Indígenas agradecem colchões e fogão doados pela Sasct

A secretária de Assistência Social, Cidadania e Trabalho, Eloísa Castro Berro, participou na manhã de hoje da entrega de 50 colchões e um fogão para os indígenas, mulheres em sua maioria, que comercializam os produtos das aldeias em uma pequena feira localizada na frente do Mercado Municipal de Campo Grande. “O governo do Estado tem dado uma atenção especial à questão indígena, incluindo todas as aldeias em programas como o Segurança Alimentar. Também complementamos esta assistência com ações específicas como a de hoje”, explicou a secretária.

Cerca de 150 mulheres indígenas comercializam os seus produtos na feira, em sistema de rodízio semanal. No local, as índias, todas aldeadas, vendem ervas medicinais, frutas sazonais e produtos artesanais, além de frutos da lavoura das aldeias, cultivados em adubo orgânico. A Funai entregou aos indígenas uma novo prédio para que eles possam pernoitar durante a semana. A chegada dos colchões e do fogão deve ajudar a tornar a vida destes trabalhadores um pouco mais prática, segundo a secretária Eloísa Berro.

Para Oneida Campos Jorge, que mora na aldeia Lagoinha, em Aquidauana, o fogão vai resolver um problema que vinha afligindo os comerciantes. “Tínhamos que gastar R$ 2,50 com o marmitex e o nosso lucro com as vendas não é muito grande. Agora vamos poder fazer o almoço e a janta sem gastar muito dinheiro”, comentou.

Outra comerciante no local, Vanda de Albuquerque, que mora na aldeia Cachoeirinha, em Miranda, disse que as indígenas traziam os colchões das aldeias e agora não terão mais preocupação com esta questão. Ela acredita que o governo do Estado e a Funai estão demonstrando um sinal de respeito na busca de soluções para os problemas dos comerciantes do local.

Fórum Internacional discute no Rio papel de florestas na manutenção do clima

Agência Brasil – Nesta terça-feira, segundo dia do Fórum Internacional sobre a Indústria de Florestas, realizado no Hotel Marriott no Rio, representantes de associações florestais e executivos de grandes empresas fabricantes de celulose, de diversos países, discutem o papel das florestas na manutenção do clima global; a criação, ou não, de uma convenção sobre florestas; as florestas de conservação; e a comunicação dos valores sociais e ambientais das florestas.

A 9ª Reunião do IFIR termina na sexta-feira (27). Pela primeira vez, os participantes do fórum farão um sumário das discussões, que servirá de base para a adoção de medidas até a próxima reunião.

Para parlamentares, política de resíduos sólidos é urgente

Agência Cãmara – Apenas 28% das três toneladas de resíduos industriais perigosos gerados atualmente no Brasil são tratados. O alerta foi feito por especialistas durante um ciclo de debates sobre Legislação Ambiental em Minas Gerais.

O relator da Comissão Especial que analisa a criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, deputado Emerson Kapaz (PPS-SP), alerta que o dado é o mais forte indicativo da necessidade de se regulamentar urgentemente o setor. “Se hoje já ficamos assustados com a quantidade de resíduos industriais, imagine daqui a dez anos quantos milhões de toneladas que já estão sendo colocadas no meio ambiente vão voltar em forma de poluição de água, poluição de comida, poluição de lençóis freáticos? Tudo o que fizermos agora para que a Política Nacional de Resíduos seja aprovada já vai ser para cobrir um passivo ambiental cada vez maior”, adverte.

Emerson Kapaz espera que a Política Nacional de Resíduos seja aprovada na Câmara ainda neste ano. O relatório está pronto para ser apreciado pela comissão especial, mas mesmo que não haja tempo para votá-lo, basta que os parlamentares fechem um acordo para que a matéria possa ser seguir direto para o Plenário e seja votada em regime de urgência.

Funama cria Universidade Internacional do Meio Ambiente

Agência Brasil – A Funama – Fundação Nacional do Meio Ambiente Dr. Ernesto Pereira Lopes criou nesta segunda-feira, oficialmente, a Universidade Internacional do Meio Ambiente Orlando Vilas Boas, em homenagem ao sertanista Orlando Vilas Boas que, segundo o fundador da instituição, José Emílio Pereira Lopes, “tão bem conhece nosso país e a essência de nossa alma nativa”.

