UFPE discute programa de formação universitária para índios

ASCOM UFPE – A UFPE vai implementar um programa de formação universitária de professores indígenas para tribos de nove etnias localizadas em Pernambuco. O projeto, requisitado pela Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco (Copipe), está sendo elaborado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade, em parceria com outros centros da Universidade e com a Fundação Nacional do Índio (Funai). A construção dessa proposta vai ser tema de um seminário que acontece no próximo dia 19, das 8h às 18h, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFPE.

O ponto central da discussão será a possibilidade de realização do programa na própria UFPE e a necessidade de oferecer os cursos de forma específica para os índios, com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino fundamental nas tribos indígenas. O processo seletivo e as especificações do Ministério da Educação (MEC) com relação à educação indígena serão outros temas debatidos.

Entre as áreas de estudo mais visadas pelos índios estão Biologia, Informática e as ciências humanas, como a Antropologia. “O ensino universitário vai possibilitar aos indígenas um fortalecimento de sua identidade étnica, ao aprofundarem os conhecimentos de suas tradições”, diz uma das organizadoras do seminário, Ângela Sacchi.

Segundo ela, os conhecimentos obtidos na Universidade também vão ajudar os integrantes das tribos a enfrentar problemas como o conflito pela demarcação de terras, além de facilitar a articulação com ONGs que apóiam os índios. “Apesar de buscarem a revitalização de sua cultura, os índios também querem melhorar a integração com a cultura branca, adquirindo ferramentas para isso nos diversos campos acadêmicos”, completa.

Essa experiência é a terceira do país, já tendo sido implantada, com sucesso, no Mato Grosso e no Acre.

Decreto cria Parque Natural do Pantanal

Agência Brasil – ABr – O decreto que cria o Parque Natural do Pantanal será assinado hoje, às 20 horas, no Ondara, nesta capital. Implantado com o apoio da comunidade local e de organismos ambientalistas, o parque visa fortalecer a economia do Pantanal (hoje centrada na pecuária extensiva), com a introdução de novas tecnologias para aproveitamento sustentável da cadeia alimentar, o apoio ao ecoturismo e o resgate da cultura.

O Pantanal é o primeiro ecossistema brasileiro a ganhar um parque natural, com cinco milhões de hectares, um terço de toda a planície, que se estende pelos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A unidade faz parte de um novo conceito de conservação dos recursos naturais, baseada numa experiência de 30 anos na França, onde foram implantados 40 parques.

O Parque abrange seis municípios de Mato Grosso do Sul: Rio Negro, Corumbá, Aquidauana, Rio Verde, Miranda e Corguinho e localiza-se a 150km a oeste de Campo Grande. O decreto de sua criação consolida um projeto iniciado na década de 80 com o apoio da Comunidade Européia, da Federação dos Parques Naturais Regionais da França, do governo do estado e governo federal.

Marília de Castro
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MMC

Universidades devem oferecer educação superior para professores índios

Agência Brasil – ABr – Universidades e secretarias estaduais de Educação têm até o dia 10 de janeiro do ano que vem para oferecer uma educação superior específica e de qualidade a todos os professores indígenas. “É importante a criação de cursos próprios para os índios que respeitem as tradições, as culturas e as línguas desses povos”, disse há pouco o Coordenador da Educação Ondígena da Secretaria de Educação Fundamental, Jean Paraizo Alves, durante a segunda reunião da Comissão Nacional de Professores Indígenas do Ministério da Educação, em Brasília.

Segundo Alves, a Universidade Federal de Mato Grosso já oferece os cursos há um ano, e o Estado de Roraima realizou o seu primeiro vestibular no semestre passado, com aproximadamente 100 professores inscritos.

