Ministério do Meio Ambiente libera exportação controlada de madeiras

Agência Brasil – ABr – O ministério do Meio Ambiente liberou a exportação de 25 mil metros cúbicos de madeira para o segundo semestre deste ano. Poderão ser exportados: 7 mil metros cúbicos de virola, 15 mil de pinho e 3 mil metros de imbuia, desde que as empresas estejam habilitadas no Sistema de Controle de Madeira Serrada Contingenciada (Sismad), criado em 1994. Só será liberada a madeira serrada proveniente de Planos de Manejo Florestal Sustentado considerados aptos pelo Ibama após vistoria técnica de campo, indispensáveis para a preservação das espécies e o equilíbrio entre reservas florestais, produção, consumo, e exportação.

Segundo a Instrução Normativa nº 9, assinada pelo ministro José Carlos Carvalho, os exportadores interessados deverão apresentar requerimento ao Ibama, contendo: nome, endereço, nº CNPJ/MF, nº do registro do requerente, espécie florestal, NCM/SH, volume, qualidade, valor, nome e país de origem do importador; local da exportação, estado, nome do navio, previsão de embarque, documentos fiscais e contratos correspondentes.

A liberação do volume de madeira serrada para exportação pelo Departamento de Comércio Exterior (Decex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior dependerá do resultado da análise destes documentos e do controle de embarque. A empresa deverá apresentar justificativa formal ao Ibama em casos fortuitos ou força maior que impeça o embarque do volume total liberado, sob pena de estorno do mesmo ao Sismad.

O acesso da empresa ao Sismad está condicionado ao cadastramento e/ou recadastramento nos seguintes meses: em março (para habilitação no segundo semestre do ano corrente) e, em setembro (para habilitação no primeiro semestre do ano seguinte). Estes critérios foram estabelecidos pelas Portaria nº 71-N, de 1994, Resolução nº 278 do Conama, de 24 de maio de 2001 e, Instrução Normativa nº 22, de 05 de dezembro de 2001.

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Festival de Bonito reúne turistas e discute meio ambiente

Agência Brasil – ABr – A terceira edição do Festival de Inverno de Bonito, aberto neste fim de semana, conta pela primeira vez com uma programação voltada também para as questões ambientais da cidade, considerada um dos principais pólos turísticos de Mato Grosso do Sul. O festival já se consolida como um marco de convergência da cultura e da arte da região, diz o coordenador Nilson Rodrigues.

Durante uma semana, até o próximo sábado, Bonito oferece aos visitantes do país e do exterior, um panorama da produção artística e cultural da região. Na terça-feira, a programação do festival volta-se para as questões relativas ao meio ambiente, com a abertura do seminário que discutirá alternativas e soluções para os problemas ambientais e a conservação da biodiversidade, com o turismo responsável.

Marília de Castro
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Qualidade da água é tema de amanhã no Festival de Bonito

Agência Popular de Notícias – “A qualidade da água dos nossos rios” é o tema de amanhã(23/07)no Seminário de Meio Ambiente em Bonito, que faz parte da programação do Festival de Inverno de Bonito. O seminário acontece a partir das 8 horas, na sede do Comtur. Pesquisadores, biólogos, professores, representantes do poder público, ONGs, profissionais da área de turismo e comunidade em geral vão ter a oportunidade de discutir, trocar experiências e buscar soluções e propostas para questões ambientais importantes para a cidade. Os recursos naturais fizeram de Bonito um dos locais mais procurados pelos turistas estrangeiros e brasileiros em Mato Grosso do Sul. O desafio é organizar essa vocação tendo como meta a exploração sustentável.

A água é o principal atrativo de Bonito. O secretario de Meio Ambiente, Agricultura e Pecuária de Bonito, Airton Garcez vai falar sobre o sistema cárstico da região, a importância da conservação do solo e da água e sobre o uso racional dos recursos naturais. A realidade do sistema de tratamento de efluentes implantado no município, os projetos em andamento, os resultados das últimas análises de monitoramento das águas e a comparação com dados anteriores serão abordados por técnicos da SANESUL e Secretaria do Meio Ambiente, Cultura e Turismo. O técnico da SABESP – Secretaria de Abastecimento do Estado de São Paulo Américo de Oliveira Sampaio encerra o primeiro dia da programação falando sobre sistemas de tratamento de efluentes eficientes.

