Funasa vacina atletas da 5ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas

Agência Brasil – ABr – A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão executivo do Ministério da Saúde, está vacinando, em parceria com o estado e o município, atletas e participantes dos V Jogos dos Povos Indígenas, realizados de 14 a 21 de setembro em Marapanim, litoral do Pará, a 160 quilômetros de Belém. A Funasa também orientou as equipes de saúde dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) para que verificassem a situação vacinal de cada índio para atualizar as vacinas que estavam vencidas ou faltando, antes da abertura dos jogos.

Os V Jogos dos Povos Indígenas reúnem cerca de 1.100 atletas, pertencentes a 68 etnias. A aglomeração e o contato com índios de diferentes etnias e com não índios aumentam o risco de contaminação por doenças contagiosas, como catapora e gripe. Aqueles que deixaram de receber alguma vacina nas aldeias foram orientados a levar o cartão de vacinação para o local dos jogos. Como medida preventiva, a Funasa montou um posto de saúde em plena arena esportiva da praia do Crispim, onde acontecem as provas, com uma equipe médica e de enfermagem, ambulância e medicamentos. A Funasa disponibilizou 1.600 doses de vacinas de BCG, Hepatite B, Febre Amarela, Influenza, Varicela, e Pneumococo.

Ong lança site sobre manejo e certificação florestal

Agência Brasil – ABr – O grupo Compradores de Produtos Florestais Certificados, administrado pela organização não-governamental Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, lança, amanhã (18), o site www.manejoflorestal.org. No site, que já pode ser visitado hoje, há informações, relativos à exploração madeireira, sobre aspectos técnicos e legislativos, publicações, tendências, cursos de especialização, madeiras utilizadas no mercado brasileiro, além de listar entidades, empresas e profissionais aptos ao trabalho com manejo e certificação florestal.

O site abre espaço para as possibilidades de negócio relacionadas ao setor florestal e oferece um vasto banco de dados com informações sobre produtores e transformadores de matérias-primas certificadas, além de empresas produtoras de máquinas e equipamentos necessários à prática do manejo e à certificação florestal.

O grupo Compradores de Produtos Florestais Certificados reúne mais de 70 empresas e órgãos públicos consumidores de matérias-primas florestais. No site, os organizadores darão prioridade na divulgação de produtos certificados com o selo do Conselho de Manejo Florestal (FSC), que no mundo inteiro caracteriza produtos florestais por sua procedência ambiental e social.

Lana Cristina

Administração do Xingu recebe doações

Funai – A Administração Executiva Regional do Xingu (AER) recebeu hoje (17), como doação da Procuradoria Geral da República, quatro veículos e 12 mesas e 36 cadeiras. O mobiliário e dois veículos serão destinados para equipar uma casa recém reformada pela Funai, no município de Canarana/MT, para atender as comunidades indígenas do Alto Xingu. Os outros veículos poderão ser aproveitados na sede da Funai em Brasília ou em outra administração.

Segundo o administrador-substituto da AER do Xingu, Cairo Arantes, além do atendimento ao índio, na casa em Canarana também funcionará o projeto Sivam. “O Sivam já instalou equipamentos para fiscalização das terras indígenas e monitoramento de queimadas. Três funcionários serão designados para fazer o curso de capacitação para trabalharem na parceria com o projeto”, conta Arantes. (Simone Cavalcante)

Parceria entre Funai e índios de Aracruz apresenta resultados

Funai – A Funai, as comunidades indígenas Tupiniquim e Guarani de Aracruz (ES) e a empresa Aracruz Celulose assinaram, após dois meses de discussão, um termo aditivo do acordo financeiro firmado em 1998. O acordo firmado em 1998 é resultado da ação fomentada pela Funai e pela Associação Indígena Tupiniquim-Guarani para ressarcimento dos índios de Aracruz, que tiveram áreas de suas terras desmatadas pela empresa. Com o termo aditivo, a quantia recebida aumentou em R$ 400 mil ao ano, que serão recebidos até 2018. Com a revisão do acordo, serão R$ 1,7 milhão investidos anualmente em projetos sociais e ambientais, beneficiando cerca de 2 mil índios das comunidades.