Adriana Nishiyama
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CM

Animais silvestres podem ser criados para consumo nas reservas extrativistas

Agência Brasil – ABr – As populações tradicionais das reservas extrativistas já podem criar animais silvestres para consumo e comercialização, a partir de orientações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Dois projetos estão em fase de implementação: o da reserva Tapajós-Arapiuns, no Pará, e o de Cazumbá-Iracema, no Acre. Nessas áreas são criadas capivaras e queixadas que, além de servirem de alimento para a comunidade local, geram renda com a venda do excedente de carnes.

De acordo com o coordenador de fauna do Centro Nacional de Populações Tradicionais e Desenvolvimento Sustentável (CNPT) do IBAMA, Alberto Costa de Paula, a proposta surgiu dentro das próprias comunidades extrativistas, que estavam verificando a diminuição da população de alguns animais. “O que estamos fazendo agora é reunir o conhecimento das pessoas dessas regiões com o conhecimento científico para que a comunidade possa fazer uso dos recursos naturais sem prejudicar o meio ambiente”, diz.

Os animais silvestres serão criados no método semi-intensivo, no qual ficam soltos em grandes áreas cercadas. Isso permite que o meio ambiente local permaneça equilibrado. Segundo Alberto de Paula, o IBAMA não vai precisar fiscalizar as atividades das reservas. “Os moradores locais já vão trabalhar combatendo a caça e pesca predatórias. O projeto é em benefício da própria comunidade, que não quer desenvolver modalidades de caça que comprometam o futuro das espécies nativas”, explica o coordenador.

Existem hoje, no Brasil, 24 reservas extrativistas, sendo oito marinhas e 16 na Amazônia. Essas últimas somam 4,1 milhões de hectares de áreas protegidas. Segundo dados do IBAMA, mais de 50 mil pessoas se beneficiam diretamente com essas reservas.

Fernanda Andrade
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CM

Comissão avalia programa de capacitação escolar indígena

Agência Brasil – ABr – A Comissão Nacional de Professores Indígenas reúne-se a partir de amanhã, até o dia 13, no Ministério da Educação, para avaliar o desenvolvimento do Programa de Capacitação em Educação Escolar Indígena para Técnicos Governamentais e a implementação dos Parâmetros em Ação da área.

Além dessas tarefas, a comissão vai participar de um seminário com técnicos da Secretaria de Educação Fundamental (SEF/MEC) sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Escolar Indígena e os procedimentos administrativos da secretaria sobre licitação e liberação de recursos para projetos educacionais nas aldeias.

O Programa de Capacitação de Técnicos Governamentais é uma parceria do Ministério da Educação com as secretarias estaduais e municipais que começou em agosto de 2001 e será concluído até o final de 2002. Os objetivos são desenvolver competências, conceitos e habilidades entre os técnicos que desempenham papel de gestores nos sistemas de ensino, para a consolidação da Educação Escolar Indígena no Brasil. O público-alvo são técnicos das secretarias estaduais e municipais de Educação, das universidades ligadas à questão indígena e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

O programa tem dois módulos, de 40 horas cada, onde são discutidos desde os fundamentos antropológicos e lingüísticos, a origem, pluralidade e diversidade cultural e social dos povos indígenas, até a legislação escolar e a pedagogia que é específica e diferenciada.

O Programa Parâmetros em Ação de Educação Escolar Indígena, lançado em maio de 2002, está organizado num conjunto de 12 módulos que serão desenvolvidos em 265 horas. É uma proposta de formação continuada, visando o desenvolvimento de quatro competências profissionais: leitura e escrita, trabalho compartilhado, administração da própria formação, e reflexão sobre a prática pedagógica, que objetivam o ensino e a aprendizagem nas escolas indígenas.

Criada pela Portaria Ministerial 1.290, de 27 de junho de 2001, para subsidiar as ações voltadas para a Educação Escolar Indígena, a Comissão Nacional de Professores Indígenas é formada por 13 professores indígenas de Tocantins, Roraima, Espírito Santo, Amazonas, Bahia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Acre, Pernambuco e Mato Grosso.