A partir das 14 horas Genebaldo Freire Dias, que é escritor, professor e pesquisador da Universidade Católica de Brasília faz uma conferência onde trata, de forma objetiva, das causas e conseqüências dos problemas ambientais e das alternativas de soluções. Logo depois Genebaldo faz o lançamento de dois livros: “Antropoceno iniciação a temática ambiental” e “Pegada ecológica e sustentabilidade humana”. O escritor analisa a temática ambiental a partir de aspectos econômicos, sociais, políticos, éticos e culturais. E mostra que fatores como a pobreza, o desperdício e o declínio ambiental estão profundamente incorporados aos sistemas econômicos atuais.

No dia 24 de julho o seminário reúne pesquisadores e especialistas de diversas áreas. Serão apresentados trabalhos desenvolvidos em Bonito que possuem enfoque na conservação da biodiversidade e no turismo responsável como instrumento de garantia para a exploração sustentável dos recursos naturais. As apresentações serão realizadas pelos próprios pesquisadores: os especialistas Paula Reys (botânica), José Sabino (ictiologia), Luciana Paes de Andrade (zoologia), Daniel De Granville Manço (monitoramento de atividade turística) e Marta Amaral (ecoturismo). Como convidados participam o Diretor do Parque Nacional da Serra da Bodoquena/IBAMA, Adilho Augusto Valadão de Miranda e Secretário Municipal de Meio Ambiente e Turismo de Bonito, Ivan Baptiston.

I SEMINÁRIO DE MEIO AMBIENTE EM BONITO
DATA: DIAS 23 E 24 DE JULHO
LOCAL: SEDE DO COMTUR – RUA PILAD REBUÁ, 2066, CENTRO

Ibama intensifica elaboração de Planos de Manejo em Unidades de Conservação

IBAMA – A diretoria de Ecossistemas do Ibama espera contratar até o final do ano a elaboração de 40 planos de manejo em unidades de conservação sob sua responsabilidade (incluindo revisões obrigatórias a cada cinco anos). As prioridades são: parques nacionais, áreas de proteção ambiental, reservas biológicas, e estações ecológicas, informou a coordenadora de planos de manejo em UC, Inês de Fátima Oliveira Dias.

Através de portaria o presidente do Ibama, Rômulo Mello, aprovou recentemente a revisão dos planos de manejo dos parques nacionais de Iguaçu/PR, do Araguaia/GO, de Bocaina/divisa SP-RJ, e de Ibajara/CE, disponíveis no Centro Nacional de Informação Ambiental (Cnia/Ibama) e na página eletrônica do Instituto: www. Ibama.gov.br.

Plano de manejo é um documento técnico contendo o zoneamento e as normas ambientais para o uso correto da área e dos respectivos recursos naturais, além da indicação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade de conservação.

Participam do processo elaboração de um plano de manejo todos os envolvidos: comunidade local, prefeituras e ongs – descentralização considerada fundamental por Inês Dias para conscientizar o máximo de pessoas (públicas e privadas) sobre a importância de preservar e unidade de conservação para as futuras gerações.

Agência Ambiental intensifica fiscalização no Araguaia

AGECOM – A Agência Ambiental de Goiás intensifica a fiscalização no Rio Araguaia. Atualmente 11 equipes de fiscais percorrem o manancial divididas em rotas de 50 quilômetros cada, levando informações ambientais aos turistas e coibindo as possíveis infrações que desrespeitem o meio ambiente. De acordo com o Departamento de Fiscalização do órgão, até ontem foram apreendidos pelos fiscais cerca de 200 quilos de pescado, sendo a maioria da espécie pirarucu, que tem a pesca proibida em Goiás.