Além do aumento do valor anual repassado às comunidades, a empresa cederá 35 bolsas de estudo por ano para índios que cursarem a faculdade até 2018. A Aracruz também se comprometeu a estabelecer programas de qualificação de mão-de-obra de membros das comunidades indígenas, priorizando a contratação desses membros para a prestação de serviços na empresa.

A empresa custeará ainda obras de recuperação do rio Sahy, no valor de R$ 120 mil a serem recebidos metade neste ano e metade em 2003, e cederá mudas nativas e apoio técnico para um projeto de reflorestamento das margens e das grotas dos rios Sauê, Sahy e Guaxindiba. (Vanessa Silva)

Turismo em Terras Indígenas

Rota Brasil Oeste – No dia 06 de setembro, duas das principais lideranças indígenas do país – os caciques Megaron e Raoni _ estiveram com o ministro do Turismo e Esporte, Caio de Carvalho, para propor a criação de um polo turístico dentro da reserva do Xingu. A questão interessa um número cada vez maior de etnias, mas ainda não existe consenso nem regulamentação sobre o assunto. Para o coordenador de Proteção das Terras Indígenas da Fundação Nacional do Índio (Funai), Wagner Tramm, é necessário definir uma política oficial para o tema quanto antes. “O turismo já está acontecendo e totalmente sem normatização”, afirma Tramm.

Esta não é a primeira vez que os próprios índios procuram o governo na tentativa de viabilizar projetos numa área considerada extremamente delicada por muitos pesquisadores. Projetos de ecoturismo em reservas indígenas vêm sendo discutidos desde 1996 pela Funai, mas até hoje não foi definida uma regulamentação para a atividade. Segundo Tramm, existe uma forte demanda das comunidades para esclarecer o assunto. “Não podemos generalizar, tudo depende também do grau de isolamento das sociedades. Mas o ecoturismo pode ser uma melhor alternativa econômica e de resgate cultural”, explica o coordenador da Funai.

Para ele, receber visitantes pode evitar que várias etnias procurem outras formas de renda mais predatórias, como a exploração de madeiras por exemplo. Esta também pode ser uma maneira de estimular a preservação de costumes hoje ameaçados pela integração com o não-índio. Mesmo assim, Tramm reconhece que este tipo de iniciativa precisa ser muito bem estudada por envolver uma série de ameaças para o cotidiano das aldeias.

Uma experiência do gênero foi iniciada no Parque Indígena do Xingu há pouco mais de um ano. A comunidade Kamayurá, da parte sul da reserva, se aliou a um grupo hoteleiro estrangeiro para fazer turismo na aldeia. Ao lado das ocas, foi construído um alojamento para os visitantes, a maior parte norte-americanos, que pagariam U$ 100,00 por diária. A experiência ia ser usada pela Funai como um projeto piloto. A Funai chegou a organizar várias discussões entre as 16 etnias que habitam o Parque, mas a idéia foi repelida pelas demais comunidades.

Na época, o cacique Aritana – uma das lideranças mais importantes da região – foi totalmente contra a proposta. Segundo ele, todo mundo que aceita turista se arrepende. Assim como o cacique, muitos especialistas são radicalmente contra o turismo de sociedades humanas. A atividade introduz uma série de elementos na sociedade que tendem à “artificialização” do modo de vida tradicional. “Recebemos propostas quase todo dia. Recusamos porque não queremos nem precisamos do dinheiro de branco para viver bem aqui”, disse o cacique.

Atualmente, uma nova experiência está sendo realizada na comunidade Pataxó de Coroa Vermelha, em Santa Cruz de Cabrália, na Bahia. O projeto existe há quatro anos e, segundo a Funai, vem apresentando resultados positivos. A fundação pretende utilizar a iniciativa como base para análises, visando à regulamentação da atividade de ecoturismo. Além disso, a instituição deve formar um grupo de estudo para deliberar sobre a questão.