Sérgio Amaral visita igreja incendiada em Pirenópolis e anuncia apoio para reconstrução

Agência Brasil – ABr – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, em companhia do governador do estado de Goiás, Marconi Perillo, embarcou de helicóptero, às 10h10 de hoje (5) para avaliar a extensão do incêndio que atingiu, durante a madrugada, a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, de Pirenópolis, construída em 1732 e considerada uma das mais importantes obras coloniais do Centro-Oeste brasileiro.

Ao retornar da visita, que durou pouco mais de uma hora, Sérgio Amaral disse que o Governo Federal está empenhado na busca de recursos para a recuperação dos estragos e para a reconstrução do patrimônio histórico. Tão logo tomou conhecimento da tragédia, o ministro entrou em contato com os presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Eleazar de Carvalho, e da Petrobras, Francisco Gros, e obteve deles resposta positiva para o esforço que será feito com várias empresas para a busca de patrocínio a fim de restaurar a Igreja Matriz. As duas são empresas públicas que mantêm verbas destinada à preservação e à conservação do patrimônio histórico.

Não há ainda informações sobre o volume de recursos necessários para a reconstrução, uma vez que é necessário um levantamento rigoroso da extensão dos estragos.

Além disso, Amaral entrou em contato com o ministro da Cultura, Francisco Weffort, e com o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Carlos Hech, que também decidiram se empenhar na reconstrução da igreja. Hech seguiu ainda na manhã de hoje para Pirenópolis, acompanhado do diretor de Defesa do Patrimônio Histórico, Roberto Holanda.

Amaral possui uma casa na cidade há mais de 20 anos e visitou o local não como ministro, “mas como um amigo da cidade e do povo pirenopolino”. “Estou visitando a cidade para levar a minha solidariedade à população e para ajudar na mobilização, pois quero restabelecer o esforço que foi feito há alguns anos, como o que contou com a participação do então ministro das Comunicações, Sérgio Motta, do governador do estado de Goiás, Marconi Perillo, e de várias empresas estatais e da Associação de Amigos de Pirenópolis. Na época, conseguimos restaurar não só a Igreja Matriz, mas vários outros prédios públicos que estavam ameaçados de perda”, disse Amaral. A restauração da matriz foi concluída em maio de 1999.

O ministro disse que a reconstrução será feita “criteriosamente e de forma pormenorizada”, pois há inúmeros registros fotográficos e plantas arquitetônicas elaboradas quando da restauração. “Não se pode deixar um patrimônio dessa importância se perder. O barroco de sua construção era de grande originalidade”, completou.

Segundo Amaral, a perda no local foi muito grande. “Estou muito triste. A igreja é a alma da cidade. Nela começam e nela terminam as manifestações culturais e folclóricas”, afirmou. Num primeiro levantamento constata-se que foi destruído o altar principal, que era talhado em madeira e recoberto de ouro, os altares laterais e a pintura do teto, além de todo o revestimento de madeira que forrava a igreja. Algumas imagens sacras conseguiram ser salvas pela população.

Igreja mais antiga de Goiás é destruída pelo fogo

Jornal do Brasil – A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, a mais antiga do estado de Goiás, foi destruída pelo fogo na madrugada de ontem. Pouco sobrou da estrutura de taipa erguida em 1732 na cidade histórica de Pirenópolis. As chamas começaram na sacristia por volta das 3 horas da madrugada. O monumento havia sido reformada recentemente com investimentos em torno de R$ 900 mil. A causa do incêndio será determinada quando os bombeiros liberarem o acesso dos peritos aos destroços, muitas paredes ameaçam cair. As autoridades prometem investir cerca de R$ 5 milhões na reconstrução.