Em todo o Vale do Araguaia, foram registradas duas grandes apreensões, em Bandeirantes e em Nova Crixás. O material predatório apreendido inclui 62 redes, 26 tarrafas, 209 pindas, 62 espinhéis, 110 cambuís, 4 arpões, 14 armas e 2 freezers. Segundo o presidente da Agência Ambiental de Goiás, Paulo Souza Neto, o turista que vai ao Araguaia está respeitando mais as normas ambientais. A portaria que instituiu a cota zero do transporte do pescado tem sido respeitada pelos turistas e contribuído para que ictiofauna do Araguaia consiga manter o equilíbrio necessário para a sua sobrevivência.

gua do Araguaia é de boa qualidade para uso balneário

AGECOM – O monitoramento da água do Rio Araguaia, que vem sendo realizado diariamente por uma equipe de técnicos da Agência Ambiental em quatro pontos do rio, revela que ela é de boa qualidade para o uso balneário. A média do Índice de Qualidade da Água (IQA) encontrada neste início de temporada foi de 72,81%. Abaixo de 50% o índice é considerado impróprio pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente. As amostras são recolhidas nos municípios onde é maior o fluxo de turistas, como Aragarças, Aruanã, Luiz Alves e Bandeirantes. Todos os dias, o resultado das análises é divulgado para o turista e a comunidade local por meio de outdoors espalhados nas regiões pesquisadas.

Todas as manhãs os barcos saem para a coleta das amostras que, depois, são submetidas a vários testes para medir os teores de oxigênio, turbidez, temperatura e odor. Para tanto, foram montados laboratórios na região e, uma vez por semana, a água é levada para Goiânia para realização de outros testes. Segundo o chefe do Departamento de Monitoramento Ambiental, Eurivan Alves Mendonça, outra grande preocupação é relacionada à contaminação por coliformes totais e fecais, cujos exames bacteriológios estão comprovando que os valores e limites da qualidade da água para balneabilidade estão dentro dos preconizados pela legislação, conforme a Resolução 020/86 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Para melhorar a qualidade da água do Rio Araguaia, a Agência Ambiental vem realizando um trabalho de conscientização junto às populações ribeirinhas e os turistas, no sentido de não jogar o lixo nas águas ou arredores, bem como não despejar esgotos e outras substâncias poluentes, como óleo de motor, e ainda não desmatar a mata ciliar, de modo a evitar o assoreamento do rio na época das chuvas.

Agência Ambiental vai implantar Parque e Floresta Estadual do Araguaia

AGECOM – A Agência Ambiental de Goiás irá implantar, em breve, duas importantes unidades de conservação para o Rio Araguaia. Trata-se do Parque Estadual do Araguaia (unidade de conservação de uso indireto) e da Floresta Estadual do Araguaia (unidade de conservação de uso sustentável). As duas unidades irão ocupar uma área de 12.909 hectares, sendo 4.612 destinados ao parque e 8.297 hectares para abrigar a floresta.

As áreas estão localizadas na margem direita do Rio Araguaia, nas proximidades do distrito de Luiz Alves, município de São Miguel do Araguaia. O parque, o primeiro a ser implantado no Rio Araguaia, e a floresta, primeira a ser implantada em Goiás, vão garantir a preservação da mata ciliar do rio, rica em espécies vegetais e de relevante beleza cênica. As unidades de conservação irão propiciar também a preservação de espécies endêmicas da fauna, como as aves cigana e inhúma, espécies importantes para o equilíbrio do ecossistema, os quelônios e outras espécies da ictiofauna, com destaque para o pirarucu, filhote e tucunaré.

De acordo com o presidente da Agência Ambiental, Paulo Souza Neto, a implantação dessas duas unidades de conservação na região do Araguaia são de grande importância para a preservação e o equilíbrio da natureza, constituindo-se em “corredores” da fauna, responsáveis pela interligação dos biomas da Amazônia, do Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica.

