O Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Goiás firmam nos próximos dias um convênio para iniciar a elaboração de um diagnóstico sobre a Bacia Hidrográfica do Araguaia-Tocantins. Com o acordo, serão investidos R$ 317 mil, até junho de 2005, no levantamento de informações que servirão de base para um Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Araguaia-Tocantins.
Além de um quadro sobre a situação ambiental da Bacia (em laranja, abaixo), o convênio proporcionará uma visão sobre a presença e a atuação das instituições públicas na região e promoverá oficinas e audiências públicas sobre o tema. A Bacia abrange cinco estados – Goiás, Tocantins, Pará, Mato Grosso e Maranhão – e sofre com poluição, assoreamento, desflorestamento de margens e de nascentes e ainda com práticas agropecuárias insustentáveis. Em 2005, outros convênios deverão ser firmados com os demais estados integrantes da Bacia do Araguaia-Tocantins.
O Tocantins nasce da confluência dos rios Maranhão e Paraná, em Goiás, percorrendo 2,6 mil quilômetros até desembocar na foz do Amazonas, próximo à Ilha do Marajó. Durante as cheias, seu trecho navegável é de quase dois mil quilômetros, entre as cidades de Belém (PA) e Peixe (GO).
O Rio Araguaia nasce na Serra dos Caiapós, entre Goiás e Mato Grosso, e tem 2,6 mil quilômetros extensão. Desemboca no Rio Tocantins em São João do Araguaia, antes de Marabá e da Barragem de Tucuruí (PA). Depois de percorrer cerca de 700 quilômetros, já no extremo nordeste de Mato Grosso, o Araguaia se divide em dois braços e forma a Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo. Na estiagem, forma praias de areias brancas que atraem milhares de turistas