Rota Brasil Oeste

Agência Brasil – ABr – O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Arthur Nobre Mendes, afirmou,há pouco, em entrevista ao programa NBR Manhã, exibido pelo canal de TV a cabo da Radiobrás, que há bons motivos para comemorar os 35 anos de criação da entidade. “Hoje conseguimos reverter o processo de queda da população indígena, que ocorria desde o início da década de 80″, explica Arthur Nobre. A Funai comemora os 35 anos de criação com exposições, lançamentos de livros, palestras e com a inauguração do Centro de Cultura e Convívio dos Povos Indígenas, agora pela manhã, em Sobradinho (DF). “O Centro pretende acomodar melhor os índios que vêm de outros estados, antes hospedados em pensões”, disse o presidente da Funai.

Mariana Caminha

Agência Brasil – ABr – A Fundação Nacional do Índio (Funai) completa nesta quinta-feira 35 anos de existência. Várias atividades foram preparadas para comemorar a data e preparar o órgão para a mudança de governo. Na cidade satélite de Sobradinho, será inaugurado o Centro de Convivência Indígena, para hospedar com mais conforto as lideranças indígenas que visitam Brasília. O Centro terá uma horta comunitária, biblioteca e um espaço para exposições artesanais.

Hoje, o presidente da entidade, Arthur Nobre Mendes, fez um balanço da instituição nas últimas décadas, destacando as realizações da Funai. Quando a fundação foi criada, havia preocupação sobre uma possível extinção da raça, lembrou. Hoje, a população indígena cresce mais que a média nacional, destacou. Outro ponto que merece destaque, na opinião de Arthur, é a demarcação de terras indígenas. Atualmente, cerca de 11% do território nacional pertence às reservas demarcadas”.

Muitas destas conquistas foram realizadas com o esforço dos próprios índios, que com suas reivindicações, contribuíram com a Funai, especialmente depois da Constituição de 1988. Ainda não vencemos todos os desafios, mas avançamos bastante, destacou Arthur. Ele contempla um futuro promissor para a Funai. O governo já autorizou a realização de um concurso para completar os quadros da entidade, defasados há anos. E o novo governo não recebeu propostas de extinção da fundação, como ocorreu na eleição passada. “Isso é indicativo positivo da importância de nosso trabalho”, completou.

Um dos participantes da palestra o índio Ambrosio Kairua, achou importante a continuidade da Funai. Ambrosio desenvolve um trabalho cultural em sua reserva, em Dourados, Mato Grosso do Sul. “Criamos uma rádio que divulga a cultura indígena. Temos notícias de interesse para a tribo, programas musicais com cânticos tradicionais Kairua e outras atrações”. A montagem da rádio dentro da aldeia teve apoio da Funai, Unesco e o governo do estado.

Fabricio Azevedo

Agência Brasil – ABr – A Arquidiocese de Porto Alegre entrega 22 casas à comunidade guarani, às 10h, na reserva indígena do Cantagalo, a 50 quilômetros da capital gaúcha. As residências foram construídas com recursos arrecadados pela Campanha da Fraternidade 2002 no estado, que este ano teve como tema Fraternidade e Povos Indígenas.

Socorro Sindeaux

Agência Brasil – ABr – O Centro de Cultura e Convívio dos Povos Indígenas – a casa-lar da população indígena do país em Brasília – será inaugurado amanhã, às 10h, na cidade-satélite de Sobradinho. A solenidade está inserida na programação especial do 35º aniversário da Funai. O Centro tem a finalidade de hospedar representantes indígenas que vêm resolver problemas de suas comunidades junto à Funai, garantindo-lhes também alimentação, ocupação e lazer.

A sede indígena, que funcionará a partir de janeiro de 2003, poderá abrigar até 150 índios/dia. Eles terão à sua disposição quadra de futebol, sala de vídeo, área para produção de artesanato, horta comunitária, biblioteca e museu com exposições permanentes.

