança precisa ser substancial. Pelo menos esse é o sentimento que se tem como predominante entre indígenas das mais de duas centenas de etnias presentes no Brasil, assim como entre indigenistas, estudiosos, especialistas, servidores públicos e mais interessados na questão indígena”, disse Almeida, que reconheceu o trabalho digno, correto e honrado do antropólogo que deixa o cargo, bem como o de outros presidentes que a Funai já teve.

Ao finalizar, disse ter sorte de estar entrando em uma situação melhor. “Temos agora um governo que tem um compromisso de longa data com os índios”, afirmou.

Artur Mendes saudou a chegada do novo presidente e aproveitou o momento da transmissão de cargo para anunciar o êxito da ação indigenista na retirada dos mais de cinco mil garimpeiros que invadiram e permaneciam no interior da Terra Indígena Parque do Aripuanã na atividade ilegal de garimpo de diamantes.

O antropólogo que deixa o cargo ressaltou ainda que nos seis meses que esteve à frente do órgão indigenista viu o esforço dos servidores e comunidades em prol dos povos indígenas e destacou também o Encontro das Mulheres e as portarias declaratórias reconhecendo terras indígenas que tramitavam há anos no Ministério da Justiça e que foram oficializadas.

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Acompanhe a cobertura do evento feita pela Assessoria de Imprensa da Fundação Nacional do Índio.