A Funama, instalada em São Carlos (SP), é uma instituição sem fins lucrativos, voltados para a educação e pesquisa ambiental, onde mais de quatro mil animais procriam livremente. São aves de todos os continentes que são estudadas por biólogos zoólogos, ecologistas e outros profissionais.

ndios Krahô abrem a 5ª Feira de Sementes em Tocantins

Funai – Começa hoje (24) e vai até domingo (29) a 5ª Feira Krahô de Sementes Tradicionais, que acontece dentro da Terra Indígena Krahô, próxima à Itacajá (TO). O evento oferece uma exposição de sementes tradicionais, trabalhos com ervas medicinais, produtos beneficiados dos cerrados, pintura em tecido, beneficiamento do lixo industrial, arquitetura indígena, entre outras atrações.

A feira é realizada na sede da Associação Kapey, no interior da Terra Krahô, e será aberta ao público apenas durante o fim de semana. Os organizadores recomendam aos visitantes que desejem passar a noite na aldeia levar equipamento de camping. O preço de entrada é R$20,00.

PPG-7 repassa R$ 1,3 milhão para Reservas Extrativistas da Amazônia

Ibama – O presidente do Ibama, Rômulo Mello, assinou nesta quinta-feira, 19, o contrato de repasse de R$ 1,300 milhão do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais-PPG-7 para as Reservas Extrativistas Chico Mendes e Alto Juruá(AC), Rio Cajarí(AP); Ouro Preto(RO) e para o Conselho Nacional dos Seringueiros-CNS. Os recursos serão repassados pelo Banco do Brasil diretamente para as associações das comunidades cujos representantes participaram da solenidade de assinatura do contrato. O coordenador do PPG-7 no Ministério do Meio Ambiente, Raimundo Deusdará, também participou da solenidade.

De acordo com Rômulo Mello, os recursos serão usados em projetos de organização comunitária, fiscalização voluntária, monitoramento ambiental, planejamento participativo e fortalecimento institucional. Ao todo, 7 mil famílias serão beneficiadas.

Reserva Extrativista do Cazumbá-Iracema amplia área protegida na Amazônia

A criação da Reserva Extratitista Cazumbá-Iracema, no Acre, decretada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso nesta quinta-feira, 19, em homenagem ao dia da Árvore, amplia para quase 5 milhões de hectares o total de área protegida em reservas extrativistas na Amazônia. Ao todo, a região possui 18 resex. A nova reserva tem 750.794 hectares e localiza-se nos municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano. A unidade de conservação tem o objetivo de promover o uso sustentável dos recursos naturais da floresta.

A população da nova reserva é composta por 193 famílias já organizadas em associações comunitárias apoiadas por movimentos ambientalistas e religiosos da região.

Presidente cria três novas áreas de proteção ambiental

Agência Brasil – ABr – O Brasil já possui 6% de seu território protegido por lei contra a degradação ambiental. O índice foi alcançado graças à criação de três novas áreas de proteção no norte do país. No total, são cerca de dois milhões de hectares distribuídos pela Reserva Extrativista do Cazumbá-Iracema (AC), pela Floresta Nacional Jatuarana (AM) e pela ampliação da reserva biológica de Uatumã (AM).

As novas áreas foram criadas por decretos assinados hoje pelo presidente Fernando Henrique Cardoso como parte das comemorações da Semana da Árvore. Para o presidente, o fato do Brasil ter mais de 50 milhões de hectares protegidos contra a destruição ambiental comprova a mudança na postura do país em relação ao meio ambiente. “Apenas reafirmou nosso empenho em fazer com que o Brasil fique marcado na história contemporânea como um dos países que lideram na proteção ambiental”, disse.

Tal mudança ficou mais visível na reunião de Cúpula de Johannesburgo, na África do Sul, realizada no início deste mês. Ao contrário de 1992, quando o Brasil sediou a Eco-92, no Rio de Janeiro, o país foi reconhecido como uma liderança mundial na defesa do meio ambiente. “Na Rio-92 estávamos tímidos e envergonhados porque éramos chamados de desmatadores e incendiários. Agora as delegações pediam ao Brasil para apoiar este ou aquele projeto. Foram dez anos e neste período o Brasil mudou”, afirmou.

O presidente reafirmou a postura defendida em Johannesburgo de que o financiamento dos projetos de proteção ambiental deve ser feito pelos os países desenvolvidos, já que eles foram os responsáveis pela maior parte da destruição do planeta. Neste sentido, Fernando Henrique acrescentou que o dinheiro para manter as florestas remanescentes intactas deve ir para os países em desenvolvimento onde estão as áreas não devastadas.

