Mais de mil atletas vão disputar os Jogos Indígenas no Pará

Agência Brasil – ABr – Dez modalidades esportivas serão apresentadas por mais de mil atletas nos V Jogos dos Povos Indígenas, a serem realizados de 15 a 21 de setembro próximo, no município de Marapanim, no Pará. Além das competições, as etnias participantes dos Jogos apresentarão danças e rituais característicos de seus costumes e tradições. Desde a primeira edição, em outubro de 1996, em Goiânia, o evento vem se destacando como a maior festa de confraternização e intercâmbio dos povos indígenas.

Mais de cinqüenta etnias indígenas participantes da quinta edição poderão inscrever-se até o próximo dia 15 nas competições individuais de arco e flecha, arremesso de lança, natação com travessia de rio, atletismo, corrida de fundo e nas competições coletivas como o cabo de guerra, canoagem, corrida de tora, futebol masculino e feminino.

Além da etapa competitiva, haverá demonstração de esportes típicos de determinadas etnias. Pela primeira vez haverá a apresentação do katukaywa (futebol de joelho), típico dos povos xinguanos e do tihimore (arremesso de bola de marmelo), praticado pelas mulheres Pareci, do Mato Grosso.

Ainda entre as demonstrações de esportes que representam a força da cultura indígena, o público assistirá o Akô (corrida de varinha) e Jãmparti (corrida de toras com mais de 100 quilos), e Kaipy (arco e flecha especial), realizadas pelos Gavião Kyikatejê, do Pará. Destaca-se também a apresentação de lutas corporais, como huka-huka, pelos povos do Xingu e Bakairi (MT); iwo, pelos Xavantes (MT); idjassú, típica dos Karajá, da Ilha do Bananal, no Tocantins e aipenkuit, luta dos Gavião Kyikatejê, do Pará.

Para completar a programação haverá o futebol de cabeça, jogado com uma bola de látex, pelos Enawêne-nawê e pelos Pareci, do Mato Grosso e a demonstração de zarabatana, apresentada pelos índios Matis, do Amazonas.

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Ibama abrirá Reservas Extrativistas para o ecoturismo

IBAMA – O Ibama abrirá as Reservas Extrativistas para o ecoturismo, atividade que atrai milhares de pessoas de todo o mundo em busca de redutos naturais onde existem paisagens selvagens, populações nativas e possibilidade de contato com o meio ambiente preservado, exatamente o que têm a oferecer as reservas brasileiras. A intenção é que os primeiros roteiros sejam abertos ao público a partir de dezembro deste ano, informa o chefe do Centro Nacional de Populações Tradicionais-CNPT, Atanagildo de Deus Matos.

O primeiro passo do trabalho já foi dado. Trata-se de um amplo diagnóstico que começou a ser feito esta semana na Reserva Extrativista-(Resex) do Lago do Cuniã (RO) e que será expandido para as Resex do Cajari (AP), Tapajós-Arapiuns e Soure (PA), Lagoa do Jequiá (AL), Corumbau (BA), Ilha do Cajual e Quilombo do Frechal (MA). Essas foram as primeiras onde as comunidades locais demonstraram vocação e interesse em desenvolver a atividade.

“Desde a sua concepção até a realização, o Programa Estratégico de Incentivo ao Ecoturismo nas Reservas Extrativistas tem a participação das comunidades locais em cada uma das áreas. São as comunidades que decidirão se querem e de que maneira pretendem implementar a atividade turística”, explica Gabriela Silva Noronha, gerente do programa. O preceito segue o mesmo princípio de criação das reservas cuja essência é a gestão participativa. “Tudo é feito conforme os interesses das populações tradicionais”, diz a gerente.