Outro fator importante destacado por Paulo Souza é que a Floresta Estadual do Araguaia, por ser uma unidade de uso sustentável, poderá ser explorada por projetos de manejo como o do pirarucu e dos quelônios, além de poder ser utilizada pelo ecoturismo. Paulo Souza afirmou estar convicto de que a floresta aumentará o compromisso das comunidades ribeirinhas com o processo de conservação ambiental.

Começa 2º Encontro de Cultura na Chapada dos Veadeiros

AGECOM – Começa hoje o 2º Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, no povoado de São Jorge, em Alto Paraíso, em Goiás. O evento reúne apresentações de danças típicas como catira, congo e curraleira, entre outras. O encontro vai até 27 de julho. O apoio é da Agepel, Agetur, Unesco, Ministério da Cultura, Associação Comunitária da Vila de São Jorge e Instituto de Produção Cultura Brasileira (IPCB).

ndios contestam atividades de mineração em terras indígenas

Agência Câmara – Índios das tribos Xavante, Terena, Kaiapó, Waura e Xokleng reuniram-se ontem com o ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ribeiro, para mostrar descontentamento com o Projeto de Lei 1610/96, que autoriza a mineração em terras indígenas. Os índios são contra a proposta que se encontra na Câmara, de autoria do senador Romero Jucá (PSDB-RR), por entender que o tema deveria fazer parte do Estatuto das Sociedades Indígenas, em análise no Congresso desde 1994.

Índios no processo de mineração

As organizações indígenas acreditam que a exploração de minérios ficou fora do Estatuto por pressão das empresas mineradoras, que estão impedidas de atuarem nas terras dos índios, uma vez que não existe uma legislação específica regulamentando a atividade nessas áreas.


Cacique Raoni fala a jornalistas, no Ministério da Justiça. Foto: Victor Soares / ABr

Segundo Crisanto Xavante, um dos dirigentes da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), o projeto apresenta muitas falhas. Entre elas, a de não definir a participação dos índios no processo de mineração de suas terras. Crisanto explicou que a resistência ao PL se deve principalmente ao fato de as comunidades indígenas terem sido excluídas do debate em torno da proposta, já votada no Senado.

Há seis anos tramitando na Câmara, a matéria já foi aprovada pelas comissões de Minas e Energia, e da Amazônia e de Desenvolvimento Regional.

Ambientalistas na oposição

O projeto também é visto como uma ameaça pelos ambientalistas, pesquisadores e parlamentares. Para o deputado Fernando Gabeira (PT-RJ), integrante da Comissão de Defesa do Consumidor, do Meio Ambiente e Minorias, a proposta representa um grande perigo ambiental, uma vez que dispensa a avaliação dos impactos que a mineração pode provocar nas reservas indígenas, abrindo caminho para a devastação das áreas exploradas. Gabeira não é contrário à mineração em terras indígenas, mas não como está estabelecida no projeto. “Só no ano que vem, quando nós criamos uma comissão para elaborar um substitutivo que possa de certa maneira resolver o problema, permitir a exploração dentro de regras bastante rígidas e aceitáveis por todos, é que o projeto deverá ser votado e discutido”, avalia o deputado.

Mais discussão

O relator do projeto na Comissão de Meio Ambiente, deputado José Borba (PMDB-PR), argumenta que a exploração mineral em terras indígenas sempre aconteceu a revelia, trazendo prejuízo para o País e para as comunidades indígenas, e que agora a atividade será disciplinada. O parlamentar apresentou parecer favorável à aprovação do PL.

Apesar de considerar o projeto bem fundamentado e pronto para ser votado, José Borba admite a possibilidade de dar mais tempo para discutir a matéria. “Um projeto que já está há vários anos em discussão nada implicará que demande um pouco mais de tempo para que ele se ajuste de maneira que todos ganhem”.

Antes do recesso parlamentar, representantes de 27 nações indígenas conseguiram apoio do presidente da Câmara, Aécio Neves, para votar a proposição somente depois de ser amplamente debatido na Casa. Por ser um ano eleitoral, a expectativa é que esta matéria seja votada somente no próximo ano.