Os projetos futuros também devem envolver outras unidades do governo federal. O Ministério do Meio Ambiente, por meio do Programa de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal (Proecotur), já participou de discussões e mostrou-se interessado. Na conversa com as lideranças indígenas o ministro do Turismo e Esporte, Caio de Carvalho, mostrou-se preocupado, mas disposto a apoiar trabalhos na área. “Não basta um projeto, é necessário todo um plano estratégico para que não se interfira na vida da aldeia”, afirma Carvalho.

Os ministérios esperam uma definição da Funai para investir mais no assunto.

Fernando Zarur

Ministro da Justiça abre V Jogos Indígenas no Pará

Agência Brasil – ABr – O ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, abre hoje, às 17 horas, a 5ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas na Praia do Crispim, em Marapanim, a 120 km de Belém (PA). Serão disputadas dez modalidades esportivas por mais de mil atletas. As etnias participantes apresentarão danças e rituais característicos de seus costumes e tradições. Desde a primeira edição, em outubro de 1996, o evento vem se destacando como a maior festa de confraternização e intercâmbio dos povos indígenas do país.

As competições individuais serão de arco e flecha, arremesso de lança, natação com travessia de rio, atletismo, corrida de fundo e nas competições coletivas como o cabo de guerra, canoagem, corrida de tora, futebol masculino e feminino. Além da etapa competitiva, haverá também demonstração de esportes típicos. Pela primeira vez será apresentado o katukaywa (futebol de joelho), típico dos povos xinguanos e do tihimore (arremesso de bola de marmelo), praticado pelas mulheres Paresi, do Mato Grosso.

Ainda entre as demonstrações de esportes que representam a força da cultura indígena, o público assistirá ao Akô (corrida de varinha) e Jãmparti (corrida de toras com mais de 100 quilos), e Kaipy (arco e flecha especial), realizadas pelos Gavião Kyikatejê, do Pará. Destaca-se também a apresentação de lutas corporais, tais como: huka-huka, pelos povos do Xingu e Bakairi (MT); iwo, pelos Xavantes (MT); idjassú, típica dos Karajá, da Ilha do Bananal, no Tocantins e aipenkuit, luta dos Gavião Kyikatejê, do Pará.

Aracruz Celulose amplia acordo de cooperação com comunidades indígenas

Agência Brasil – ABr – As comunidades indígenas tupiniquim e guarani e a Aracruz Celulose assinaram aditivo ao Termo de Ajustamento de Conduta firmado em abril de 1998, que contempla seis comunidades afiliadas à Associação Indígena Tupiniquim Guarani – AITG, localizadas no Espírito Santo. Segundo as condições acordadas, a Aracruz aumentou em R$ 400 mil por ano os recursos destinados a projetos de geração de renda para as comunidades, elevando a R$ 1,17 milhão o valor anual da contribuição. Também custeará até 35 bolsas de estudo por ano para alunos indígenas que cursarem a faculdade durante a vigência do acordo, que expira em 2018.

Como parte do aditivo, a Aracruz dará ainda apoio a um programa visando aumentar a empregabilidade dos membros das comunidades indígenas, consistindo no levantamento do perfil profissional, programas de qualificação de mão-de-obra e solicitação aos prestadores de serviço da empresa que priorizem a contratação de profissionais daquelas comunidades. Na área de meio ambiente, a empresa fornecerá mudas e apoio técnico para um projeto de reflorestamento em áreas de grotas e das margens dos rios Sauê, Sahy e Guaxindiba, que cortam a reserva indígena, e fará um estudo de recuperação dos rios Sahy e Guaxindiba. (Ubirajara Jr, com informações da Sociedade Brasileira de Silvicultura)

Funai toma providências contra extração de madeira no Xingu

Funai – De 16 a 21 próximos, técnicos da Funai voltarão até as terras dos índios Kayabí, na região do Baixo Xingu, em Mato Grosso. O objetivo é reavaliar a situação das áreas que foram invadidas há cerca de um mês por madeireiros. A necessidade de uma nova expedição à área foi verificada na reunião do último dia 11, no Departamento de Proteção Indígena e Meio Ambiente (Depima).