As primeiras oito reservas escolhidas como piloto do programa receberão cursos que as capacitarão para elaborar o diagnóstico sócio-econômico da comunidade. O diagnóstico servirá de base para a elaboração de um plano de desenvolvimento local sustentável. “Se nesse processo a comunidade identificar que possui aptidão para o ecoturismo e que há possibilidades de executá-lo na reserva, inicia-se uma nova etapa de cursos, treinamentos e sensibilização para a implementação da atividade”, completa Gabriela Noronha. Para executar o programa, o Ibama conta com a parceria do Programa Comunidade Ativa, ligado ao gabinete da Presidência da República, e do Sebrae.

No Brasil, existem 24 Reservas Extrativistas, criadas através de decreto presidencial, sendo sete delas Reservas Marinhas. Juntas, as reservas somam quase 5 milhões de hectares de áreas protegidas – 4,122 milhões só na Amazônia – onde a exploração segue os parâmetros sustentáveis, as famílias têm garantia à terra, as comunidades são organizadas e capacitadas, a cultura é preservada e o meio ambiente conservado para as gerações futuras. Mais de 50 mil pessoas se beneficiam diretamente com a existência das reservas extrativistas no país. Tratadas como Unidades de Conservação de Uso Sustentável, as Resex nascem da vontade e da solicitação das comunidades tradicionais. São elas que assumem, desde o início, a responsabilidade pela gestão da área e pelo destino da reserva. Para isso, contam com o apoio dos técnicos do CNPT que favorecem o acesso às informações e aos recursos técnicos, tecnológicos, científicos e financeiros.

Comissão aprova reserva de proteção ao meio ambiente

Agência Câmara – A Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias aprovou ontem o Projeto de Lei Complementar 117/00, do deputado Ronaldo Vasconcellos (PL-MG), que cria a Reserva de Proteção do Meio Ambiente no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A reserva será constituída de 1,5% dos recursos do FPM.

Terão direito ao benefício os municípios que desenvolvam programas e ações permanentes de proteção ambiental. O critério de distribuição de recursos é o Índice de Conservação Ambiental do Município (Icam), calculado anualmente por órgão do Poder Executivo. O cálculo do índice será feito de acordo com o fator de meio ambiente (FMA) e o fator de conservação ambiental (FCONS), em fórmula apresentada no anexo do projeto. O FMA considera índices de esgoto e de lixo tratados, enquanto o FCONS orienta-se por unidades de conservação (UC).

Regras para as unidades

Duas emendas apresentadas pelo relator, deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), modificam o trecho do projeto que trata das unidades de conservação. A primeira define como unidades as estações ecológicas, as reservas biológicas, os parques e florestas nacionais, as reservas particulares, as áreas de proteção ambiental, as reservas extrativistas e as áreas indígenas. A segunda determina que só podem ser consideradas no cálculo do FCONS as unidades de conservação que cumpram os requisitos de regularização fundiária de, no mínimo, 80% da área; plano de manejo aprovado; e conselho constituído.

O autor revela que em grande parte dos Estados já existe o ICMS ambiental, repartido proporcionalmente entre os municípios que desenvolvam ações de proteção do meio ambiente. “Tivemos o cuidado de não subtrair recursos dos municípios do interior, cientes de que o FPM é de vital importância para eles. Por isso, reduzimos a participação das capitais de 10% para 8,5% do FPM, garantindo-lhes, no entanto, a condição de participantes da Reserva de Proteção ao Meio Ambiente, juntamente com os demais municípios brasileiros”, explicou o parlamentar.

Dezesseis índios da tribo Javaé atuarão como agentes voluntários de proteção da Ilha do Bananal

IBAMA – O Ibama credenciou no início do mês dezesseis índios da tribo Javaé para atuar como agentes voluntários de proteção da Ilha do Bananal, no Tocantins. Para ordenar o uso sustentável dos recursos naturais as equipes irão trabalhar como fiscais da ilha, conscientizando a população sobre a importância da educação ambiental e registrando infrações que serão encaminhadas ao Instituto para emitir a autuação.