Reunidos num só local, eles terão suas demandas atendidas com maior rapidez, proporcionando mais economia para os cofres do órgão, que arcava com as despesas de permanência dos índios em hospedarias e pousadas do Distrito Federal. O Centro de Cultura e Convívio foi construído com recursos do Tesouro Nacional e Fundo de Combate à Pobreza e custou R$ 1.315.217,00. É uma ação implementada pelo Programa de Etnodesenvolvimento das Sociedades Indígenas, do Avança Brasil.

Agência Brasil – ABr – A Secretaria de Educação lança hoje, nesta cidade, o Pequeno Dicionário da Língua Guató e o livro “Educação Escolar Indígena em Mato Grosso do Sul: algumas reflexões”, do professor Paulo Eduardo Cabral. O Dicionário Guató é resultado de pesquisa de oito anos da própria comunidade, no município de Corumbá. Os 300 exemplares editados serão destinados à própria comunidade, como meio de preservar a cultura e a língua.

Com 2,5 mil exemplares editados, o livro do professor Paulo Eduardo Cabral oferece subsídios para quem se ocupa da educação escolar indígena. explica Cabral. O lançamento das duas obras dá continuidade à política de resgate da cultura indígena em Mato Grosso do Sul. Mais de 9 mil estudantes índios freqüentam as escolas no Estado e foram beneficiados pelo decreto do governo estadual que criou a categoria escola indígena, respeitando a língua, a história e a cultura de cada uma das etnias indígenas de Mato Grosso do Sul.

Marília de Castro

Agência Brasil – ABr – O Ibama deverá autorizar e regulamentar, no início do ano que vem, o comércio de jabutis (Geochelone carbonaria e G. denticulata), iguanas (Iguana iguana) e jibóias (as subespécies Boa constrictor constrictor e Boa constrictor amarali) como animais de estimação. Segundo estudos da Câmara Técnica Federal de Fauna do Ibama, além de não estarem ameaçados de extinção, existe grande excedente desses animais nos zoológicos e nos criadouros credenciados pelo instituto.

Quando regulamentada, a venda desses animais silvestres deverá obedecer a critérios técnicos indispensáveis, tais como a marcação dos animais por meio de chips eletrônicos para identificação de origem, o certificado sobre as condições de saúde dos animais e as instruções sobre como criá-los. Com a iniciativa, o Ibama tenta criar na sociedade a consciência de que, desde que seja de maneira legal e com orientação técnica adequada, a criação de animais selvagens pode ser um fator para se evitar o tráfico e colaborar para a conservação ambiental. (Com informações do Ibama)

Hebert França

Agência Câmara – A CPI do Tráfico de Animais e Plantas decidiu, no último dia 21, por iniciativa da deputada Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), tomar os depoimentos dos deputados Socorro Gomes (PCdoB-PA) e Confúcio Moura (PMDB-RO). Eles vão depor amanhã, juntamente com o gerente do Programa de Recursos Genéticos, Lídio Coradin, e com a procuradora de Justiça do Acre, Patrícia Amorim Rego, esta chamada a partir de requerimento do deputado Rubens Bueno (PPS-PR).

A CPI também decidiu ouvir representantes do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente, o presidente da Missão Novas Tribos do Brasil, e o sr. Luiz Paulo Meiras Lopes do Amaral, a requerimento do deputado Josué Bengtson (PTB-PA); os técnicos do Ibama Fernando DalAva e Lolita Bampi, o presidente da WildLife Trading, Luiz Paulo Amaral, o presidente do Inpa/AM, Marcus Barros, e o pesquisador do Inpa/AM, Marc van Roosmalen, o procurador da República no Amazonas, Sérgio Lauria, o gerente do Ibama/AM, José Leland, o agente do Ibama/AM Adilson Coelho Cordeiro, o presidente da empresa Madeireira Gethal, e o chefe da Delegacia de Crimes Ambientais da Polícia Federal, Jorge Pontes, a requerimento do deputado Luiz Ribeiro (PSDB-RJ); a procuradora do Meio Ambiente, Gisela Alencar, e o doutor Marcelo Varella, consultor da OCDE, FAO, PNUD, Unesco e especialista em acesso a recursos genéticos, a requerimento do deputado Rubens Bueno (PPS-PR).

Luiz Claudio Pinheiro/AM