Por Carmem Fortes/ND

Morre o ex-cacique Xavante e deputado federal Mário Juruna

ROTA BRASIL OESTE – O ex-cacique Xavante Mário Juruna, de 58 anos, único índio brasileiro a assumir um mandato como deputado federal (1983-1987), morreu na noite dessa quarta-feira, em Brasília. Juruna sofria de diabetes e hipertensão e, há 15 dias, estava internado na UTI de um hospital da cidade, devido a complicações renais e um princípio de pneumonia. A saúde de Juruna já era debilitada há tempos, e há mais de cinco anos ele estava preso a uma cadeira de rodas, resultado de complicações da diabetes.


Representantes de diferentes nações indígenas participam do velório do cacique xavante e ex-deputado Mário Juruna, no Salão Negro do Congresso Nacional. Foto: José Cruz / ABr

O cacique foi velado durante toda a manhã de quinta-feira, dia 18, no Salão Negro da Câmara dos Deputados. Índios Kaiapó e Xavante prestaram sua homenagem, assim como o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, antigo companheiro de partido de Juruna. “A gente fica muito triste, a família toda rapa a cabeça e fica dentro de casa muito tempo”, explica o cacique Cipriano Xavante.

No fim da tarde, o corpo deve seguir em um avião da Fundação Nacional do Índio (Funai) para a tribo xavante Namunkurá, em Barra do Garças, Mato Grosso, onde será sepultado. O corpo será enterrado cerca de 100m do centro da aldeia, numa cerimônia rápida e simples.

Casado três vezes, pai de 14 filhos, Juruna morava no Guará, cidade-satélite de Brasília, e recebia do PDT uma ajuda de custo de cerca de R$ 3 mil. Recentemente, ele estava pleiteando uma pensão junto ao governo federal, similar a que recebe Orlando Villas-Bôas.

A vida política do cacique

Juruna ficou famoso por andar em Brasília com um gravador em punho para gravar as promessas feitas pelos políticos – segundo ele, mentirosos – para as reivindicações indígenas.

Suas andanças pelos corredores do Congresso começaram em meados da década de 1970, quando veio à Brasília pedir roupas e calçados para sua aldeia. Em 1980, ele ficou conhecido mundialmente ao ser o delegado dos índios do Brasil no Quarto Tribunal Bertrand Russel, realizado na Holanda.

Quando foi eleito deputado federal pelo PDT do Rio de Janeiro, Juruna tornou-se ainda mais combativo e foi uma importante voz a defender a gestão de índios em assuntos indígenas. Para ele, a administração da Funai deveria estar sob os cuidados dos maiores interessados no trabalho da instituição, os próprios índios.

Protestos

O cacique kaiapó Raoni aproveitou a cerimônia para exigir mais atenção para os direitos indígenas. Emocionado, ele gesticulava muito e reclamou mais uma vez do projeto de lei de mineração do senador Romero Jucá (PSDB-RR). “Este projeto acaba com nossa terra, nossa, dos índios e dos brancos”, afirma. “Quero preservar terra para nossos netos”.

Cirpiano Xavante, companheiro de Juruna, também fez críticas à atuação do governo. “Todos os índios têm sentido que empresários estão tirando coisas nossas, madeira, ouro, água” diz. Ele concorda com Raoni quanto ao projeto de mineração e acredita que se a lei for aprovada “vai haver muita morte”.


Cacique Raoni fala a jornalistas, no Ministério da Justiça. Foto: Victor Soares / ABr

Os indígenas tiveram uma audiência com o ministro da justiça, Paulo Tarso Ribeiro, de quem cobraram ações práticas e apoio para a Fundação Nacional do Índio (Funai). “Índio quer é estudar para entender a cultura do branco e cuidar dele próprio”, cobrou Cipriano. “A gente quer um indígena como presidente da Funai. Ela tem de ser forte, cuidando da saúde, educação e tudo.”, completa Raoni.

Bruno Radicchi e Fernando Zarur