O objetivo é fortalecer a gestão da Ilha do Bananal em parcerias com conhecimentos científicos e de planejamento participativo com vistas à conservação da biodiversidade, o uso sustentável dos recursos pesqueiros, e a melhoria da qualidade de vida das comunidades indígenas tradicionais. Uma das alternativas é o manejo de adensamento populacional das espécies de peixes dos lagos.

Segundo o gerente executivo do Ibama, Reginaldo Anaissi Costa, o Tocantins é a única região do país a contar com índios atuando voluntariamente na proteção do meio ambiente. Conforme a escolha da equipe eles serão chamados de “Protetores da Ilha”.

– Nossa intenção é agregar valores econômicos às atividades desenvolvidas pelos índios. Queremos eliminar o atravessador que corrompe e destrói a natureza, e criar formas para que a comunidade indígena possa comercializar o produto para a sua sobrevivência”, explicou o gerente do Ibama/TO.

A iniciativa, segundo Anaissi, faz parte de um trabalho que o órgão vem desenvolvendo com as populações tradicionais indígenas. “Procuramos aproveitar a vivência e o conhecimento deles para atuarem como colaboradores”, enfatizou. Além das equipes de índios, o Ibama conta com mais oito fiscais na região.

I Seminário Sobre Ordenamento dos Recursos Pesqueiros da Ilha do Bananal

A entrega das credenciais aos índios foi no término do I Seminário Sobre Ordenamento dos Recursos Pesqueiros da Ilha do Bananal, de 01 a 03/08, no município de Lagoa da Confusão. Dos cerca de oitenta participantes trinta eram índios da aldeia Javaé e vinte e duas lideranças indígenas, além de representantes de Ongs, da prefeitura local, do órgão estadual do meio ambiente e da Funai.

Foram definidas, no encontro, as ações para incentivar a participação de outras tribos que integram a ilha fluvial. Uma comissão formada pelo Ibama, pala Funai, e pelas lideranças indígenas atuará em outros seminários para mostrar a outras aldeias a importância dessa união na conservação da natureza.

Discutiu-se, também, a legislação sobre pesca, o estatuto do índio, as experiências de manejo comunitário da pesca, o ordenamento pesqueiro de bacias hidrográficas, o manejo de lagos, a inspeção sanitária, o fomento e o entreposto da pesca. As palestras foram ministradas por técnicos do Ibama e da Funai dos estados do Acre, Amazonas, São Paulo e Distrito Federal.

A Ilha do Bananal é formada pelo rio Araguaia – que a abraça do lado direito, e pelo rio Javaé – responsável pelo abraço do lado esquerdo. Está a apenas 270 quilômetros de Palmas, na direção sudoeste, junto aos municípios de Pium, Lagoa da Confusão e Cristalândia. A ilha fica no Tocantins, na divisa com os estados de Mato Grosso, Goiás e Pará. Na parte norte da ilha está o Parque Nacional do Araguaia – um verdadeiro santuário ecológico com 557.714 hectares. Ao sul fica o Parque Indígena do Araguaia onde vivem as tribos karajá e Javaé.

Banco Mundial aprova US$ 30 mi para proteger ecossistemas da Amazônia brasileira

Agência Brasil – ABr – A diretoria-executiva do Banco Mundial (Bird) aprovou hoje a implementação do Projeto de Áreas Protegidas da Região Amazônica, financiado pela doação de US$30 milhões do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (Global Environment Facility – GEF) e co-financiado pelo governo do Brasil, pelo Fundo Mundial para a Natureza (World Wildlife Fund – WWF) e o banco de desenvolvimento KfW, da Alemanha. O projeto visa expandir e consolidar o sistema de áreas protegidas na Amazônia brasileira e faz parte da parceria Forest Alliance do Banco Mundial/WWF, à qual o Brasil aderiu em 1998.