Na avaliação do presidente, o Brasil, em especial, está fazendo sua parte ao desenvolver políticas de proteção que não “renegam o desenvolvimento”. Fernando Henrique frisou que, nos últimos dez anos, o país tem procurado um desenvolvimento não predatório da natureza.

Fernando Henrique voltou a usar o exemplo do ex-presidente da antiga União Soviética, Mikhail Gorbatchev, que durante os anos de acirramento da Guerra Fria conseguiu vislumbrar a necessicade de frear o conflito atômico e voltar suas ações para a proteção do meio ambiente. “Ele foi um líder de um país que estava quase em guerra e teve a capacidade, a sensibilidade de perceber que a questão do meio ambiente transcendia as fronteiras nacionais e implicava numa dimensão de cooperação e de paz. Cito mais uma vez esse fato porque me parece importante ainda mais neste momento em que os líderes do mundo estão mais preocupados com a guerra do que com a paz. Que nós todos nos recordemos que nada será duradouro se não houver este espírito de solidariedade”, encerrou.

Marcos Chagas e
Raquel Ribeiro
——
FF

Parceria entre Funai e índios de Aracruz apresenta resultados

Funai – A Funai, as comunidades indígenas Tupiniquim e Guarani de Aracruz (ES) e a empresa Aracruz Celulose assinaram, após dois meses de discussão, um termo aditivo do acordo financeiro firmado em 1998. O acordo firmado em 1998 é resultado da ação fomentada pela Funai e pela Associação Indígena Tupiniquim-Guarani para ressarcimento dos índios de Aracruz, que tiveram áreas de suas terras desmatadas pela empresa. Com o termo aditivo, a quantia recebida aumentou em R$ 400 mil ao ano, que serão recebidos até 2018. Com a revisão do acordo, serão R$ 1,7 milhão investidos anualmente em projetos sociais e ambientais, beneficiando cerca de 2 mil índios das comunidades.

Além do aumento do valor anual repassado às comunidades, a empresa cederá 35 bolsas de estudo por ano para índios que cursarem a faculdade até 2018. A Aracruz também se comprometeu a estabelecer programas de qualificação de mão-de-obra de membros das comunidades indígenas, priorizando a contratação desses membros para a prestação de serviços na empresa.

A empresa custeará ainda obras de recuperação do rio Sahy, no valor de R$ 120 mil a serem recebidos metade neste ano e metade em 2003, e cederá mudas nativas e apoio técnico para um projeto de reflorestamento das margens e das grotas dos rios Sauê, Sahy e Guaxindiba. (Vanessa Silva)

Administração do Xingu recebe doações

Funai – A Administração Executiva Regional do Xingu (AER) recebeu hoje (17), como doação da Procuradoria Geral da República, quatro veículos e 12 mesas e 36 cadeiras. O mobiliário e dois veículos serão destinados para equipar uma casa recém reformada pela Funai, no município de Canarana/MT, para atender as comunidades indígenas do Alto Xingu. Os outros veículos poderão ser aproveitados na sede da Funai em Brasília ou em outra administração.

Segundo o administrador-substituto da AER do Xingu, Cairo Arantes, além do atendimento ao índio, na casa em Canarana também funcionará o projeto Sivam. “O Sivam já instalou equipamentos para fiscalização das terras indígenas e monitoramento de queimadas. Três funcionários serão designados para fazer o curso de capacitação para trabalharem na parceria com o projeto”, conta Arantes. (Simone Cavalcante)

Ong lança site sobre manejo e certificação florestal

Agência Brasil – ABr – O grupo Compradores de Produtos Florestais Certificados, administrado pela organização não-governamental Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, lança, amanhã (18), o site www.manejoflorestal.org. No site, que já pode ser visitado hoje, há informações, relativos à exploração madeireira, sobre aspectos técnicos e legislativos, publicações, tendências, cursos de especialização, madeiras utilizadas no mercado brasileiro, além de listar entidades, empresas e profissionais aptos ao trabalho com manejo e certificação florestal.

O site abre espaço para as possibilidades de negócio relacionadas ao setor florestal e oferece um vasto banco de dados com informações sobre produtores e transformadores de matérias-primas certificadas, além de empresas produtoras de máquinas e equipamentos necessários à prática do manejo e à certificação florestal.

O grupo Compradores de Produtos Florestais Certificados reúne mais de 70 empresas e órgãos públicos consumidores de matérias-primas florestais. No site, os organizadores darão prioridade na divulgação de produtos certificados com o selo do Conselho de Manejo Florestal (FSC), que no mundo inteiro caracteriza produtos florestais por sua procedência ambiental e social.

Lana Cristina