O fogo foi detectado graças ao sistema do alarme anti-incêndio da Igreja. O pároco da cidade, Luiz Virtuoso, foi o primeiro a chegar, acompanhado por vizinhos. Eles chamaram o batalhão do Corpo de Bombeiros. “Nos limitamos a tentar retirar os materiais combustíveis do local, mas não foi suficiente”, explica o tenente Adval Dias Mateus. Instalado na cidade há poucos meses, o destacamento não conta com caminhões ou mangueiras adequadas para o combate ao fogo. Foi necessário esperar apoio de Anápolis, que levou mais de uma hora até a cidade. Com tempo seco, a estrutura de madeira ajudou a espalhar as chamas. Até o final da tarde de ontem, pedaços das paredes que restavam em pé continuavam caindo.

Os moradores contam que a noite pareceu um filme de terror. No auge do incêndio, as labaredas atingiram árvores e chegaram a ameaçar prédios históricos próximos, como o teatro da cidade. Magdala Fleury nasceu e viveu numa casa ao lado do santuário. Seu tataravô, Antônio da Costa do Nascimento, foi quem pintou os afrescos no teto da Igreja, agora totalmente destruídos. Ela ajudou a retirar alguns santos e bancos quando o prédio ainda pegava fogo. “Não sei explicar o que vi, as coisas iam caindo”, conta. “Agora, temos de ter muito mais fé”.

O pouco que foi salvo está no altar na casa paroquial onde muitas pessoas ainda rezavam e choravam durante o dia de ontem. As perdas materiais incluem santos, roupas, mobiliário e prataria centenários. Os cinco altares da nave principal, considerados os mais belos do Centro-Oeste, foram totalmente destruídos. Mesmo assim, dez imagens históricas foram resgatadas. Entre elas, uma Nossa Senhora do Rosário do século XVIII.

O padre Luiz Virtuoso diz não ter explicação para as causas do acidente. Na sua opinião, nada estava errado no sistema elétrico e nenhuma vela estava acesa. Ele esteve no local até as 22 horas. A única suspeita levantada pelo pároco foi um barulho de porta batendo. “Não posso garantir, mas logo que cheguei ouvi a porta dos fundos bater”, conta.

O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Carlos Henrique Heck, sugeriu que a culpa seria da Igreja. Segundo ele, o Iphan local alertou a paróquia sobre problemas como velas no altar e gatos nas instalações elétricas. O pároco nega conhecer o documento. Irritado, Heck preferiu não comentar nada sobre especificamente sobre o incêndio. Ele reclamou das cobranças dos jornalista e clamou pelo apoio do povo brasieliro. “O importante não é julgar quem é culpado. Este foi um acidente infeliz”, comentou nervoso.

O governador de Goiás, Marconi Perillo, e o ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral, estiveram no local. O ministro, um dos responsáveis pela restauração da Igreja entre 96 e 99, anunciou o apoio da Petrobrás e do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), para a reconstrução da Igreja o mais rápido possível.

Fernando Zarur

Pesquisador denuncia Cia Cimento Tocantins por crime ambiental em Brasília

Dr. Antônio Ermírio e Meio Ambiente

No último domingo, dia 25 de Agosto, o Dr. Antônio Ermírio de Moraes publicou artigo na Folha de São Paulo onde, reconhecendo a necessidade de um mundo mais limpo, defende, porém, a tese de que há muitos que procuram impedir o desenvolvimento nacional em nome da ecologia.

Na região onde vivo,nas imediações de Sobradinho, em Brasília, a Cia Cimento Tocantins, de propriedade do Dr. Antônio Ermírio, explora cascalho e terra vermelha, materiais prosaicos, encontrados em quase todo o Brasil Central. A Cimento Tocantins, após acabar com um morro na área, resolveu “recuperá-lo”, cedendo-a para depósito de dejetos (incluindo milhares de baterias de celular e restos de tinta) sobre o lençol freático aflorado. Foi criado, desta forma, grave risco de poluição do lençol freático que abastece, por meio de poços artesianos, milhares de moradores de condomínios da região. Cerca de 400 metros da abaixo da área situa-se a escola rural Morro do Sansão, cujas crianças bebem água da mesma origem.