“A região Amazônica é um tesouro da biodiversidade”, disse Mohamed T. El-Ashry, diretor executivo e presidente do GEF. “É também uma das maiores fontes de água doce e de seqüestro de carbono da terra. Este projeto não é importante apenas para o Brasil; ele é de grande relevância para a região e o mundo.” A Amazônia brasileira ocupa 5 milhões de quilômetros quadrados, área equivalente a 25 países europeus. Abrange a maior área de floresta tropical remanescente no planeta, correspondente a 30%, contém 23 eco-regiões e se constitui no repositório de uma importante biodiversidade global. O Brasil é reconhecido como o país mais rico em biodiversidade no mundo. A Amazônia tem uma grande influência benéfica no clima regional e global, possuindo reservas de carbono de aproximadamente 120 bilhões de toneladas.

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Funai constata ação de madeireiros no entorno do Parque do Xingu

Agência Brasil – ABr – A Funai constatou a presença de madeireiros em intensa atividade no entorno da Parque Indígena do Xingu, proximidades das aldeias Caiabi, onde vivem cerca de 1200 índios. A comprovação foi feita pelo assessor técnico, Walter Blos, da Coordenação de Proteção às Terras Indígenas (CPTI), da Funai, que esteve no local para confirmar denúncia encaminhada pelos índios Caiabi do Rio Arraias. No local foram encontrados cinco depósitos lotados de madeiras. A área, que há cinco anos vem sendo pleiteada pelos índios, está a Noroeste da Terra Indígena Parque do Xingu e é conhecida como Paralelo 54.

Durante nove dias foram levantados os locais de onde a madeira está sendo retirada. Os dados serão encaminhados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), junto com pedidos de monitoramento ambiental da área e de informações sobre os planos de manejo ali existentes. A Funai também está providenciando a criação de um Grupo de Trabalho para realizar o levantamento fundiário da área pleiteada pelos índios. A presença de madeireiros no local é prejudicial à vida social e cultural dos Caiabi.

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Governo do MS promove oficina cultural indígena

Agência Popular de Notícias, MS – O Governo do Estado, através da Coordenadoria de Combate ao Racismo e o Idaterra, em parceria com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e a UFG (Universidade Federal de Goiás), promove nos dias 9, 10 e 11 de agosto a 1ª Oficina de Comunicação e Cultura Terena. O curso faz parte do projeto de instalação de rádio comunitária em aldeias e será feito na Aldeia Urbana Marçal de Souza em Campo Grande, onde serão desenvolvidas oficinas de jornal impresso; vídeo; animação e desenho; pintura em tecido; propaganda, publicidade e relações públicas; teatro, além de cursos infantis.

Com a capacitação, os índios terão condições de operar a rádio comunitária instalada na aldeia após a realização da oficina Os equipamentos para a rádio serão fornecidos pelo programa DST/Aids do Ministério da Saúde e Unesco.

O objetivo dos cursos é ampliar o diálogo entre os índios Terena e contribuir para o fortalecimento e autonomia da nação na relação com a sociedade e o poder público. Temas como saúde, terra, fome, descaso e violência serão discutidos durante os cursos, visando a elaboração de um novo discurso da auto-estima dos Terena.

Pelo menos 79 acadêmicos dos cursos de comunicação social e artes cênicas da UFMS e UFG serão responsáveis pelas oficinas que deverão reunir cerca de 300 indígenas durante os três dias de evento. Entre os dias 2 e 7 de agosto, os cursos ocorreram na aldeia Bororó, no município de Dourados, onde vivem os índios Guarani-Kaiwá.

"Escada para peixe" poderá ser obrigatória em barragens

Agência Câmara – A Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias aprovou o substitutivo do deputado Luiz Bittencourt (PMDB-GO) ao Projeto de Lei 4630/98, da deputada Maria Elvira (PMDB-MG), que torna obrigatória a implantação de escadas para peixes em barragens construídas em cursos d´agua de domínio da União. O objetivo dessa medida é propiciar aos peixes na piracema – quando sobem os rios para desovar em suas cabeceiras – continuarem seus processos reprodutivos, compatibilizando a proteção ao meio ambiente e às atividades de pesca comercial e de lazer, com a utilização dos recursos hídricos para geração de energia elétrica e outros fins que implicam no barramento dos cursos dágua.