Embora os madeireiros neguem a extração de madeira dentro das áreas proibidas, os índios confirmam a infração. Oito funcionários da Fazenda Ouro Verde, de propriedade da família Vicentini, foram detidos em flagrante pelos índios, quando invadiam as terras para continuar a extração que já havia sido iniciada por outro grupo de funcionários. Outro indício do crime estava a cerca de 300 metros de fora da área, onde foram encontrados dois caminhões com o carregamento de toras ou esplanadas, como também são conhecidas esse tipo de carga. Ao todo foram 68 unidades de madeira retirada ilegalmente.

Agora, a Funai estuda as medidas a serem tomadas. Uma delas poderá ser um laudo de constatação geográfica de ocorrência de violação territorial, extração ilegal de madeira e plaquetamento de árvores. Além disso a Funai poderá tomar medidas judiciais contra os madeireiros envolvidos. (Arnaldo Júnior)

Ministro da Justiça abre no sábado V Jogos dos Povos Indígenas

Agência Brasil – ABr – O ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, abrirá neste sábado, às 17 horas, os V Jogos dos Povos Indígenas. Serão apresentadas dez modalidades esportivas por mais de mil atletas, na Praia do Crispim, em Marapanim, a 120 km de Belém. As etnias participantes apresentarão danças e rituais característicos de seus costumes e tradições. Desde a primeira edição, em outubro de 1996, o evento vem se destacando como a maior festa de confraternização e intercâmbio dos povos indígenas do Brasil.

As competições individuais serão de arco e flecha, arremesso de lança, natação com travessia de rio, atletismo, corrida de fundo e nas competições coletivas como o cabo de guerra, canoagem, corrida de tora, futebol masculino e feminino.

Além da etapa competitiva, haverá também demonstração de esportes típicos. Pela primeira vez haverá a apresentação do katukaywa (futebol de joelho), típico dos povos xinguanos e do tihimore (arremesso de bola de marmelo), praticado pelas mulheres Paresi, do Mato Grosso.

Ainda entre as demonstrações de esportes que representam a força da cultura indígena, o público assistirá ao Akô (corrida de varinha) e Jãmparti (corrida de toras com mais de 100 quilos), e Kaipy (arco e flecha especial), realizadas pelos Gavião Kyikatejê, do Pará. Destaca-se também a apresentação de lutas corporais, tais como: huka-huka, pelos povos do Xingu e Bakairi
(MT); iwo, pelos Xavantes (MT); idjassú, típica dos Karajá, da Ilha do Bananal, no Tocantins e aipenkuit, luta dos Gavião Kyikatejê, do Pará.

Para completar a programação haverá o futebol de cabeça, jogado com uma bola de látex, pelos Enawêne-nawê e pelos Paresi, do Mato Grosso e a demonstração de zarabatana, apresentada pelos índios Matis, do Amazonas.

Comunidades indígenas querem ter Secretaria de Educação no MEC

Agência Brasil – ABr – Representantes dos cerca de quatro mil professores indígenas vão sugerir ao Ministério da Educação a criação da Secretaria de Educação Indígena. Luiz Donisete Grupioni, consultor do ministério, afirma que a sugestão está contida em um dos dez documentos aprovados pela Comissão Nacional de Professores Indígenas, em reunião que terminou ontem, em Brasília. Da comissão fazem parte professores indígenas das cinco regiões brasileiras. Eles participaram de curso de legislação educacional e funcionamento dos sistemas de ensino.

Os documentos aprovados pela comissão foram entregues à secretária de Educação Fundamental do MEC, Iara Glória Prado. Posteriormente, serão repassados ao ministro da Educação, Paulo Renato Souza, ao Conselho Nacional de Educação (CNE), Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed) e Ministério Público da União. A Coordenação de Educação Indígena da Secretaria de Educação Fundamental (SEF-MEC) formula políticas educacionais específicas para os índios, mas a Educação média e superior não está vinculada à SEF. Os professores indígenas querem a criação de órgão próprio, capaz de unificar essas atribuições.