Após a área ter sido embargada pela Secretaria de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do DF, continua a Cimento Tocantins a explorar um trecho mínimo do que resta da “jazida”, hoje, quase em área urbana, cavando diretamente dentro d`água.

Como o próprio Código Penal, em seu art. 271, prevê, como crime, a “poluição de água potável”, peço ao Dr. Antônio Ermírio que suspenda a exploração da área, em nome, dos ideais de respeito à pessoa humana que, tenho certeza, também para ele, se sobrepõe ao interesse do lucro.

Caso contrário, o discurso do “desenvolvimento nacional”, será, como tem sido feito em diferentes ocasiões, usado para envenenar e matar seres humanos e destruir a natureza.

George de Cerqueira Leite Zarur, Ph. D
Economista e Antropólogo

Confira artigo de Antônio Ermírio na Folha de São Paulo

ndios Jaguapirú e Bororo já têm telefones e acesso à Internet

Funai – A tecnologia virtual chega aos indígenas sul-matogrossenses por um moderno sistema de telefonia fixa. Parceria entre o Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran) e a Brasil Telecom vai beneficiar cerca de nove mil índios das aldeias Jaguapirú e Bororo, na reserva indígena de Dourados (MS).

Durante cinco dias, o projeto foi testado e ajustado. Está em perfeito funcionamento, mas ainda em caráter experimental. A tecnologia também propicia acesso à Internet via rádio. O sistema interliga a comunidade indígena à cidade e acaba com o fim do isolamento. Uma antena da Brasil Telecom instalada em Dourados recebe os sinais de outra antena, no Núcleo de Atividades Múltiplas da Instituição, o NAM.

Freqüentam o núcleo cerca de 88 alunos indígenas das Escolas de Ensino Fundamental de toda a região, que utilizam o Laboratório de Computação do NAM. O núcleo ganhou ainda um telefone público que não necessita de cartão.

Os recursos são da Unigran, que além de financiar a implementação do projeto ainda custeará a operação de todo o sistema.

Exposição em Brasília homenageia o Marechal Cândido Rondon

Funai – Um trabalho de pesquisa de dois anos vai ser apresentado ao público, a partir de sexta-feira (06/08), na exposição “Nosso herói Rondon”. A mostra é uma homenagem à vida e à obra de Marechal Cândido Rondon, o primeiro indigenista brasileiro e patrono das comunicações, em parceira do Memorial dos Povos Indígenas e da empresa TCO Celular. A abertura será feita nesta quinta-feira às 19:30h, no Memorial, e contará com a participação do presidente da Funai, Artur Nobre Mendes, do presidente da TCO, Mário César, de umas das lideranças indígenas do Xingu, o cacique Aritana Yawalapiti, de autoridades do Governo do Distrito Federal, além de outros índios Yawalapiti do Parque Nacional do Xingu. A exposição contará com fotos, vídeos, atividades interativas e objetos ligados ao dia-a-dia de Rondon.

Ele viveu de 1865 a 1958 e foi um dos responsáveis pela expansão do telégrafo no Brasil e pela ratificação das fronteiras brasileiras. Também lutou pela preservação de vidas indígenas no final do século XIX e início do século XX, período em que invasão de não-índios nas terras originárias foi constante promovendo a morte de milhares de indígenas. Entrando em contato com os índios, o Marechal Cândido Rondon defendeu a idéia “Morrer se preciso for, matar nunca”, que demonstra o seu posicionamento em defesa dos índios.

A exposição vai até o dia 13 de outubro, e está aberta à visitação de terça a sexta, das 9h às 18h, e nos sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h. As escolas interessadas em visitar podem marcar um horário pelo fone 323 8477. O Memorial dos Povos Indígenas fica no Eixo Monumental Oeste, Praça do Buriti, Brasília.