O Projeto tramita em caráter conclusivo e será apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.

Por Christian Morais/ ACS

Baleia Franca poderá ser símbolo nacional do ecoturismo

Agência Senado – A baleia franca (Eubalaena australis) poderá vir a ser o símbolo nacional do ecoturismo no Brasil, segundo determina projeto de lei aprovado, em caráter terminativo, nesta quarta-feira (7) pela CCJ – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. O projeto, de autoria do senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), foi aprovado com uma emenda do relator, senador José Fogaça (PPS-RS), pela qual foi estabelecido um prazo de 90 dias para que o Poder Executivo regulamente a medida, a contar da data de publicação da nova lei. A proposta depende ainda da aprovação da Câmara dos Deputados e de sanção presidencial.

Com a medida, no entendimento de Fogaça, o Brasil está reparando um erro histórico cometido contra a baleia franca, que chegou a ser considerada extinta no país por volta de 1970, em razão de sua caça predatória. Recentemente, graças à criação de uma área de proteção equivalente a 156,1 mil hectares, em Santa Catarina, as baleias encontraram um refúgio e voltaram a se reproduzir e a ser avistadas com relativa facilidade, informou Fogaça. Em vez de barcos de pesca, Fogaça disse que a área agora é movimentada por barcos de turistas que não podem, contudo, ficar mais do que 30 minutos no local.

A preservação da área destinada à baleia é levada a sério, observou o relator. Tanto que há pouco tempo a Polícia Federal deu voz de prisão e em seguida deportou a tripulação de um barco estrangeiro de uma emissora de tevê, que infringiu a lei ficando cinco horas no local filmando as baleias, acrescentou.

O reaparecimento das baleias francas em mares brasileiros assume relevância também para a indústria nacional do lazer, na opinião de Fogaça, uma vez que o fato virá a incrementar o turismo de observação de baleias, já implantado principalmente em Santa Catarina.

Projeto pode limitar área para reservas indígenas

ROTA BRASIL OESTE – O Senado discutiu nesta quarta-feira (7) a proposta de emenda constitucional de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) que prevê um limite de 50% do território de cada estado para a demarcação de terras indígenas.

O autor do projeto argumenta que em Roraima, por exemplo, apenas 7% da população é de origem indígena, e mais de metade das terras do estado estão sob domínio da União por meio da criação de reservas. “Da forma como os projetos vêm sendo feitos, apenas o Executivo define a questão, baseado em laudos antropológicos e portarias da Funai. Pela proposta, os estados que estão perdendo terras para a União poderão se posicionar por meio de seus representantes no Senado”, afirma o senador.

Vários senadores e ONGs se manifestaram contra a proposta. Eduardo Suplicy (PT-SP), apresentou no plenário um relatório elaborado pelo Instituto Socioambiental (ISA), segundo o qual as demarcações não podem ser baseadas em critérios quantitativos. O instituto afirma que a modificação fere o direito territorial originário já assegurado pela Constituição.

Para a senadora Marina Silva (PT-AC), a fixação de limites às terras indígenas inviabilizará o exercício por parte daquelas comunidades de seu direito de se desenvolver a partir de seus próprios referenciais culturais nos territórios originalmente ocupados. “Este assunto deve ser tratado como cláusula pétrea”, afirmou, referindo-se a dispositivos constitucionais que não podem ser objeto de modificação.

A proposta será discutida em mais três sessões nesse primeiro turno, com votação na última sessão, passando por um segundo turno se for aprovada. Em ambos os turnos são necessários 49 votos para a aprovação da matéria.

Fábio Pili
com informações da Agência Senado